A Vida e o Ministério de Jesus
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Lesson 1: Preparação para o Ministério

35 min read

by Randall McElwain


Objetivos da Lição

Ao final desta lição, o aluno deverá:

(1) Reconhecer que Jesus é o nosso modelo para o ministério.

(2) Apreciar a soberania de Deus na preparação daqueles a quem Ele chama.

(3) Render-se ao chamado de Deus para o papel que Ele escolher para o aluno.

(4) Seguir os passos de Jesus para ser vitorioso sobre as tentações.

Preparação para esta Lição

Leia Mateus 1-4, Lucas 1-3 e João 1.

Princípio para o Ministério

Deus prepara aqueles que Ele chamou para o ministério que Ele escolheu.

Introdução

Neste curso, estudaremos Jesus como um modelo para o nosso ministério de hoje. Jesus disse: “Eu lhes dei o exemplo, para que vocês façam como lhes fiz” (João 13:15). A vida terrena de Jesus foi um modelo para todos os Seus seguidores.

Paulo entendeu esse princípio. Quando ele ouviu sobre o conflito entre os cristãos em Filipos, Paulo apontou para o exemplo de Jesus: “Seja a atitude de vocês a mesma de Cristo Jesus” (Filipenses 2:5). Paulo sabia que, se esses cristãos seguissem o exemplo de Jesus, a humildade deles resolveria conflitos na igreja.

Em uma viagem para a África, um jornalista judeu, David Plotz, ficou preso em um aeroporto em Malawi. Lá ele conheceu um pastor africano que o levou até a sua casa, alimentou-o por dois dias e testificou a respeito de Jesus, o Messias. David Plotz escreveu mais tarde: “Eu não acredito em nada do que esse homem acredita, mas eu estou maravilhado pela sua convicção. Ele sente Cristo movendo-se nele, e é por essa razão que ele recebeu um estrangeiro, hospedou-o, deu alimento e o vestiu”. Esse pastor africano compreendeu que nós somos chamados para seguir o exemplo de Jesus.

Este curso não é um estudo abrangente sobre a vida de Jesus. Em vez disso, focaremos em aspectos da Sua vida que fornecem um modelo para o ministério de hoje. Aprenderemos a modelar nosso ministério com o exemplo de Jesus.

Nesta primeira lição, veremos a preparação de Jesus para o ministério. Isso ilustra o princípio de que Deus prepara cada pessoa chamada para o ministério ao qual Ele designou.

Deus Preparou o Contexto Familiar do Seu Servo

► Pense sobre seu histórico familiar e sobre seu passado. Como Deus usou o seu contexto para prepará-lo para o ministério?

As genealogias nos evangelhos mostram que um Deus soberano preparou o caminho para Seu servo séculos antes do nascimento de Jesus. Muito antes de Jesus nascer, Deus preparou o caminho para a Sua vinda.

As genealogias respondem à pergunta: “Quem foi Jesus?” Elas mostram a importância de Abraão e Davi. Abraão é importante na ascendência de Jesus porque Deus prometeu a Abraão: “...e por meio de você todos os povos da terra serão abençoados” (Gênesis 12:3). Essa promessa foi cumprida através de Jesus de Nazaré.

Davi é importante na genealogia porque Deus prometeu a ele que seu trono seria estabelecido para sempre (2 Samuel 7:16). Quando Jesus nasceu, já havia passado mais de 500 anos desde que um rei da linhagem de Davi sentara-se no trono. Mateus e Lucas mostram que Jesus foi o cumprimento da promessa a Davi.

Jesus Era o Filho de Davi (Mateus 1:1-17)

No Novo Testamento em grego, as primeiras duas palavras do livro de Mateus teriam lembrado aos seus primeiros leitores sobre o livro de Gênesis (Gênesis 2:4; 5:1). Assim como Gênesis demonstra a soberania de Deus sobre a criação, Mateus demonstra a soberania de Deus sobre a história. A genealogia no livro de Mateus mostra que toda a história de Israel levava ao nascimento do Messias.

A genealogia dada por Mateus registra três grupos de 14 nomes cada. Esse era um auxílio comum à memória judaica. Grupos regulares ajudavam os estudantes a memorizar longas listas de nomes. Leitores da genealogia em Mateus sabiam que essa lista não incluía todos os ancestrais entre Abraão e José. A frase repetida de Mateus “gerou a” pode se referir a qualquer ancestral. As genealogias judaicas normalmente pulavam algumas gerações. Mateus foca em membros importantes da genealogia de Jesus e omite outros nomes.

Como Mateus omite algumas gerações, os nomes que ele inclui são particularmente interessantes. Ele escolheu esses nomes com um propósito. Por exemplo, Mateus lista quatro mulheres. Isso não era comum na genealogia judaica, e as mulheres listadas não possuem as características que nós poderíamos esperar. Raabe e Rute eram estrangeiras. Tamar, Raabe e Bate-Seba eram associadas à vergonha sexual.

