► Cite uma palavra em seu idioma que tenha vários significados. Quando alguém usa essa palavra, como você sabe o que ela quer dizer?
Um dos aspectos mais importantes da interpretação da Bíblia é o contexto da passagem que estamos estudando. Nesta lição, aprenderemos a estudar o contexto histórico-cultural e o contexto bíblico de uma passagem.[1]
[1]Grande parte do material deste capítulo foi extraído dos capítulos 6 e 7 de Grasping God’s Word, de J. Scott Duvall e J. Daniel Hays, (Grand Rapids: Zondervan, 2012).
O Contexto Histórico-Cultural
► Leia 2 Timóteo 4:6-22.
Paulo escreve a Timóteo: “Procure vir antes do inverno” (2 Timóteo 4:21). Ouça o pedido de Paulo à luz do seguinte contexto:
Paulo está em uma prisão romana. Ele logo será martirizado por sua fé.
Timóteo está ministrando em Éfeso, a centenas de quilômetros de distância.
A viagem por mar era perigosa no outono e impossível no inverno. Para que Timóteo chegasse antes do inverno, ele deveria partir logo após receber essa carta.
O contexto histórico aumenta nossa apreciação pela emoção por trás do pedido de Paulo. Paulo está dizendo mais do que: “Por favor, visite quando for conveniente”. Ele está suplicando ao seu filho espiritual: “Quero vê-lo novamente antes de morrer. Se você esperar até o inverno, será impossível viajar. Por favor, venha antes que seja tarde demais”. A carta tem a mesma mensagem mesmo que você não saiba nada sobre o contexto histórico, mas o contexto mostra a intensidade do pedido de Paulo.
O contexto histórico e cultural é importante porque Deus não forneceu a Bíblia em um único idioma que todos no mundo entendem. Duas afirmações sobre as Escrituras são importantes:
1. Os princípios das Escrituras são verdadeiros para todas as pessoas, em todos os lugares e em todos os tempos.
2. Os princípios das Escrituras foram dados a um povo específico, em um lugar específico e em uma época específica.
Diferenças histórico-culturais que separam nosso mundo do mundo antigo
3
A ponte
O princípio que é ensinado no texto
4
O mapa
Relação com o Novo Testamento (para passagens do Antigo Testamento)
5
Nossa cidade
A aplicação do princípio em nosso mundo
Quanto melhor entendermos o contexto histórico e cultural da Bíblia, melhor entenderemos os seus princípios universais.
Ao estudarmos o contexto histórico-cultural, lemos a Bíblia na “cidade deles” para entendermos a mensagem ao público original. Em seguida, observamos o “rio” (diferenças culturais que separam o nosso mundo do mundo antigo). Quanto melhor entendermos o mundo da Bíblia, mais claramente poderemos ouvir a Palavra de Deus falar ao nosso mundo hoje.
Ler as Escrituras em seu contexto original é importante, porque isso é a base de um grande princípio para a interpretação da Bíblia: qualquer interpretação válida de um texto bíblico hoje deve ser consistente com a mensagem original do texto. Não devo encontrar um significado que contradiga a mensagem original do texto.
O que é contexto histórico-cultural? O contexto histórico-cultural é qualquer coisa fora do texto que nos ajude a entender o próprio texto. Isso inclui as respostas a perguntas como:
Como era a vida dos israelitas no deserto (o contexto de Êxodo—Deuteronômio)?
Qual era a cultura da Palestina no primeiro século (o contexto dos Evangelhos)?
Quem eram os falsos mestres que causaram tanta frustração a Paulo em Gálatas e Filipenses?
Algumas perguntas a serem feitas ao estudar o contexto histórico-cultural incluem:
(1) O que sabemos sobre o escritor bíblico?
Visto que Deus falou através de autores humanos, o conhecimento sobre os autores nos ajuda a compreender melhor a Palavra de Deus.
Ao ler as cartas de Paulo, lembre-se de sua vida antes da conversão. Quando ele descreve seu antigo “confiar na carne” (Filipenses 3:4-6), saiba que os fariseus eram altamente respeitados por sua cuidadosa obediência à Lei. Ao nos lembrarmos de sua hipocrisia e recusa em aceitar Jesus, também devemos nos lembrar de seu amor pelos detalhes da lei de Deus.
