Ministramos como embaixadores que representam o reino de Deus em nosso mundo.
Introdução
O Reino de Deus é um tema primordial no Novo Testamento.[1] O termo reino aparece 54 vezes em Mateus, 14 vezes em Marcos, 39 vezes em Lucas e 5 vezes em João.[2]
Quase metade das parábolas de Jesus ensina sobre o Reino de Deus. Ele prega sobre o reino. Ele cura e expulsa demônios para demonstrar o poder do reino. Após a ascensão, a igreja primitiva continuou a pregar a mensagem do reino (Atos 8:12; Atos 28:23).
Nesta lição, estudaremos o Reino de Deus no ministério de Jesus e o seu impacto no ministério de hoje. Ao final do curso, há um sermão pregado na Nigéria sobre o Reino de Deus. Esse sermão ilustra como essa mensagem impacta o ministério em nosso mundo.
[1](Fontes usadas neste capítulo incluem:
D. Mateus Allen, “The Kingdom in Mateus” (1999). Disponível em https://bible.org/article/kingdom-Mateus 22 de março de 2021.
Darrell L. Bock, Luke: Baker Exegetical Commentary on the New Testament. (Grand Rapids: Baker Books, 1994-1996)
J. Dwight Pentecost, As Palavras e as Obras de Jesus. (Editora Hagnos, 2022)
Martyn Lloyd-Jones, Estudos no Sermão do Monte. (2ª ed., Editora Fiel, 2022)).
[2]Mateus geralmente se referia ao “Reino dos céus” onde Lucas se referia ao “Reino de Deus”. A primeira audiência de Mateus foi judaica; os judeus evitavam usar o nome de Deus e com frequência usavam “céus” como eufemismo para Deus. Parece que Mateus substituiu “Reino de Deus” por “Reino dos céus” na maioria das vezes. Para esta lição, usarei “Reino de Deus”, exceto quando citar Mateus.
O Reino de Deus
Há duas perguntas que introduzem um estudo do Reino de Deus.[1]
1. O que é o Reino de Deus?
2. Quando o Reino de Deus é estabelecido?
O que É o Reino de Deus?
► Leia Atos 1:1-8.
Durante os 40 dias após a ressurreição, Jesus estava com Seus discípulos falando acerca do Reino de Deus. Pouco antes da ascensão, os discípulos perguntaram: “Senhor, é neste tempo que vais restaurar o reino a Israel?” Os discípulos esperavam:
1. Um reino imediato: “neste tempo”. Eles esperavam que Jesus estabelecesse o reino imediatamente.
2. Um reino político e geográfico: “restaurar”. Eles esperavam que Jesus derrubasse Roma e restaurasse a autoridade política de Israel.
3. Um reino nacional: “o reino a Israel”. Eles esperavam que Jesus governasse a nação como os reis davídicos do Antigo Testamento.[2]
Jesus falou aos discípulos que eles não precisavam saber o tempo. Na verdade, deveriam se preocupar com duas coisas: receber o Espírito Santo e ser Suas testemunhas até os confins da terra.
A resposta de Jesus mostra que Seu reino era:
1. Um reino atemporal: “tempos ou as datas que o Pai estabeleceu”. O reino de Jesus não dependia do tempo do homem, mas do tempo do Pai.
2. Um reino sobrenatural: “poder quando o Espírito Santo descer sobre vocês”. O reino de Jesus foi baseado no poder do Espírito Santo, não em autoridade política.
3. Um reino universal: “até os confins da terra”. O reino de Jesus alcançava todas as nações. Não se limitava a Israel.
[3]Jesus disse aos discípulos que eles não precisavam saber sobre o tempo. Em vez disso, deveriam se preocupar com duas coisas: receber o Espírito Santo e ser suas testemunhas “até os confins da terra”.
Quando o Reino de Deus é Estabelecido?
Entre os teólogos, existem três visões primárias do Reino de Deus.
O reino virá
Alguns teólogos veem um reino do fim dos tempos estabelecido quando Jesus governar a terra durante o milênio. Esses escritores olham para passagens como Mateus 24-25 que enfatizam os aspectos políticos e territoriais do reino.
O reino veio
Outros teólogos ensinam que o Reino de Jesus foi estabelecido enquanto Ele estava na terra. Eles enfatizam passagens bíblicas como as declarações de Jesus de que “o Reino dos céus está próximo” e “chegou a vocês o Reino de Deus” (Mateus 4:17 e Lucas 11:20). Essa visão do reino se concentra em sua natureza espiritual e no governo de Deus sobre o coração dos crentes.
O reino já chegou, mas ainda não está totalmente consumado
Muitos teólogos ensinam que o reino inclui aspectos presentes e futuros. Essa visão ensina que o Reino de Deus começou durante o ministério terreno de Jesus; ele continua a se espalhar através do trabalho da igreja; será totalmente estendido quando Cristo retornar para governar.[4] No retorno de Cristo, Ele entregará o Reino a Deus, o Pai, depois de destruir todo domínio, autoridade e poder (1 Coríntios 15:24). Esse é o estabelecimento completo do Reino de Deus.