Da mesma forma, alguns dos homens dessa lista sofreram desgraça. Judá tratou Tamar de forma vergonhosa. A linhagem de Jeconias foi desqualificada do trono de Israel (Mateus 1:12; Jeremias 22:30). Mais notavelmente, Mateus identifica Davi não por suas grandes realizações, mas como o pai de Salomão, cuja mãe tinha sido mulher de Urias.

Esses nomes colocam Jesus junto a humanidade pecaminosa. Deus não trouxe Seu filho ao mundo por meio de uma linhagem familiar imaculada, mas como descendente de pecadores comuns. Os líderes judaicos debochavam do nascimento desonroso de Jesus e o rejeitaram como sendo indigno (João 8:41, 48). Mateus mostra que Deus pode usar uma pessoa com ascendentes pecaminosos para cumprir os Seus grandes propósitos.

► Em nossa cultura, quais elementos do passado de uma pessoa poderiam nos fazem pensar que ela tenha um baixo potencial?

Muitas vezes, Deus chama pessoas de origem inesperada para o Seu serviço. Ninguém deixa de ser útil por causa do passado da família. Os elementos do passado de uma pessoa, os quais nos fazem acreditar que ela tenha pouco potencial, podem não importar para Deus.

Jesus Era o Filho de Adão (Lucas 3:23-38)

Mateus traça a genealogia do “Rei dos Judeus” a partir de Abraão. Lucas traça a genealogia de Jesus a partir de Adão. Isso se encaixa com a ênfase que Lucas dá a Jesus como o “Filho do Homem”. A genealogia de Lucas enfatiza a humanidade de Jesus. Lucas a posiciona logo antes da história da tentação. Isso lembra ao leitor que Jesus, o segundo Adão, triunfou onde o primeiro Adão falhou.

Um Olhar Mais Atento: As Genealogias de Mateus e Lucas

Mateus 1 e Lucas 3 dão diferentes genealogias de Jesus. Mateus começa a partir de Abraão, passando pelo rei Salomão, até chegar a José. Lucas traça a genealogia a partir de José, voltando atrás até chegar em Natã (outro dos filhos de Davi) e até Adão.

As genealogias são as mesmas entre Abraão e Davi. Entretanto, entre Davi e José, as duas genealogias traçam linhagens diferentes. Uma explicação provável para a diferença é a de que Mateus registra os ancestrais de José, e Lucas registra os ancestrais de Maria.[1]

A ascendência de José trazida por Mateus é uma genealogia real, a qual passa por Salomão. Isso se encaixa com o tema de Mateus, o qual tem Jesus como Rei. Essa é a descendência legal de Jesus – que deve vir através de José.

A ascendência de Maria trazida por Lucas é uma genealogia “física” que passa por Natã, filho de Davi. Essa genealogia se encaixa na ênfase de Lucas em Jesus como o “Filho do Homem”. Para mostrar isso, Lucas traça a genealogia física de Jesus através de Maria. Ele ainda começa com a frase “filho de José”, porque as genealogias judaicas usavam o nome masculino, mesmo ao traçar a linhagem da mulher.

A linhagem de Maria fornece a conexão de sangue com Davi. A linhagem de José fornece os direitos ao trono através de Salomão.


[1]Para outras possíveis explicações, visite http://www.gotquestions.org/Jesus-genealogy.html, acessado em 22 de março de 2021.

Deus Preparou o Contexto Familiar do Seu Servo (Continuação)

Jesus Era o Filho de Deus (João 1:1-18)

O Evangelho de João começa com uma genealogia divina; Jesus era o Filho de Deus. “A vida de Jesus não começou... no momento do nascimento. Ele veio ao mundo a partir de um estado de pré-existência para cumprir uma missão específica.”[1]

No Antigo Testamento, o povo de Israel podia ver a presença de Deus como nuvem acima do tabernáculo. Agora, Deus habita entre nós na pessoa de Jesus Cristo (João 1:14). A glória divina de Deus estava, então, revelada numa forma humana.

A Palavra era eterna: “Ele estava com Deus, e era Deus” (João 1:1). O Pai e o Filho sempre viveram em comunhão eterna.[2] Por que Jesus veio ao nosso mundo? Para revelar o Pai. Ninguém viu ao Pai, mas Jesus o tornou conhecido entre nós (João 1:18). Quando vemos Jesus, vemos o Pai (João 14:9).

Hoje, muitas pessoas retratam Jesus como um amigo amoroso e o Pai como um juiz severo. Entretanto, João 1 mostra que o caráter de Jesus é idêntico ao caráter do Pai. Quando vemos Jesus, vemos o Pai.


[1]J. Dwight Pentecost, As Palavras e as Obras de Jesus. Editora Hagnos, 2022.
[2]João 1:3 refuta a afirmação dos Testemunhas de Jeová de que Jesus foi criado. Jesus estava presente na criação. “Todas as coisas foram feitas por intermédio dele; sem ele, nada do que existe teria sido feito.”

Deus Preparou Seu Servo através de um Nascimento Miraculoso

Jesus nasceu em Belém da Judeia, aproximadamente no ano 5 a.C.[1] José tinha viajado a Belém em resposta a um censo romano. O propósito do censo era o de manter os registros fiscais para as províncias sob o controle de Roma.