Por outro lado, quando Paulo se descreve como o “pior” dos pecadores (1 Timóteo 1:15), lembre-se de que Paulo perseguiu a igreja e entregou cristãos à morte. Esse é um homem que viveu com a lembrança de sua vida antes de encontrar Cristo na estrada para Damasco.
Ao ler Êxodo, devemos aprender sobre os privilégios de Moisés no palácio do Faraó. Ao considerarmos o luxo da vida no palácio, o que Hebreus 11:25 diz sobre Moisés é ainda mais significativo: “preferindo ser maltratado com o povo de Deus a desfrutar os prazeres do pecado durante algum tempo”. Ao observarmos as oportunidades educacionais e culturais desfrutadas pelo jovem Moisés, vemos Deus preparando Seu servo para liderar uma grande nação.
(2) O que sabemos sobre o público bíblico?
Além de aprender sobre o autor bíblico, devemos aprender o máximo possível sobre o público original.
Grande parte do conteúdo em 1 e 2 Crônicas é repetição de Samuel e Reis. Por quê? Crônicas foi escrita após o retorno de Israel do exílio. Reis mostra por que Deus permitiu que Israel sofresse julgamento; Crônicas mostra que Deus ainda se importava com Seu povo.
Jeremias pregou durante os dias que antecederam a destruição de Jerusalém. Ao lermos sua mensagem de julgamento, devemos nos lembrar de que o julgamento prometido está prestes a acontecer. Entretanto, em Jeremias também lemos a promessa de Deus: “‘Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro’” (Jeremias 29:11). Essa promessa é feita quando o povo está prestes a ser levado como prisioneiro para um país estrangeiro. O plano de Deus para o Seu povo inclui os julgamentos que os levarão ao arrependimento.
A epístola de 1 João foi dirigida aos cristãos que enfrentavam um falso ensinamento, o qual dizia que somente o espírito é bom, e a matéria física é má. Os falsos mestres diziam que Jesus não era verdadeiramente humano; Ele apenas aparentava ser humano. João lembrou a seus leitores que Jesus tinha um corpo físico. “O que era desde o princípio, o que ouvimos, o que vimos com os nossos olhos, o que contemplamos e as nossas mãos apalparam — isto proclamamos a respeito da Palavra da vida” (1 João 1:1).
Os falsos mestres também diziam que a salvação vinha por meio do conhecimento secreto que era revelado a apenas algumas pessoas. João mostrou que devemos obedecer para termos o verdadeiro conhecimento de Deus: “Sabemos que o conhecemos, se obedecemos aos seus mandamentos” (1 João 2:3). O conhecimento que traz a vida eterna envolve amor: “Sabemos que já passamos da morte para a vida porque amamos nossos irmãos. Quem não ama permanece na morte” (1 João 3:14).
(3) O que sabemos sobre o cenário histórico do livro?
Imagine um pregador que anuncia: “Hoje vou pregar sobre como um cristão deve conseguir uma esposa. Juízes 21:20-21 nos diz que devemos ir a uma aldeia vizinha e esperar nos arbustos. Quando uma das moças do vilarejo passar, pegue-a e a leve para casa. Esse é o modelo bíblico para escolher uma esposa”. Você deve duvidar da aplicação das Escrituras feita por esse pregador!
O que há de errado com a aplicação do pregador? Juízes diz que os homens da tribo de Benjamim conseguiram esposas dessa forma em uma ocasião. Diz até que eles fizeram isso por um bom motivo: para preservar uma das tribos de Israel. No entanto, o pregador está ignorando o contexto histórico. Essa história está no final de Juízes, um livro que mostra o declínio de Israel do plano de Deus para o caos. Em vez de mostrar o plano de Deus para o casamento, essa história mostra o que acontece quando o povo de Deus se rebela.
Às vezes, sabemos pouco sobre o autor ou o público, mas sabemos sobre o cenário histórico geral. Não sabemos quem escreveu o livro de Rute, mas sabemos que os fatos ocorreram na época em que os juízes governavam (Rute 1:1). Essa foi uma época de caos social em Israel (Juízes 21:25). Em contraste com a infidelidade de Israel a Deus, o livro de Rute chama a atenção para a fidelidade de Rute, uma viúva moabita.