► Qual dessas visões do reino você tem? Qual é o impacto prático de cada visão para o ministério?
Nesta lição, veremos aspectos do reino que já estão em ação e aspectos que ainda precisam ser cumpridos. Um reino inclui:
Um rei: dos magos em Seu nascimento até a inscrição na cruz, Jesus veio como o Rei.
Autoridade: Jesus demonstrou Sua autoridade através de Seus milagres e vitória sobre a sepultura.
Lei: Jesus resumiu a lei do reino no Sermão do Monte.
Território: Jesus ensinou que Seu Reino se estende até os confins da terra e inclui pessoas de todas as línguas e de todos os povos.
Pessoas: todos os que foram remidos pelo Rei e são governados por Ele são cidadãos do Reino de Jesus.
[1]Para um vídeo com uma aula sobre o Reino de Deus, você pode assistir ao vídeo de Scot McKnight, “What and Where is the Kingdom of God? (O que é e onde fica o Reino de Deus?)” em http://www.seedbed.com/where-is-the-kingdom-of-god/ (Acessado em 22 de março de 2021).
[2]John Stott, A Mensagem de Atos Até os Confins da Terra (Editora ABU, 1994).
"O Reino chegou;
o Reino está chegando;
o Reino ainda está por vir".
Martyn Lloyd-Jones
[4]Comentaristas usam o termo “inauguração do reino” para se referir ao início do reinado durante o ministério terreno de Jesus. A “consumação do reino” é o cumprimento final das promessas do reino, no retorno de Cristo.
A Promessa do Reino
► Leia Mateus 3:1-12.
A primeira referência do Novo Testamento ao Reino de Deus é encontrada na pregação de João Batista. Como o último dos profetas da antiga aliança, João condenou a hipocrisia dos líderes religiosos de Israel. Como o primeiro mensageiro do Novo Testamento, ele preparou o caminho para um novo rei. “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mateus 3:2). A frase “próximo” sugere que o reino estava se aproximando rapidamente; ainda não havia chegado, mas estava muito perto. João pregou para preparar Israel para a vinda do Messias que inauguraria um novo reino.
Logo após João ter sido preso, Jesus começou Seu ministério público. Ele viajou pela Galileia pregando as boas novas do Reino (Mateus 4:23). Assim como João Batista, Jesus proclamou: “Arrependam-se, pois o Reino dos céus está próximo” (Mateus 4:17).
► Leia Mateus 10:5-42.
Jesus enviou os doze discípulos para pregar a mensagem do Reino às ovelhas perdidas de Israel. Como João Batista e Jesus, eles pregavam: “O Reino dos céus está próximo” (Mateus 10:5-7).
O ministério dos discípulos foi formado segundo o ministério de seu Mestre. Como Jesus, eles deveriam proclamar o reino e atender às necessidades físicas do povo. Como Jesus, eles curaram os enfermos e expulsaram demônios como sinais de que o Reino de Deus estava invadindo o domínio de Satanás. Jesus enviou Seus representantes para curar os enfermos, ressuscitar os mortos, purificar os leprosos e expulsar os demônios (Mateus 10:8).
A Inauguração do Reino
► Leia Mateus 12:22-32.
A promessa de um reino não era nova. Os profetas do Antigo Testamento haviam prometido um reino futuro. No entanto, Jesus proclamou que o reino não era apenas uma esperança futura, mas uma realidade imediata. Jesus proclamou a inauguração do Reino de Deus. O Reino de Deus estava presente onde quer que Jesus estivesse presente.
Com Seu poder sobre os demônios, Jesus mostrou a autoridade do Rei que venceu o reino de Satanás. Depois de curar um homem oprimido por demônios, os fariseus afirmaram que Jesus expulsava demônios pelo poder de Belzebu, o príncipe dos demônios. Jesus respondeu que estava conquistando o reino de Satanás pelo poder de Deus: “Mas se é pelo Espírito de Deus que eu expulso demônios, então chegou a vocês o Reino de Deus” (Mateus 12:28). Jesus invadiu o reino de Satanás.
► Leia Mateus 11:1-24.
Os milagres de Jesus foram sinais do início do Seu Reino. O Evangelho de João usa o termo sinais para os milagres de Jesus. Os milagres eram sinais da divindade de Jesus e evidências do novo reino.
João Batista proclamou que o “reino dos céus está próximo”. Ele esperava um reino político trazendo libertação para Israel. Em vez disso, João se viu na prisão enfrentando a morte! Ele enviou seus discípulos para perguntar: “És tu aquele que haveria de vir ou devemos esperar algum outro?” (Mateus 11:3) O ministério de Jesus não correspondeu às expectativas de João de um Messias político que estabeleceria um reino terreno.
Jesus respondeu apontando para Suas obras messiânicas:
Voltem e anunciem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os cegos veem, os mancos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos são ressuscitados, e as boas novas são pregadas aos pobres; e feliz é aquele que não se escandaliza por minha causa (Mateus 11:4-6)
Jesus lembrou João sobre os sinais que falavam do Messias, os quais estavam se cumprindo.