O método usual de Roma era o de registrar as pessoas na cidade na qual elas viviam e trabalhavam. Entretanto, para manter a paz com uma população judaica que rapidamente se rebelava, Roma permitiu que as províncias judaicas seguissem os métodos judaicos de registro nos locais de origem de suas famílias. Como resultado, José e Maria viajaram por 100 quilômetros de Nazaré a Belém. Mesmo que fosse requerido apenas que o homem da casa se registrasse, José levou Maria a Belém. É provável que ele não quisesse deixá-la sozinha com seus vizinhos fofoqueiros na pequena vila de Nazaré.

Deus trabalha através de eventos mundiais para cumprir com Seu propósito. Deus soberanamente fez com que um imperador pagão “escolhesse” um censo judeu para cumprir com o Seu propósito. “O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer” (Provérbios 21:1). Como trabalhadores no Reino de Deus, isso deve nos dar confiança de que Ele cumpre Seus propósitos mesmo quando parece que pessoas más estão no controle.

Esse censo fiscal é um exemplo dentre muitos que mostram como Deus preparou o mundo para o nascimento de Jesus. Deus trabalhou através do contexto cultural do Império Grego, do sistema legal do Império Romano e dos princípios religiosos da fé judaica para preparar nosso mundo para o Messias. Para estudar esse contexto, por favor, veja a lição 1 do curso da Shepherds Global Classroom: Explorando o Novo Testamento.[2]

A Visita dos Pastores (Lucas 2:8-20)

As primeiras pessoas a receberem o anúncio do nascimento de Jesus foram pastores que estavam fora de Belém. Isso é extraordinário, já que eles eram evitados pela maioria dos judeus no primeiro século. Os pastores de ovelhas possuíam um nível social tão baixo que o seu testemunho não era aceito em tribunais judaicos. Ao focar nos pastores, Lucas mostra que: “Se os pastores são bem-vindos, então qualquer um é bem-vindo no Reino de Deus!” O anjo disse aos pastores: “Estou lhes trazendo boas novas de grande alegria, que são para todo o povo” (Lucas 2:10).

O evangelho não é limitado a uma única nação (Israel) ou a uma única classe social; o evangelho é para todas as pessoas. Esse tema é visto ao longo do evangelho de Lucas. Lucas dá especial atenção ao ministério de Jesus às mulheres, aos samaritanos e aos excluídos como Zaqueu.

A Visita dos Magos (Mateus 2:1-12)

O evangelho de Mateus foi direcionado primeiramente a uma audiência judaica. Enquanto Lucas foca na mensagem de Jesus a todos, Mateus foca primeiramente na mensagem de Jesus sobre um reino celestial. Em vez de pastores, Mateus mostra a visita de homens sábios — os magos. Essa visita ocorre após a família de Jesus ter se mudado para uma casa permanente, provavelmente alguns meses depois do Seu nascimento (Mateus 2:11). Isso é indicado pela ordem de Herodes para matar todos os bebês do sexo masculino com menos de dois anos de idade.

Os magos eram estudiosos do céu, que o observavam procurando padrões incomuns. Em uma época em que viajar era perigoso, eles viajaram por longas distâncias para investigar o estranho sinal que viram no céu.

Ele foram primeiro a Jerusalém, o local mais lógico para se encontrar um rei judeu. Quando a notícia sobre um possível rival chegou a Herodes, ele ficou perturbado, e com ele toda Jerusalém (Mateus 2:3). A frase “toda a Jerusalém” prenuncia a posterior rejeição a Jesus pelos líderes religiosos em Jerusalém.

A visita dos magos foi a primeira apresentação do Messias aos gentios. Em contraste com aqueles em Jerusalém que estavam preocupados com o sinal, os magos responderam com fé. Jesus veio como rei de todas as nações, não apenas como Rei dos judeus.

Mateus não registra quantos magos viajaram para adorar a Jesus. A tradição dos três reis magos é baseada nos três presentes registrados em Mateus 2:11. Cada presente representa um aspecto do ministério de Jesus.

  • Ouro é um presente para um rei. Entretanto, Jesus não reinaria de um trono, mas de uma cruz.

  • Incenso é um presente para um sacerdote. Durante os sacrifícios, o incenso era utilizado como um perfume. Jesus veio como o sacerdote que tornou possível a todos entrar na presença de Deus.

  • Mirra era usada para embalsamar os mortos. Jesus nasceu para morrer pela humanidade.


[1]O calendário gregoriano não foi desenvolvido até 1582. Esse calendário era aproximado, não preciso. Herodes, o Grande, morreu aproximadamente em 4 a.C. Baseado nessa data, o nascimento de Jesus pode ser datado em torno de 6 ou 5 a.C.
[2]Disponível em https://www.shepherdsglobal.org.

Deus Protegeu Seu Servo

Antes do nascimento de Jesus, um anjo falou com José em um sonho para revelar o plano de Deus. Depois da visita dos magos, um anjo advertiu José a fugir para o Egito. A família permaneceu no Egito até a morte de Herodes (aproximadamente 4 a.C).