A história também conta como Boaz se casou abnegadamente com Rute para fornecer um herdeiro legal aos filhos mortos de Noemi. Como parente-redentor, Boaz sacrificou seus próprios direitos de herança para dar um filho a Noemi. Ao fazer isso, Boaz encontrou um lugar na genealogia de Davi (Mateus 1:6, 16).
O contexto histórico é importante ao interpretar o livro de Jonas:
Nínive era a capital da Assíria, o inimigo mais perigoso de Israel.
Quase na mesma época em que Jonas estava pregando em Nínive, Amós e Oséias estavam alertando que o julgamento de Deus sobre Israel viria pelas mãos dos assírios.
De uma perspectiva humana, a relutância de Jonas em pregar aos assírios é compreensível. O livro de Jonas mostra a perspectiva de Deus; a perspectiva de um Deus que ama todas as pessoas sem reservas.
(4) O que sabemos sobre o cenário cultural do livro?
O contexto histórico-cultural das Escrituras também analisa os costumes culturais do mundo bíblico. Nós obtemos novas percepções sobre as parábolas de Jesus quando as lemos no contexto dos costumes da Palestina do primeiro século:
A parábola do bom samaritano (Lucas 10:30-35) foi surpreendente para um público judeu. Os ouvintes de Jesus não teriam ficado surpresos com o fracasso dos líderes religiosos em não ajudarem um viajante ferido. No entanto, eles esperavam que o salvador fosse um rabino ou fariseu. Em vez disso, Jesus aponta para um samaritano desprezado como modelo de amor.
Na parábola do filho pródigo (Lucas 15:11-32), devemos nos lembrar de que os pais judeus eram respeitados. Os ouvintes esperavam ouvir que o pai se recusou a deixar o filho voltar, ou possivelmente permitiu que ele se tornasse escravo. Em vez disso, o pai deixa de lado o seu mérito em sua alegria pelo retorno do filho perdido. Essa ação é tão surpreendente que algumas culturas orientais chamam essa história de “Parábola do Pai Corredor”. Da mesma forma, nosso Pai celestial não espera que conquistemos o perdão; em vez disso, Ele busca os pecadores rebeldes. Essa é uma imagem do amor extravagante de nosso Pai.
As cartas de Paulo devem ser lidas levando-se em consideração as condições culturais do primeiro século. Efésios 5:21-6:9 foi chocante para os leitores de Paulo. A ordem de Paulo para que a esposa se submetesse ao marido era normal; mas a sua ordem para que os maridos seguissem o exemplo abnegado de Cristo era estranha para o público romano. Esperava-se que os filhos obedecessem aos pais, mas ninguém no mundo romano dizia aos pais que não provocassem a ira dos filhos.
Quando Paulo conclamou os filipenses a viverem como se sua cidadania estivesse no céu (Filipenses 3:20), ele estava escrevendo para uma cidade que tinha privilégios especiais de cidadania no Império Romano. Como a cidade havia sido estabelecida como uma colônia para soldados aposentados, os cidadãos de Filipos valorizavam muito sua cidadania. Paulo os lembrou de que sua verdadeira cidadania estava no céu, não em uma cidade terrena. Conhecer esse contexto histórico-cultural proporciona uma melhor compreensão do livro de Filipenses.
Descobrindo o Contexto Histórico-Cultural
Como vimos, nosso estudo do contexto histórico-cultural de uma passagem começa com perguntas. Como descobriremos as respostas para nossas perguntas? O apêndice do curso explica alguns recursos de estudo da Bíblia que podem nos fornecer respostas. Também recomendamos o uso dos cursos introdutórios do Antigo Testamento e do Novo Testamento, produzidos pela Shepherds Global Classroom. Esses cursos fornecem informações básicas sobre cada um dos livros da Bíblia.
[1]Imagem: “Interpreting the Bible” [Interpretando a Bíblia], desenho de Anna Boggs, disponível em https://www.flickr.com/photos/sgc-library/52377290578, licenciado sob CC BY 2.0. Conceito extraído de J. Scott Duvall e J. Daniel Hays, Grasping God’s Word (Grand Rapids: Zondervan, 2012).