Embora Jesus tenha elogiado a força e a coragem de João, ele anunciou que o menor no Reino dos céus é maior do que João. Por quê? Jesus veio para estabelecer uma nova aliança com todos os privilégios do reino. “O menor” do Novo Testamento possuía privilégios que “o maior” do Antigo Testamento nunca viu. Os crentes do Novo Testamento viram o cumprimento das promessas do Antigo Testamento. O reino prometido havia sido iniciado.
A Vida no Reino: O Sermão do Monte
O sermão mais longo registrado nos evangelhos é o Sermão do Monte de Jesus. O Reino de Deus é um tema unificador desse sermão. Isso é visto de várias maneiras:
A primeira bem-aventurança ensina que o Reino dos céus pertence aos pobres em espírito (Mateus 5:3). A última bem-aventurança ensina que o Reino dos céus pertence aos perseguidos por causa da justiça (Mateus 5:10). Essas duas envolvem as outras bem-aventuranças, mostrando que seu tema principal é o Reino dos céus.
Jesus reivindica a autoridade para reinterpretar a lei (Mateus 5:21-48). Este é o ato de um rei que tem autoridade para interpretar e aplicar as leis de seu reino.
Jesus ensinou os discípulos a orar: “Venha o teu Reino; seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu” (Mateus 6:9-13). Somos chamados a orar pelo avanço do Reino de Deus na terra. Quando o povo de Deus vive de acordo com o Sermão do Monte, o reino se expande e a autoridade de Deus é estendida aos novos cidadãos do reino.
Ao final do sermão, Jesus ensinou que poderosas obras por si só não são suficientes para entrar no Reino dos céus. Somente aquele que faz a vontade do Pai entrará no reino (Mateus 7:21).
Princípios para a Leitura do Sermão do Monte
Devemos nos lembrar de três princípios ao lermos o Sermão do Monte:
(1) Obedecer aos mandamentos do Sermão do Monte não faz com que “ganhemos” a cidadania no Reino dos céus.
Não devemos pensar: “Viva assim e você se tornará um cristão”. Em vez disso, devemos ler esse sermão como um guia para a vida como cidadão do reino: “Viva assim porque você é cristão”. Somos salvos somente pela graça; então, como membros do Reino de Deus, obedecemos aos Seus mandamentos.
(2) O Sermão do Monte é para discípulos, não para incrédulos.
Essa não é a constituição para um país comum. Não se surpreenda quando seus vizinhos incrédulos se recusarem a viver de acordo com esses princípios! Essa é uma descrição da vida no Reino de Deus, não da vida nos reinos do homem.
(3) O Sermão do Monte é para todo crente.
Muitas pessoas tentaram evitar as exigências desse sermão argumentando que esses princípios não se aplicam aos crentes comuns. Alguns disseram: “Essa lei é para um futuro reino milenar”. Alguns disseram: “Isso é para alguns santos. A maioria dos cristãos não pode seguir esses mandamentos”. Alguns disseram: “Esse sermão mostra que nunca poderemos satisfazer os mandamentos de Deus. Quando virmos que nunca poderemos atender às Suas exigências, contaremos apenas com a graça”.
No entanto, a igreja primitiva leu o sermão como um guia para todo crente. As cartas de Tiago e 1 Pedro repetem muitos dos mandamentos desse sermão. Jesus se recusou a enfraquecer o padrão da santidade de Deus. Em vez de um padrão mais baixo do que o dos fariseus, Jesus manteve Seus seguidores em um padrão mais alto: “Se a justiça de vocês não for muito superior à dos fariseus e mestres da lei, de modo nenhum entrarão no Reino dos céus” (Mateus 5:20).
Vida no Reino de Deus
► Leia Mateus 5-7.
Se Jesus iniciou o reino durante Seu ministério terreno, agora vivemos no Reino de Deus. O Sermão do Monte descreve o caráter de um cidadão do reino dos céus. Aqui está uma breve visão geral dos temas do sermão.
(1) Os valores do Reino de Deus são contrários aos valores deste mundo.
Nenhum governante terreno diz que é bênção ser pobre, chorar, renunciar aos nossos direitos ou ser perseguido. As bem-aventuranças afirmam exatamente o oposto dos valores do Império Romano dos dias de Jesus e do nosso mundo hoje. O Reino de Deus é diferente do reino do homem.
(2) Os cidadãos do Reino de Deus devem impactar seu mundo.
Os essênios dos dias de Jesus diziam que os justos deveriam se retirar da sociedade e estabelecer o Reino de Deus isoladamente. Jesus disse: “Não! Você deve ser o sal que preserva e tempera seu mundo. Você deve ser a luz que traz glória ao seu Pai que está nos céus”. Embora o Reino de Deus seja principalmente espiritual, nosso mundo deve se beneficiar política, econômica e socialmente da presença de cidadãos do reino.