De muitos modos, Herodes, o Grande, foi um governante eficiente. Ele respeitava o povo judeu, até mesmo seguindo as leis alimentares judaicas. Ele começou a reforma do templo, que continuou por toda a vida de Jesus. Durante um período de fome em 25 a.C., ele usou de seu próprio dinheiro para comprar comida para o povo faminto da Judeia.

Entretanto, Herodes era insanamente paranoico. Ele assassinou uma de suas esposas, Mariana, e sua mãe, Alexandra, quando suspeitou de que elas estavam conspirando contra ele. Herodes mandou assassinar três filhos quando chegaram a uma idade em que poderiam se tornar uma ameaça. Para um homem tão paranoico como Herodes, o assassinato de bebês em Belém não seria uma surpresa. Matar algumas dúzias de crianças para proteger sua posição teria sido um pequeno inconveniente.

A crueldade de Herodes continuou até a sua morte. Ao se aproximar da morte, Herodes ordenou que os principais cidadãos de Jerusalém fossem presos e mortos quando ele morresse. Ele acreditava que isso garantiria que o dia da sua morte seria lembrado como um dia de lamentação (em vez disso, as viúvas de Herodes libertaram os prisioneiros, causando um dia de celebração em toda a Palestina).

Após a morte de Herodes, seu território foi dividido entre seus três filhos. Foi dado a Antipas o controle da Galileia e Pereia; a Filipe foi dada autoridade sobre a parte nordeste da Palestina; Arquelau se tornou governador da Judeia, Idumeia e Samaria. Historiadores antigos mencionam que Arquelau possuía todas as fraquezas de seu pai, mas nenhuma de suas virtudes. Ele foi odiado pelos judeus e removido de sua posição em 6 d.C., em razão das queixas dos judeus a César. Depois disso, a Judeia foi governada por governadores romanos como Pôncio Pilatos.

Após a morte de Herodes, um anjo apareceu novamente em um sonho para instruir José a retornar a Israel. Entretanto, já que Arquelau era perigoso como Herodes, o Grande, José levou sua família a Nazaré em vez de retornar a Belém.

► Ainda quando criança, John Wesley foi milagrosamente resgatado de uma casa em chamas. Ele acreditava que Deus o tinha protegido para um propósito especial. Wesley se referia a si mesmo como um “tição tirado do fogo” (Zacarias 3:2). Convide membros da sua turma para compartilhar histórias de como Deus os preservou para o ministério – seja através de proteção milagrosa seja através da providência divina.

Um Olhar Mais atento: Mateus 2:23

Mais do que qualquer outro evangelho, Mateus mostra que o ministério de Jesus cumpriu as profecias do Antigo Testamento. Escrevendo para um público judeu, Mateus demonstrou que Jesus era o Messias prometido:

  • Nascimento virginal de Jesus (Mateus 1:22-23) cumpre Isaías 7:14.

  • Nascimento de Jesus em Belém (Mateus 2:5-6) cumpre Miqueias 5:2.

  • A viagem para o Egito (Mateus 2:14-15) cumpre Oseias 11:1.

  • O assassinato das crianças em Belém (Mateus 2:16-18) cumpre Jeremias 31:15.

  • A entrada em Jerusalém (Mateus 21:1-5) cumpre Zacarias 9:9.

Um dos exemplos difíceis de cumprimento profético é encontrado em Mateus 2:23. Mateus escreve: “E foi viver numa cidade chamada Nazaré. Assim cumpriu-se o que fora dito pelos profetas: Ele será chamado Nazareno”.

A dificuldade está no fato de não haver registro de uma profecia no Antigo Testamento em que o Messias seria chamado nazareno. Duas ideias podem estar por trás desse versículo:

1. No tempo de Jesus, Nazaré era um vilarejo sem importância (João 1:46). O povo judeu esperava que o seu Messias viesse da Judeia, não da região comercial da Galileia (João 7:41, 52). O fato de que Jesus veio de uma região desprezada como Nazaré cumpriu profecias como as de Isaías 49:7 e Isaías 53:3.

2. Isaías 11:1 profetizou que o Messias seria um “ramo”. A palavra hebraica para ramo (netzer) soa muito como a palavra “Nazaré”. Leitores judeus de Mateus reconheceriam esse jogo de palavras.

Deus Preparou o Caminho para Seu Servo Com um Precursor

João Batista era primo de Jesus. A história de João Batista começa quando o seu pai, Zacarias, estava queimando incenso no altar a favor da nação de Israel (um dos mais honrados deveres de um sacerdote); (Lucas 1:9).

Enquanto Zacarias realizava esse dever sagrado, um anjo apareceu ao lado direito do altar do incenso. Na tradição judaica, esse lugar era onde Deus ficava durante a oferta. O anjo Gabriel contou a Zacarias que suas orações por um filho tinham sido atendidas.

Visto que Isabel já havia passado da idade natural para ter um filho, Zacarias duvidou da promessa do anjo. Por sua incredulidade, ficou sem poder falar até o nascimento de João. Como sacerdote e estudioso das Escrituras, Zacarias conhecia as histórias de Ana e de Raquel no Antigo Testamento e deveria ter crido na promessa de que Deus iria milagrosamente abrir o ventre de Isabel.