O Contexto Bíblico
Outra consideração para a interpretação bíblica é o contexto ao redor. É importante perguntar: “Como esse versículo, parágrafo, capítulo e livro se encaixam no restante da Bíblia?”.
Imagine que você encontrou um pedaço de papel com uma frase arrancada de uma carta. O papel diz: “Sim, 7 está OK”. O que essa frase significa?
Talvez o escritor tivesse um compromisso com alguém. Ele está confirmando que 7h é um bom horário para uma reunião.
Talvez a esposa do escritor tenha enviado um bilhete perguntando: “Quantas pessoas devo convidar para jantar na sexta-feira à noite?”. Ele responde: “Sete (pessoas) está bom”.
Talvez o escritor tenha colocado um livro à venda por R$ 8,00. Alguém perguntou: “Você baixaria o preço para R$ 7,00?”. O escritor respondeu: “Sim, R$7 está bom”.
Entendemos a frase individual somente depois de conhecermos o contexto. Lemos uma frase no contexto de um parágrafo inteiro. Lemos um parágrafo no contexto de uma carta inteira. Em uma escala maior, podemos ler a carta no contexto de uma série de cartas entre duas pessoas.
A Bíblia funciona da mesma forma. Os versículos individuais devem ser lidos no contexto dos versículos ao seu redor, do capítulo e do livro. O contexto vai da passagem imediata para a Bíblia inteira.
Para entender adequadamente um versículo individual, devemos observar o contexto ao redor. Salmos 1:3 faz uma promessa maravilhosa àquele que se deleita na lei de Deus. Ela é como uma árvore bem regada que dá frutos. “Tudo o que ele faz prospera!” Algumas pessoas afirmam que essa é uma promessa de prosperidade material para todo crente fiel.
No entanto, quando você lê o restante do Salmo 1, o foco não é a bênção material, mas a fecundidade espiritual daqueles que andam na lei do Senhor. O salmo termina com uma promessa: “O Senhor aprova o caminho dos justos, mas o caminho dos ímpios leva à destruição!” (Salmos 1:6). O contraste é entre um caminho que é conhecido (observado e aprovado) por Deus e um caminho que leva à destruição.
Seguindo o restante do livro de Salmos e a Bíblia como um todo, essa mensagem é confirmada. A prosperidade do crente não é encontrada em bens materiais, mas na aprovação de Deus. Essa é a verdadeira prosperidade.
Para ler uma passagem no contexto, siga três passos:
1. Entenda como o livro está dividido em parágrafos. Qual é o contexto imediato do versículo que você está lendo?
2. Resuma a ideia principal do parágrafo em uma ou duas frases. Isso o ajudará a entender a mensagem da seção inteira.
3. Leia o livro inteiro e pergunte: “Como o parágrafo que estou estudando se encaixa na mensagem do livro?”.
Toda a Bíblia > livro inteiro > parágrafo ou capítulo > versículo
A Bíblia > Cartas de Paulo > Romanos > Romanos 12-15 > Romanos 12:1-2
Romanos 12:1-2 nos chama a uma entrega total a Deus.
Portanto, irmãos, rogo-lhes pelas misericórdias de Deus que se ofereçam em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês. Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente, para que sejam capazes de experimentar e comprovar a boa, agradável e perfeita vontade de Deus.
Isso dá início a uma seção (Romanos 12-15) que mostra como será essa entrega na vida diária de um cristão. Saindo do contexto imediato, Romanos 12-15 segue 11 capítulos de instruções doutrinárias que mostram como nos tornamos justos com Deus.
Além do contexto de Romanos, cada uma das cartas de Paulo mostra sua preocupação com a realização prática de nossa fé cristã. Por fim, Romanos 12:1-2 se encaixa em toda a mensagem bíblica de obediência e entrega a Deus. Por exemplo, a linguagem de Romanos 12:1-2 reflete a linguagem do sacrifício em Levítico. Quanto melhor entendermos o contexto bíblico mais amplo, mais poderosas se tornam as palavras de Paulo.
Sua Vez
► Leia cada um dos versículos a seguir e depois leia seu contexto imediato. Discuta como o contexto afeta a sua compreensão do versículo.