Poderíamos listar muitos exemplos de cristãos que foram sal e luz em uma sociedade secular. William Wilberforce liderou o Parlamento para abolir o tráfico de escravos no Império Britânico; o avivamento metodista levou reforma social a todos os níveis da sociedade inglesa; William Carey lutou contra o infanticídio legal e o sati (queima de viúvas) na Índia; cristãos espalharam a alfabetização, estabeleceram hospitais e orfanatos e serviram aos pobres e necessitados em muitas nações.[1]
(3) Os cidadãos do Reino de Deus vão além dos requisitos mínimos da lei para demonstrar o amor do Pai.
Jesus não veio para substituir a lei, mas para cumprir a lei. “Não vim abolir, mas cumprir” (Mateus 5:17). Cumprir algo é completá-lo ou realizá-lo. Jesus não veio para abolir a lei, mas para revelar a intenção por trás dela. Numa série de seis exemplos, Jesus mostra que a justiça dos cidadãos do Reino deve exceder a justiça dos escribas e fariseus.
A Lei
Cidadãos do Reino
A lei proíbe assassinato.
Os cidadãos do reino abordam a motivação principal – a raiva.
A lei proíbe adultério.
Os cidadãos do reino não olham para uma mulher para a desejar.
A lei exige um
“certidão de divórcio”.
Os cidadãos do reino procuram modos de permanecer casados, ao invés de desculpas para se separarem.
A lei proíbe juramentos falsos.
O “sim ou não” de um cidadão do reino é suficiente.
A lei limita a retaliação
(“olho por olho”).
Os cidadãos do reino agem por amor, não por vingança.
A lei exige amor pelo próximo.
Os cidadãos do reino amam seus inimigos.[2] Eles refletem o amor e a misericórdia de seu Pai celestial (Lucas 6:36).
(4) Os cidadãos do reino se preocupam mais em agradar a Deus do que em agradar aos outros.
Os fariseus queriam que as pessoas vissem sua generosidade; cidadãos do Reino doam em segredo. Os hipócritas queriam que outros ouvissem suas orações impressionantes; os cidadãos do reino oram fervorosamente e de maneira simples. Os fariseus queriam que os outros os respeitassem por causa de seus longos jejuns; os cidadãos do reino jejuam apenas pela recompensa do Pai.
(5) Os cidadãos do reino não confiam em suas riquezas nem se preocupam com suas necessidades.
Em vez disso, eles confiam na provisão de seu Pai celestial.
(6) Os cidadãos do reino não julgam os outros.
No entanto, eles são cuidadosos em discernir os maus frutos dos falsos mestres.
(7) Os cidadãos do reino são confiantes em suas orações.
Os cidadãos do reino são confiantes em suas orações porque sabem que seu Pai que está nos céus dará coisas boas aos que lhe pedirem! (Mateus 7:11).
(8) Os cidadãos do reino entendem que existem apenas dois caminhos.
Há uma porta larga e uma porta estreita. Existe uma árvore boa e uma árvore ruim. Há um construtor sábio e um construtor tolo. Os cidadãos do reino sabem discernir.
Como podemos viver de acordo com os princípios do Sermão do Monte? A chave é Mateus 5:48. Os cidadãos do reino são chamados a ser como nosso Pai celestial. O ensino de Jesus é tão simples – e tão difícil. Somente a graça de Deus nos capacita a viver de acordo com os ensinamentos de Jesus. Em nosso próprio poder, nunca poderemos cumprir as exigências do sermão. É somente o Espírito que torna a vida do reino possível.
Devemos entender esse princípio quando pregamos sobre o Sermão do Monte. Se pregarmos o sermão apenas como sendo uma lei, deixaremos as pessoas frustradas e desencorajadas. É somente quando pregamos sobre ele como modelo para a vida do reino – provido pela graça de Deus, comprado pelo sacrifício do Filho e capacitado pelo Espírito Santo – que o Sermão do Monte realmente se torna evangelho - “boas novas”.
► Depois de ler o Sermão do Monte e revisar este resumo, discuta:
Quais ensinamentos do sermão são mais difíceis para os cristãos em sua sociedade?
Quais ensinamentos do sermão são mais difíceis para você como líder cristão?
" O Sermão do Monte é uma advertência contra amar com amarras, amar para ganho próprio ou ignorar o chamado para a verdadeira justiça. De fato, o sermão é um chamado para exibir o tipo de perdão, doação, gratidão e amor compassivo que é como Deus.”
- Darrell Bock
O Mistério do Reino: Parábolas do Reino
Os professores judeus sabiam que nos lembramos de histórias por muito mais tempo do que nos lembramos de discursos. Por esse motivo, as parábolas eram uma forma de ensino popular para os rabinos judeus. Jesus usou parábolas para comunicar verdades profundas sobre o Reino de Deus.
No início de Seu ministério, o uso de parábolas permitiu que Jesus ensinasse os discípulos, evitando o conflito direto com seus inimigos. Mais tarde, Jesus confrontaria diretamente os líderes religiosos em Jerusalém; porém, nestes primeiros anos, seu foco era ensinar os discípulos.