Trinta anos depois, João começou o seu ministério. Em vez de servir como um sacerdote em Jerusalém, ministrou como um profeta no deserto da Judeia. Ele foi enviado como o precursor do Messias. Enquanto João pregava, as pessoas perguntaram: “João é o Messias prometido?” Ele respondeu: “Virá alguém mais poderoso do que eu, tanto que não sou digno nem de desamarrar as correias das suas sandálias” (Lucas 3:16). Uma das obrigações mais baixas de um escravo era a de cuidar das sandálias de seu mestre, mas João disse: “Aquele que está por vir é tão maior que eu, que não sou digno nem mesmo para esse humilde dever”. João fornece um modelo humilde de serviço.

Ao longo das Escrituras, Deus usou pessoas para preparar o caminho para outras. Veja o exemplo de Barnabé e Paulo. Quando Saulo estava perseguindo os cristãos, Barnabé já era um respeitado líder da igreja. Barnabé confiou em Paulo quando poucos cristãos teriam confiado nesse perseguidor da igreja.

Quando começaram sua primeira jornada missionária, Atos se refere à dupla como “Barnabé e Saulo” (Atos 13:2). Pouco tempo depois, eles eram conhecidos como “Paulo e Barnabé” (Atos 13:43 em diante). Barnabé era o líder no início, mas estava disposto a deixar que Paulo se tornasse o líder.

Às vezes, seu papel pode ser como o de João Batista ou Barnabé, preparando o caminho para outro. Onde quer que Deus escolha usar você, dê o seu melhor. Se Ele o colocar em um papel de apoiador, não rejeite esse ministério. Você pode confiar em Deus para que o use de modo muito efetivo.

Nós vemos a humildade de João Batista quando ele direciona seus seguidores a Jesus (João 1:35-37). A meta de um rabino era a de fazer discípulos que seguissem e respeitassem seu professor. Porém, João Batista direcionou seus seguidores a um mestre maior. Ele compreendeu que sua tarefa era a de direcionar os outros àquele maior que ele mesmo. João assistiu seus discípulos deixando-o para seguir a Jesus. Sua meta era o Reino de Deus, não sua própria glória. Como líderes cristãos, nunca devemos nos esquecer de que nossa meta é direcionar as pessoas a Jesus, não buscar sucesso para nós mesmos.

Um Olhar Mais Atento: O Que Significa se Arrepender?

► Leia Mateus 3:1-6.

João pregava uma mensagem de arrependimento. Hoje, algumas pessoas dizem que se arrepender significa apenas mudar de opinião. Muitos cristãos confessos mostram poucos sinais de uma vida transformada.

Entretanto, o verbo “arrepender-se” significa muito mais do que uma decisão mental. Os escritores do Novo Testamento usam a palavra “arrependimento” da mesma maneira que os profetas hebreus. Isso significava uma completa mudança de vida. No Novo Testamento, arrepender-se significa:

  • Mudar seus pensamentos e crenças e

  • Mudar suas ações e seu modo de vida.

Alguns anos atrás, havia um cantor pop nos Estados Unidos conhecido por seu estilo de vida pecaminoso. Esse cantor disse: “Eu me tornei cristão e fui enchido pelo Espírito. Eu continuo a viver como eu vivia antes, mas agora eu sou um cristão. Se eu morrer, eu irei para o céu”. Essa confissão de “arrependimento” desse homem não incluía nenhuma mudança em seu modo de vida. Isso não é o verdadeiro arrependimento.

João ensinou que o arrependimento transforma nosso padrão de vida. João exigia de seus candidatos ao batismo que tivessem comportamentos consistentes com o arrependimento (Lucas 3:8). O batismo não deve se tornar um ritual vazio: “Eu creio, então, agora me batize”. O batismo deve ser um testemunho de um arrependimento genuíno e de uma vida transformada.

Deus Preparou Seu Servo Através de Testes

A vitória de Jesus sobre as tentações nos fornece um modelo para quando as enfrentarmos. “Então Jesus foi levado pelo Espírito ao deserto, para ser tentado pelo Diabo” (Mateus 4:1). As tentações vieram logo antes de Jesus começar Seu ministério público. Antes de pregar aos outros, Jesus demonstrou Sua obediência completa à vontade do Pai.

Mateus coloca a história da tentação imediatamente após o batismo de Jesus. Nossas maiores tentações geralmente aparecem depois de uma vitória espiritual. Imediatamente após a vitória de Elias no Monte Carmelo, nós o encontramos sendo testado a se desesperar e duvidar enquanto corria por sua vida (1 Reis 18-19).

Lucas coloca o relato da tentação após traçar os ancestrais de Jesus até Adão. Lucas mostra que, onde Adão falhou, Jesus, o Filho do Homem, foi vitorioso (Lucas 3:38). Jesus identificou a si mesmo com a humanidade e nos deu o modelo de como cristãos comuns podem obter vitória sobre o pecado.