1. Leia Mateus 18:20. O que ele significa?
2. Agora leia Mateus 18:15-20. Isso afeta o significado de 18:20?
1. Leia Romanos 8:28. O que ele promete?
2. Agora leia Romanos 8:28-30. Qual é o bem prometido em 8:28?
1. Leia Apocalipse 3:20. Quem é convidado?
2. Agora leia Apocalipse 3:14-21. A quem é direcionado esse convite?
Erros Comuns no Estudo do Contexto
Para concluirmos esta lição, devemos considerar alguns erros comuns que os intérpretes cometem ao estudar o contexto das Escrituras.
Uso de Informações Imprecisas
Um aluno fez uma apresentação sobre Mateus 19:23-24. Ele disse que um dos portões de entrada em Jerusalém nos dias de Jesus era chamado de “fundo de uma agulha”. Esse portão era tão baixo que a carga do camelo tinha de ser removida para que o animal pudesse passar pela abertura.
Havia dois problemas com a apresentação do aluno:
1. Não há evidência histórica desse portão nos dias de Jesus. O “fundo de uma agulha” significava a mesma coisa nos dias de Jesus que significa agora: o furo de uma agulha de costura.
2. Como suas informações básicas estavam erradas, o aluno chegou a uma conclusão falsa sobre o texto. Sua apresentação deu a entender que devemos nos livrar de tudo o que é extra em nossa vida para que possamos entrar no reino dos céus.
No entanto, Jesus não estava ensinando que é muito difícil para os ricos e poderosos entrarem no reino de Deus; Ele estava ensinando que isso é impossível! Os discípulos ficaram tão surpresos com isso que responderam: “Neste caso, quem pode ser salvo?”.
Jesus não respondeu: “É difícil, mas se vocês se esforçarem bastante, conseguirão passar”. Ele respondeu com as boas novas do evangelho: “Para o homem é impossível, mas para Deus todas as coisas são possíveis”. Ao estudar o contexto, não permita que informações imprecisas o enganem.
Priorizar o Estudo do Contexto em Detrimento da Mensagem
Um segundo perigo é permitir que o estudo do contexto se torne mais importante do que a mensagem do texto. Paulo lembrou aos cristãos de Corinto que o tipo errado de conhecimento causa orgulho, mas o amor beneficia os outros (1 Coríntios 8:1).[1] É possível ficarmos tão fascinados com os detalhes do contexto que nos esquecemos da mensagem do texto que estamos estudando.
Uma pessoa pode aprender tudo sobre a cultura samaritana e esquecer o propósito da parábola do bom samaritano: “Vá e faça o mesmo” (Lucas 10:37). Nesse caso, nosso conhecimento será inútil. Estude para entender a mensagem das Escrituras; não se enterre no estudo como um fim em si mesmo. Estude para pregar e ensinar com mais eficácia, não para se orgulhar de seu grande conhecimento!
[1]Paulo não se opõe ao conhecimento; ele escreveu suas epístolas para fornecer boas instruções às igrejas jovens. No entanto, o “conhecimento” orgulhoso dos coríntios levou à destruição, não à edificação.
(1) A interpretação adequada exige que estudemos o contexto de qualquer passagem individual das Escrituras.
(2) O contexto histórico-cultural considera o cenário cultural da Bíblia. Ele pergunta:
O que sabemos sobre o escritor bíblico?
O que sabemos sobre o público bíblico?
O que sabemos sobre o cenário histórico do livro?
O que sabemos sobre o cenário cultural do livro?
(3) O contexto bíblico considera como um versículo se encaixa no restante das Escrituras.
Tarefa da Lição 5
Na Lição 1, você escolheu uma passagem bíblica para estudar ao longo deste curso. Estude os contextos histórico-cultural e bíblico da passagem escolhida. Prepare uma página de anotações na qual você responderá ao maior número possível de perguntas da discussão sobre contexto desta lição.
Pergunte:
Quem foi o autor?
Quando ele escreveu?
Qual era o seu histórico?
Quem era o seu público?
Quais eram os problemas que eles tinham?
Quais foram as circunstâncias que envolveram a passagem?
Quais eventos históricos ocorreram na época em que o livro foi escrito?
Quais fatores culturais ajudam a explicar o livro?
Leia o capítulo ao redor para compreender o contexto bíblico da passagem.
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