Muitas pessoas ouviram as parábolas, mas não as entenderam. Eles ouvem, mas não entendem; veem, mas não veem (Mateus 13:14). Por quê? Porque eles endureceram seus corações. Isaías havia profetizado:
Pois o coração deste povo se tornou insensível; de má vontade ouviram com os seus ouvidos, e fecharam os seus olhos. Se assim não fosse, poderiam ver com os olhos, ouvir com os ouvidos, entender com o coração e converter-se, e eu os curaria (Mateus 13:15, citando Isaías 6:9).
Por meio de parábolas, Jesus foi capaz de ensinar aqueles cujos ouvidos estavam abertos.
Mateus 13 apresenta uma série de parábolas sobre os mistérios do Reino (Mateus 13:11). Essas parábolas revelam a natureza do Reino de Deus aos seguidores de Jesus, enquanto ocultam muito de Seus ensinamentos aos líderes incrédulos.
► Antes de continuar, pare e leia Mateus 13:1-52 e Lucas 19:11-27. Ao estudar cada parábola, resuma seu tema principal em uma ou duas frases na tabela da próxima página. Para cada parábola, encontre uma aplicação para o ministério atual. A primeira parábola foi realizada como exemplo.
A resposta do ouvinte à semente determina se irá frutificar.
Ao pregar e ensinar, devo confiar a Deus os resultados. Eu não sou responsável pela colheita; sou responsável por semear fielmente a semente.
O Joio
O Grão de Mostarda
O Fermento
O Tesouro Escondido
A Pérola de Grande Valor
A Rede
Coisas Novas e Coisas Velhas
As Dez Minas
A Parábola do Semeador (Mateus 13:3-9, 18-23; Lucas 8:5-18)
A primeira desta série de parábolas sobre o reino ensina que nossa resposta à semente determina a sua fecundidade. No Reino dos céus, alguns acreditarão e darão frutos, enquanto outros se recusarão a crer ou desanimarão após uma resposta inicial.
Essa parábola poderia ser chamada de parábola dos solos, uma vez que é uma história sobre diferentes solos, não diferentes semeadores. Em cada exemplo, a semente era a mesma e o semeador era o mesmo; a diferença era o solo. Ao proclamarmos a mensagem do reino, não devemos ficar surpresos quando alguns ouvintes forem menos receptivos do que outros. Não devemos desanimar. Jesus ensinou que alguns ouvintes serão solos férteis enquanto outros se endurecerão contra a Palavra.
A conclusão de Lucas para a parábola do semeador mostra que esta é uma parábola sobre ouvir a verdade. “Portanto, considerem atentamente como vocês estão ouvindo. A quem tiver, mais lhe será dado; de quem não tiver, até o que pensa que tem lhe será tirado” (Lucas 8:18). Quando uma pessoa responde positivamente à verdade, ela recebe mais verdade. Antes de narrar as outras parábolas do sermão, Jesus ensinou Seus ouvintes a ouvir como solo fértil.
A Parábola do Joio (Mateus 13:24-30, 36-43)
O povo judeu esperava que o Reino de Deus trouxesse julgamento imediato sobre os ímpios. Jesus preparou Seus discípulos para um período durante o qual crentes e incrédulos viveriam juntos no mundo. Nessa história, o campo é o mundo (Mateus 13:38). Somente no fim desta era os anjos colherão as ervas daninhas e as queimarão com fogo (Mateus 13:40). O Reino de Deus se desenvolverá no tempo de Deus, não no tempo do homem.
A Parábola do Grão de Mostarda (Mateus 13:31-32)
Ninguém assistindo ao ministério terreno de Jesus poderia ter previsto a expansão da igreja ao redor do mundo. Os discípulos eram incultos, pobres e temerosos. Eles não tinham carisma, posição social ou poder político. Eles eram como o minúsculo grão de mostarda. Mas assim como um pequeno grão de mostarda cresce e se torna uma grande árvore ou arbusto, o Reino de Deus alcançaria todo o mundo.
A audiência de Jesus ficaria espantada ao ouvi-Lo comparar o Reino de Deus a um grão de mostarda. Os rabinos judeus esperavam que o Reino de Deus viesse em poder e glória. Eles esperavam uma demonstração de julgamento sobre os pecadores; esperavam uma revolta militar contra Roma; eles esperavam uma reviravolta social quando o novo reino judaico fosse estabelecido. Em vez disso, Jesus preparou Seus discípulos para um início pouco expressivo do Reino.
Quando lemos o Novo Testamento, podemos talvez esquecer a insignificância da Judeia no primeiro século. A Judeia é o centro do Novo Testamento, mas estava longe do centro do mundo do primeiro século. Pense na capital do seu país. Esse não era o papel da Judeia no primeiro século; esse papel pertencia à Roma. Pense em uma cidade com uma grande universidade e sistema educacional. Esse não era o papel da Judeia no primeiro século; esse papel pertencia à Atenas ou Alexandria.
Em relação às outras nações do mundo, a Judeia não possuía importância política, econômica ou social. Pense em uma das regiões mais insignificantes do seu país; esse era o lugar da Judeia no Império Romano.
A parábola do grão de mostarda mostrou o crescimento do Reino de Deus, de um pequeno grupo de homens de um canto do Império Romano a uma árvore que alcançou todas as nações.[1] Os rabinos judeus ensinavam que o Reino de Deus seria limitado apenas aos judeus; Jesus ensinou que o Reino de Deus chegaria até os confins da terra.