As Tentações

[1]A tentação de tornar pedras em pão

Satanás tentou Jesus a usar Seu poder divino para tornar pedras em pão. Satanás o tentou a usar Seu poder em benefício próprio em vez de confiar no Pai. Jesus entregou ao Pai Seu direito de comer.

O primeiro Adão desobedeceu a Deus quando foi tentado a pegar um alimento que era errado para ele. O segundo Adão foi fiel.

A tentação de pular do pináculo do templo

Satanás tentou Jesus a saltar do pico do templo (91 metros sobre o Vale do Cédron). Isso iria impressionar as pessoas enquanto exigiria que o Pai cumprisse a promessa de proteção.

Satanás citou a promessa de Salmos 91:11-12 para tentar Jesus a testar as promessas de Seu Pai. Com esse teste, Jesus faria de Seu Pai Seu servo – sujeito aos Seus caprichos e expectativas.

Jesus se recusou a aplicar a promessa do salmo 91 a uma situação na qual ela não se aplicaria. Em resposta a Satanás, Jesus citou Deuteronômio 6:16: “Não ponham à prova o Senhor, o seu Deus”. Como filhos de Deus, não podemos exigir que Deus use o Seu poder para os nossos propósitos.


[1]

"Nós aplaudimos aqueles que dizem: 'Eu vou provar minha força fazendo valer os meus direitos'. Mas o Homem perfeito mostrou que a verdadeira força está no abandono da vontade do homem em busca da vontade de Deus."

- Adaptado de G. Campbell Morgan

Um Olhar Mais Atento: Fé Verdadeira

Alguns cristãos dizem: “Todas as promessas do Livro são para mim”. Embora todas as promessas das Escrituras sejam verdadeiras, nós devemos nos perguntar: “Essa promessa se aplica nesta situação?”. Jesus sabia que a promessa do salmo 91 não era a vontade de Deus para a situação que Ele enfrentava no deserto. Como nós podemos ter a certeza de estarmos reivindicando as promessas de Deus com fé genuína e não estamos tentando controlar o poder de Deus?

(1) Nós devemos conhecer a Palavra de Deus

Quanto mais nós conhecemos o contexto bíblico de uma promessa e as condições relacionadas a ela, mais conseguimos compreender sua aplicação na nossa situação.

Algumas promessas foram dadas para pessoas específicas em circunstâncias específicas. No Antigo Testamento, Deus prometeu bênçãos materiais se Israel fosse fiel à aliança. Sua terra produziria muito fruto, seus celeiros estariam cheios e eles conquistariam muitas vitórias militares. As promessas do Novo Testamento falam mais sobre benefícios espirituais. Algumas pessoas ficam desapontadas ao aprender isso, mas deveríamos nos alegrar, pois a prosperidade material é de valor apenas temporário, enquanto a prosperidade espiritual tem um valor eterno. A fé confia em Deus para cumprir Suas promessas a Sua maneira, em vez de tentar fazer com que Ele realize os nossos próprios desejos

(2) Nós devemos reconhecer a diferença entre promessas gerais e específicas

Quando lemos uma promessa geral, devemos perguntar se Deus está dando essa promessa para a nossa situação específica. Algumas promessas são gerais, mas não universais.

Salmos 103:3 louva ao Deus “que cura todas as suas doenças”. Alguns cristãos têm tomado essa promessa como sendo universal, de que Deus curará toda a doença de todo cristão que crer. Entretanto, as Escrituras nos mostram que nem toda doença física é curada. Paulo orou por cura, e Deus disse “não” (2 Coríntios 12:7). Às vezes, Deus escolhe curar seus filhos de uma doença; às vezes Ele escolhe dar a eles graça para suportar a dor.

Nós deveríamos responder como os três jovens hebreus que, quando o rei Nabucodonosor ameaçou jogá-los na fornalha, disseram: “...o Deus a quem prestamos culto pode livrar-nos, e ele nos livrará das suas mãos, ó rei. Mas, se ele não nos livrar, saiba, ó rei, que não prestaremos culto aos seus deuses nem adoraremos a imagem de ouro que mandaste erguer” (Daniel 3:17-18). Eles sabiam que Deus tinha poder para livrá-los; mas se Deus escolhesse um caminho diferente, eles estariam comprometidos a servi-Lo fielmente.

Deus pode livrar seus filhos de sofrimentos físicos, mas Ele nem sempre escolhe esse caminho. Até que Deus deixe claro que uma promessa bíblica é especificamente para você, confie nEle para que faça segundo o que escolher. O Apóstolo João deu esta promessa: “Esta é a confiança que temos ao nos aproximarmos de Deus: se pedirmos alguma coisa de acordo com a vontade de Deus, ele nos ouvirá. E se sabemos que ele nos ouve em tudo o que pedimos, sabemos que temos o que dele pedimos” (1 João 5:14-15).

Eu não devo presumir que toda promessa bíblica se aplica a minha situação específica. A fé diz: “Eu pedirei ‘de acordo com a vontade dEle’”. Eu não devo tomar toda promessa como uma promessa pessoal. No lugar disso, eu devo perguntar se a promessa é dirigida a minha situação.

(3) Nós devemos orar em nome de Jesus

Jesus prometeu: “E eu farei o que vocês pedirem em meu nome, para que o Pai seja glorificado no Filho” (João 14:13). Orar em nome de Jesus significa que a sua oração é consistente com as prioridades, vontade e caráter de Jesus. Ele orava por aquilo que traria glória a Deus; nós devemos fazer o mesmo. Se temos fé verdadeira, iremos buscar a glória de Deus, em vez de nossa própria vontade.

Orar para que o Pai seja glorificado significa que nos submetemos aos propósitos definitivos de Deus para nossa vida. Ele prometeu a Israel: “‘Porque sou eu que conheço os planos que tenho para vocês’, diz o Senhor, ‘planos de fazê-los prosperar e não de lhes causar dano, planos de dar-lhes esperança e um futuro” (Jeremias 29:11). Devemos nos lembrar de que essa promessa foi dada a Israel enquanto enfrentava os 70 anos de cativeiro na Babilônia. Mesmo a escravidão na Babilônia traria o bem ao povo de Deus; na sua angústia, Israel clamaria a Deus e Ele os ouviria.

Essa promessa se aplica a nós atualmente? Sim! O caráter de Deus não mudou; Ele faz o bem para Seus filhos. Nem tudo o que acontece será bom, mas podemos orar com confiança no nome de Jesus, porque sabemos que Deus está cumprindo o Seu propósito em tudo o que acontece em nossas vidas.

Deus Preparou Seu Servo através de Testes (Continuação)

As Tentações (Continuação)

A oferta dos reinos deste mundo

A tentação final de Satanás ofereceu um acordo, um modo para alcançar o futuro reinado de Jesus sem passar pela cruz. Se Jesus se curvasse a Satanás, poderia contornar a agonia da cruz. Jesus respondeu com Deuteronômio 6:13: “Temam o Senhor, o seu Deus, e só a ele prestem culto, e jurem somente pelo seu nome” (Mateus 4:10).

A Vitória de Jesus sobre a Tentação

Para nos beneficiarmos com o exemplo de Jesus na tentação, devemos nos lembrar de que Ele era completamente humano. Ele “como nós... passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado” (Hebreus 4:15).

► Leia 1 Coríntios 10:13 e Hebreus 4:15. O que eles ensinam sobre tentação?

Em 1 João 2:16, o apóstolo mostra que a tentação pode vir da cobiça da carne, da cobiça dos olhos e da ostentação dos bens. Jesus foi tentado em cada uma dessas áreas.

  • Satanás tentou à carne quando Jesus estava faminto por pão.

  • Satanás tentou os olhos ao mostrar a Jesus os reinos do mundo.

  • Satanás apelou à ostentação dos bens ao tentar a Jesus com um ato dramático que iria impressionar as multidões.

A vitória de Jesus fornece um modelo para nós em tempos de tentações. Observe as três ferramentas que Jesus usou para vencer as tentações.

O poder do Espírito

Jesus caminhou na direção dada pelo Espírito Santo. Ele fez o que o Espírito o levou a fazer. “Jesus, cheio do Espírito Santo, voltou do Jordão e foi levado pelo Espírito ao deserto” (Lucas 4:1).

Por todo o Seu ministério terreno, Jesus agiu no poder do Espírito Santo. Ele expulsou demônios pelo poder do Espírito (Mateus 12:28). “Deus ungiu a Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, e com ele andou por toda parte fazendo o bem e curando todos os oprimidos pelo Diabo, porque Deus estava com ele” (Atos 10:38).

Jesus cumpriu Seu ministério terreno no poder do Espírito Santo. Se queremos ser fortes diante da tentação, devemos viver no poder do Espírito Santo.

O poder da oração

Jesus foi tentado após um período de 40 dias de jejum e oração. A oração o preparou para a batalha espiritual. Em uma lição mais adiante, estudaremos sobre a centralidade da oração na vida e no ministério de Jesus. Se Jesus dependia da oração, como podemos esperar alcançar vitórias espirituais sem ela?

Satanás frequentemente nos ataca depois de nos tornarmos descuidados em nossa vida espiritual. Ele sabe que seremos fracos diante da tentação se não mantivermos uma vida de oração.

O poder da Palavra

Jesus respondeu a cada tentação com palavras das Escrituras. Como Ele conhecia essas Escrituras? As crianças judias memorizavam a Torá como parte da sua educação infantil. Quando Jesus foi tentado, as palavras da Escritura vieram rapidamente à Sua mente.

Como cristãos, devemos plantar a Palavra de Deus em nossos corações. Durante períodos de provação, ela nos dará força para enfrentarmos as tentações.

Diante das tentações, Jesus utilizou as mesmas ferramentas que temos. Devemos encarar as tentações do mesmo modo como Ele o fez: com o poder do Espírito Santo, com o poder da oração e com o poder da Palavra. Sem essas ferramentas, vamos cair no ataque de Satanás.

Um Olhar Mais Atento: A Encarnação

Os primeiros cristãos concordavam que Jesus era divino. Embora hereges como Ário negassem a Sua divindade, cristãos ortodoxos ensinaram que Jesus era divino.