A Parábola do Fermento (Mateus 13:33)
A parábola do fermento também ilustra o crescimento sobrenatural do reino. Jesus usou o fermento como símbolo da expansão do reino. Três medidas de farinha produziriam pão para 100 pessoas. Apesar de seu começo pequeno, o reino se tornaria poderoso.
A parábola do fermento mostra o crescimento constante do reino. O fermento não é dramático; não explode como uma dinamite; ele silenciosamente trabalha no pão. Os rabinos judeus ensinavam que o Reino de Deus seria apresentado com sinais mundiais; Jesus mostrou que o Reino cresceria lentamente, mas de forma constante, até atingir todo o mundo.
A Parábola do Tesouro Escondido e da Pérola de Grande Valor (Mateus 13:44-46)
Estas duas parábolas falam sobre a alegria do reino. Em ambas, um homem encontrou algo de valor tão grande que vendeu tudo o que tinha e o comprou. O foco das parábolas não é o sacrifício do homem, mas sua alegria em encontrar algo de tal valor. Cheio de alegria, foi, vendeu tudo o que tinha! Os verdadeiros discípulos se regozijam em dar tudo para seguir a Cristo.
Essas parábolas mostram o valor supremo do reino. O Reino de Deus afeta nossa atitude para com toda a vida. Em outro lugar, Jesus disse: “E se o seu olho o fizer tropeçar, arranque-o. É melhor entrar no Reino de Deus com um só olho do que, tendo os dois olhos, ser lançado no inferno” (Marcos 9:47). A entrada no Reino de Deus vale qualquer sacrifício terreno.
A Parábola da Rede (Mateus 13:47-50)
Barcos de pesca no Mar da Galileia arrastavam uma grande rede, prendendo tanto peixes comestíveis quanto não comestíveis. Ao retornar à praia, os pescadores separavam os peixes bons dos ruins.
Como a parábola do joio, essa parábola lembrou aos discípulos que o julgamento viria no fim desta era. Em vez de esperar um julgamento imediato, eles deveriam pregar sobre o reino sabendo que Deus, em Seu tempo, julgará os maus e os justos. Haverá um julgamento final que separará o bem do mal, mas devemos deixar o tempo disso para Deus.
A Parábola das Coisas Novas e Coisas Velhas (Mateus 13:51-52)
Jesus começou esta série de parábolas ensinando aos discípulos que eles deveriam ser solo fértil. Ele terminou a série lhes ensinando a responsabilidade de compartilhar com os outros. Todo mestre da lei instruído deve tirar de seu tesouro de conhecimeno algo para ensinar aos outros. Não aprendemos apenas para nosso benefício. Os discípulos foram treinados para que pudessem treinar outros discípulos.
Essa parábola está no livro de Lucas, mas Mateus inclui uma parábola semelhante dada durante o discurso de Jesus no Monte das Oliveiras. Jesus contou a parábola das dez minas quando estava perto de Jerusalém, porque o povo pensava que o Reino de Deus ia se manifestar de imediato (Lucas 19:11).
À medida que Jesus se aproximava de Jerusalém, o povo ficava cada vez mais entusiasmado em sua expectativa por um Messias político. Jesus contou essa parábola para ensinar seus discípulos a permanecerem fiéis enquanto esperavam pelo Reino. Eles não deveriam esconder cautelosamente o que o Mestre lhes dera; em vez disso, deveriam usar seus recursos para o progresso do reino.
[1]Em Daniel 4:12 e Ezequiel 31:6, pássaros se alojando em árvores representavam um grande reino alcançando muitas nações.
[2]Uma mina era uma unidade monetária. Ela era equivalente a três meses de salário do trabalhador.
O Estabelecimento Completo do Reino
► Leia Mateus 24-25.
Muito do ensino inicial de Jesus se concentrava no começo imediato do reino. Ao se aproximar do fim de Seu ministério terreno, Jesus falou mais sobre o estabelecimento completo futuro do reino no fim dos tempos. O Sermão do Monte das Oliveiras em Mateus 24 e 25 é o ensino mais extenso de Jesus sobre o cumprimento futuro das promessas do Reino.
Um Olhar Mais Atento: O Templo de Herodes
Em 19 a.C., Herodes, o Grande, iniciou uma grande reforma do templo.[1] Esse templo, concluído em 516 a.C. por Zorobabel, era menor e mais simples do que o templo original de Salomão. Herodes pretendia restaurar o templo conforme a sua beleza anterior. Ele iniciou um projeto de construção que durou mais de 80 anos. Herodes designou 10.000 trabalhadores qualificados para a construção e treinou 1.000 levitas para trabalhar em partes do templo que apenas sacerdotes poderiam entrar.
Herodes esperava ser lembrado como o construtor do maior templo do mundo. Na época do ministério de Jesus, o trabalho já durava 46 anos (João 2:20). O templo não estaria completo até 63 d.C. – e seria destruído apenas sete anos depois, após o cerco de Jerusalém pelo general romano Tito em 70 d.C.