O cristianismo ortodoxo também ensinou que Jesus era completamente humano. Essa doutrina era frequentemente negada por hereges. Mesmo hoje, muitos evangélicos não levam a humanidade de Jesus a sério. Muitos cristãos presumem que Jesus era completamente divino, mas que Sua humanidade não era real. Eles pensam que Ele tomou emprestado um corpo humano, mas que Ele não era completamente humano.

Algumas ilustrações em sermões contribuem para essa falsa ideia. Alguns pregadores contam a história de um rei que fingiu ser um camponês para viajar. Entretanto, Jesus não era Deus fingindo ser um homem; Ele se tornou um de nós.

A doutrina da humanidade de Jesus é importante para a nossa experiência cristã. Se Jesus não fosse completamente humano, Sua vida não seria um modelo realista para nós. Um teólogo colocou desta forma: “Se Jesus não é realmente como nós, então nós estamos dispensados de ser como ele”.[1]

Muitas pessoas creem que devemos constantemente cair em pecados intencionais. Jesus mostrou, em Sua humanidade, que cristãos comuns podem obter vitória sobre o pecado através do poder do Espírito Santo.

Se Jesus se tornou parte de nossa humanidade quebrada, se Ele experimentou nossa necessidade pelo poder do Espírito, e se Ele foi tentado assim como nós, então, essa vitória sobre as tentações nos mostra como obter vitória em nossa vida diária. Através do Espírito Santo, podemos viver uma vida vitoriosa.

► O que é mais difícil para você compreender: a doutrina da divindade de Jesus ou a doutrina da Sua humanidade? Discuta como cada uma dessas doutrinas é importante em nossa vida cristã e ministério.


[1]Cherith Fee Nordling, “Open Question” Christianity Today, 26 a 27 de Abril de 2015

Conclusão: Deus Prepara Seus Servos

Nesta lição, vimos como Deus preparou o caminho para o ministério de Jesus. Através de Sua ascendência, através do Império Romano, através de um milagroso nascimento, através do ministério de João Batista e, mesmo através da tentação, Deus preparou o caminho para Jesus.

Vimos essa verdade repetidamente na Bíblia. Olhe para o exemplo de Paulo. Ele cresceu na cidade romana de Tarso. Desde a infância, tinha amigos gentios. Diferente da maioria dos judeus, Paulo se sentia confortável entre gentios.

O pai de Paulo era um cidadão romano, por isso, Paulo possuía os valiosos direitos de uma cidadania romana. Sua mãe era judia, então ele começou cedo a ser treinado nos textos do Antigo Testamento. Ele tinha uma mente brilhante e estudava teologia hebraica com o grande rabino Gamaliel. Com sua formação romana, estudou grego e os ensinamentos dos grandes filósofos gregos.

Dada a sua formação, Deus chamar Paulo para ser um missionário aos gentios não seria uma surpresa. Desde o nascimento, Deus preparou Paulo para ser o primeiro apóstolo aos gentios. Pense na preparação que Deus delineou para o seu ministério:

  • A cidadania romana de Paulo o permitiu viajar livremente.

  • O treinamento em hebraico e grego de Paulo deu a ele as ferramentas para escrever os livros mais profundos do Novo Testamento.

  • O estudo de filosofia grega de Paulo o preparou para falar com os pensadores gregos em locais como Atenas.

Talvez você responda: “Deus não me deu uma grande educação como Paulo teve. Também não tive um bom histórico familiar”. Tudo bem! Olhe para outro líder da igreja no primeiro século.

Simão cresceu como um pescador comercial. Ele não teve uma educação ou um brilhantismo intelectual como Paulo. De fato, Pedro mais tarde disse que Paulo escrevera algumas coisas difíceis de entender (2 Pedro 3:15-16). Contudo, Deus usou Pedro de um modo poderoso. Pessoas que se sentiriam sobrecarregadas pelas profundas palavras de Paulo poderiam entender os simples sermões de Pedro.

Deus tem preparado você para o seu lugar de serviço. Se você entregar o seu treinamento, a sua formação e tudo o que Deus lhe tem dado, Ele o usará para atingir o Seu propósito. Deus prepara aqueles que foram chamados para o ministério ao qual Ele os designou.

Tarefas da Lição 1

(1) Nesta lição vimos o exemplo de Jesus de vitória sobre as tentações. Na primeira tabela, liste três exemplos bíblicos de pessoas que obtiveram vitória sobre as tentações. Observe o que lhes deu força diante da tentação. Depois, liste três exemplos bíblicos de pessoas que caíram em tentação. Em cada caso, identifique o fator que os levou a cair.

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Vitória sobre Tentações Referência O Que Deu a Vitória?
José (pureza sexual) Gênesis 39 Foco em Deus (Gênesis 39:9)
     
     
     
Fracasso na Tentação Referência O Que Levou à Derrota?
Pedro (negou a Jesus) Lucas 22:54-62 Excesso de confiança (Lucas 22:31-34)
     
     
     

(2) Baseado nos exemplos que você listou, prepare uma pregação ou um estudo bíblico sobre tentações. Inclua o exemplo de Jesus e os exemplos que você listou acima.

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