O templo de Herodes tinha mais que o dobro do tamanho do templo de Salomão, com espaço para os milhares de peregrinos judeus que iam a Jerusalém para as festas. Foi uma das grandes maravilhas do Império Romano.
[1]“Temple Comparison" foi criado pela SGC com uma foto de Ricardo Gandelman (CC BY 2.0) e plantas dos templos da EB Vol. IV e Gal m, disponível em https://www.flickr.com/photos/sgc-library/52345523784, domínio público (CC0).
O Estabelecimento Completo do Reino (Continuação)
Durante a última semana de Jesus em Jerusalém, os seus discípulos se aproximaram dEle para lhe mostrar as construções do templo. Como a construção do templo ainda estava em andamento, eles provavelmente estavam apontando uma característica que havia sido alterada desde a visita anterior deles ao templo.
Jesus respondeu com uma profecia sobre a destruição do templo. “Vocês estão vendo tudo isto? ...Eu lhes garanto que não ficará aqui pedra sobre pedra; serão todas derrubadas.” Os discípulos então perguntaram: “Dize-nos, quando acontecerão essas coisas? E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?” (Mateus 24:2, 3).
A pergunta dos discípulos tinha duas partes; a resposta de Jesus foi em duas partes. Assim como as profecias do Antigo Testamento incluíam aspectos próximos e distantes, a profecia de Jesus incluía alguns eventos que aconteceriam em breve e alguns que viriam no fim dos tempos.
Os discípulos perguntaram: “Quando acontecerão essas coisas?”. “Essas coisas” (a destruição do templo até que não houvesse pedra sobre pedra”) ocorreram no ano 70 d.C.
Os discípulos perguntaram: “E qual será o sinal da tua vinda e do fim dos tempos?” Jesus falou do futuro retorno do “Filho do homem, vindo em sua glória, com todos os anjos, para se sentar em seu trono na glória celestial” (Mateus 24:30).
Jesus mostrou que o reino incluiria pessoas de todas as nações, tanto judeus como gentios. Ele mostrou que a inclusão dos gentios é o plano de Deus “desde a criação do mundo” (Mateus 25:34). O Reino de Deus é o plano eterno do Pai celestial para Seu povo.
Duas parábolas do Sermão do Monte das Oliveiras nos ensinam que devemos ser fiéis enquanto esperamos pelo reino. As cinco virgens insensatas esperaram – mas sem a devida preparação. O servo com um talento esperou – mas não administrou fielmente. Como cidadãos do reino, somos chamados à fidelidade e perseverança no serviço ao Rei.
No julgamento final, ocorrerá a separação do bem e do mal prometida em Mateus 13. A lição principal não é sobre quando e como esse julgamento ocorrerá. Em vez disso, o ensino de Jesus é sobre como os cidadãos do reino devem viver hoje em preparação para o julgamento final. Naquele dia, o Rei dirá: “Digo-lhes a verdade: o que vocês fizeram a algum dos meus menores irmãos, a mim o fizeram” (Mateus 25:40). Devemos viver em constante prontidão para o retorno do Rei. Devemos ser encontrados fiéis quando Ele retornar.
Aplicação: O Custo do Discipulado
► Leia Lucas 9:21-27.
A cidadania no Reino de Deus é somente pela graça. Não nos tornamos cidadãos do reino por boas obras. No entanto, isso não significa que não há custo para uma vida de discipulado. Em Lucas 9, Jesus ensinou Seus seguidores sobre esse custo.
Dallas Willard escreveu: “A graça não é o oposto de esforço, mas, sim, do mérito”.[1] O esforço que fazemos como discípulos não é oposto à graça. De fato, a única maneira pela qual temos o poder de buscar o discipulado é por causa da graça de Deus.
Por favor, observe o padrão do ensino de Jesus: a cruz e depois a glória.
Jesus profetizou Sua morte e ressurreição (Lucas 9:21-22). Esse foi o preço que Ele pagou para prover nossa cidadania no Reino.
Jesus disse a Seus seguidores quanto custaria ser Seu discípulo (Lucas 9:23-25). “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me.” Jesus sofreu na cruz para estabelecer o reino; devemos tomar a cruz se quisermos viver no reino.
Jesus falou sobre o Reino de Deus (Lucas 9:26-27). “Se alguém se envergonhar de mim e das minhas palavras, o Filho do homem se envergonhará dele, quando vier em sua glória e na glória do Pai e dos santos anjos.”
Não podemos compartilhar a glória do reino sem compartilhar a cruz. Jesus “humilhou-se a si mesmo e foi obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso Deus o exaltou à mais alta posição…” (Filipenses 2:8-9).
Como filhos de Deus, seguimos o mesmo padrão. “O Deus de toda a graça, que os chamou para a sua glória eterna em Cristo Jesus, depois de terem sofrido durante um pouco de tempo..” (1 Pedro 5:10). Essa é a forma da vida no reino. Cristo sofreu a cruz antes de ser exaltado à glória. Seus seguidores devem tomar a cruz antes de desfrutar de Sua glória eterna.
Jesus procurou discípulos comprometidos. Ele não exigia que Seus discípulos tivessem mentes brilhantes; Ele exigia que tivessem corações leais. O que custa ser um discípulo? “Se alguém quiser acompanhar-me, negue-se a si mesmo, tome diariamente a sua cruz e siga-me” (Mateus 16:24)
1. O discípulo deve negar a si mesmo. Dizer “não” a si mesmo é uma coisa difícil de fazer.
2. O discípulo deve tomar sua cruz. Os seguidores de Jesus entendiam que uma cruz significa morte. A cruz representava sofrimento e vergonha. Mas os primeiros cristãos sabiam que o discipulado exigia uma cruz. Quando Inácio viajou a Roma para morrer como mártir, ele disse: “Estou começando a ser um discípulo”. O discipulado requer uma cruz.
3. O discípulo deve continuar a seguir a Jesus em caráter e conduta. O verbo “seguir” está no tempo presente.
O discipulado vale esse preço? Jesus deu três razões para ser um discípulo. Ironicamente, essas são as razões pelas quais muitas pessoas evitam o discipulado. Por que devemos pagar o preço do discipulado?
1. Segurança. Aquele que tenta salvar sua vida evitando a cruz perecerá (Lucas 9:24).
2. Verdadeiras riquezas. Aquele que se recusa a se identificar com Cristo perderá tudo (Lucas 9:25).
3. Recompensa. Somente aqueles que seguem a Cristo serão bem-vindos no reino (Lucas 9:26-27).
► Leia Lucas 14:25-33.
Mais tarde, Jesus expandiu Seu ensino sobre discipulado. Sua instrução se divide em três seções:
1. O preço do discipulado (Lucas 14:26-27).
2. A loucura de se tornar um discípulo sem considerar o custo (Lucas 14:28-32).
3. Um lembrete do preço do discipulado (Lucas 14:33).
Quando você vai comprar um carro, o vendedor, às vezes, tentará esconder o custo final. Ele dirá: “Olhe para este lindo carro!” “Sinta o poder deste carro!” Só depois que você se apaixonar pelo carro ele lhe dirá o preço.
Jesus nunca ofereceu a Seus seguidores um caminho fácil para o reino. Ele começou com o preço:
Se alguém vem a mim e ama o seu pai, sua mãe, sua mulher, seus filhos, seus irmãos e irmãs, e até sua própria vida mais do que a mim, não pode ser meu discípulo. E aquele que não carrega sua cruz e não me segue não pode ser meu discípulo (Lucas 14:26-27).
Quanto custa ser um discípulo? Tudo! Ser discípulo de Cristo é mais do que compartilhar a alegria das promessas messiânicas; requer participação na cruz.
► O evangelho de João dá três condições adicionais para o discipulado. Leia João 8:31; 13:35; e 15:8. Com base nas condições de discipulado em Lucas e João, você está fazendo discípulos em seu ministério?
[1]Dallas Willard, A Grande Omissão: As Dramáticas Consequências de Ser Cristão Sem Se Tornar Discípulo. (Editora Mundo Cristão, 2008).
Conclusão: O Que É o Reino de Deus?
Até que Cristo volte, não entenderemos todos os detalhes de seu ensino sobre o reino. No entanto, os evangelhos mostram muitas características do Reino de Deus:
O Reino de Deus é um reino espiritual. “Pois o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, paz e alegria no Espírito Santo” (Romanos 14:17). O novo nascimento nos liberta do poder de Satanás e nos torna parte do Reino de Deus.
O Reino de Deus incluirá um reinado físico e político no fim dos tempos.
O Reino de Deus é universal; não se limita à nação judaica.
O Reino de Deus é o poder de Deus em ação no mundo. O reino não é um domínio físico. Na parábola das 10 minas, um reino era a autoridade para governar, não uma localização geográfica (Lucas 19:11-12).
O Reino de Deus é sobrenatural. O homem semeia a semente; ele não pode fazê-la crescer. O reino cresce pelo poder de Deus.
O Reino de Deus é mais do que uma vaga esperança futura; é uma realidade presente que exige uma resposta imediata.
O Reino de Deus começou através do ministério de Jesus. Seu poder sobre os demônios demonstrou a vitória do Reino de Deus sobre o reino de Satanás.
O Reino de Deus continua avançando através do trabalho da igreja. O Sermão do Monte mostra como os crentes são chamados a viver na era atual.
O Reino de Deus será estabelecido por completo no retorno final de Cristo para reinar em glória. O poder de Satanás será rompido e Deus reinará eternamente.
► No final do curso, há um sermão intitulado “O Evangelho do Reino”. Leia-o antes de continuar com a Lição 7.
Tarefa da Lição 6
Prepare uma série de três sermões baseados no Sermão do Monte de Jesus. O tema de seus sermões deve ser “Vida no Reino de Deus”. Mostre como devemos viver hoje como cidadãos do Reino de Deus. Certifique-se de pregar o sermão como sendo boas novas. Mostre como a graça de Deus nos capacita a viver como cidadãos no Reino de Deus.
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