A parte 3 possui três passagens. A primeira (3:21-31) mostra que o homem deve ser justificado por um caminho que Deus provê, já que o homem não pode ser justificado com base no que ele fez. A segunda passagem (Romanos 4) usa Abraão e Davi como ilustrações de fé justificadora, mostrando que a doutrina não é nova. A terceira passagem (Romanos 5) explica como o sacrifício de Cristo torna possível essa forma de justificação. Nesta lição nós iremos estudar todas essas três passagens.
Ponto Principal dos Capítulos 3:21 – 5:21
A provisão de Deus para a salvação do homem é o sacrifício de Cristo, o qual provê a justificação pela graça através da fé.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 3, Passagem 1
Ponto Principal do Capítulo 3:21-31
Os meios de Deus para justificação são pela graça através da fé, e a justificação pelas obras é impossível.
Resumo do Capítulo 3:21-31
Uma vez que ninguém é justo com base em sempre ter guardado toda a lei, algum outro meio de justificação deve ser encontrado. O dilema (apresentado no capítulo 3:26) é que Deus justifica o pecador e ainda é um justo juiz. O dilema é resolvido pela expiação. Deus proveu um sacrifício como base para o perdão. Ele pode perdoar aquele que crê, mas o sacrifício mostra que Deus considerou o pecado com seriedade.
► Um aluno deve ler Romanos 3:21-31 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
(3:21) A justiça que é aceita por Deus é realizada à parte da lei. O apóstolo diz que essa ideia não é nova, mas foi ensinada pela lei e pelos profetas. “Mas agora” refere-se ao tempo da revelação completa do evangelho em Cristo, como o próximo versículo diz. (Veja também o versículo 25.)
(3:22-23) Não existe diferença entre a maneira como judeus e gentios são salvos, uma vez que estão igualmente condenados. Mesmo no antigo Israel, quando eles seguiram os rituais que Deus deu a eles, ninguém nunca foi salvo pelos sacrifícios ou rituais. Qualquer um que tenha sido salvo foi salvo por receber a graça pela fé. (Veja o versículo 30.)
A salvação para todos é pela fé. O termo todos é usado muitas vezes aqui. Assim como todos pecaram, todos que creem podem ser salvos. A frase “para todos os que creem” é uma ênfase no alcance dessa oferta, assim como a frase “uma justiça que do princípio ao fim é pela fé” enfatiza a condição de fé (1:17).
(3:24) A graça é gratuita para nós, porque Jesus pagou o preço da redenção.
(3:25) Os pecados anteriormente cometidos são os pecados cometidos antes da vinda de Cristo. Eles não foram expiados pela observância cerimonial, mas pela morte de Cristo, apesar de terem sido cometidos antes de Sua morte que ainda aconteceria no futuro. Deus os perdoou com base na expiação de Cristo antes de haver acontecido, porque estava planejado desde o início (veja o capítulo 3:21).
A expiação mostrou que Deus era justo mesmo que a Sua justiça não fosse imediata. Isso mostrou que Deus leva o pecado a sério.
(3:26) Este versículo mostra a resolução do grande dilema: como pode Deus ser justo e ainda assim justificar um pecador? A expiação forneceu o caminho. Deus proveu um sacrifício como base para o perdão. Ele pode perdoar aquele que crê, mas o sacrifício mostra que Deus considerou o pecado como algo sério.
► Qual problema aconteceria se Deus perdoasse as pessoas sem a expiação?
Deus é o justo juiz do universo. Ele declarou que o pecado é tão sério que possui uma pena eterna. As pessoas estão separadas de Deus por causa do pecado. Deus é responsável pela justiça final do universo, a recompensa das pessoas que fazem o bem e a punição daqueles que fazem o mal.
Perdão sem uma base iria conflitar com a natureza de Deus. Iria desonrá-Lo por fazê-Lo parecer inconsistente em sua resposta ao pecado. Ele iria parecer injusto se punisse algumas pessoas e perdoasse outras. Isso não é um problema pequeno, porque o universo inteiro existe para glorificar a Deus. Como as pessoas podem sinceramente glorificar a Deus se não pensam que Ele é justo?
A solução deveria ser algo que mostrasse que o pecado é sério, que fornecesse uma razão para o perdão e que demonstrasse a natureza de Deus, para que então as pessoas pudessem continuar a honrar a Deus como santo e justo.
A expiação se encaixa nessa necessidade. O sacrifício de Jesus na cruz mostrou que o pecado é sério. A necessidade de arrependimento faz com que o pecador reconheça o mal do seu pecado. A livre oferta de salvação para todos torna a escolha individual, para que, então, seja justo que Deus perdoe aqueles que o aceitam e não perdoe aqueles que o rejeitam.
Por que Ele não perdoa aqueles que não se arrependem? Perdoar alguém que continua em pecado sem arrependimento iria anular o propósito da expiação: fornecer perdão e mostrar a justiça de Deus.
(3:27) Não existe motivos para vangloriar a si mesmo por ter alcançado a salvação. Existiram algumas pessoas que acreditavam que uma pessoa é orgulhosa quando alega saber que é salva. Porém, a pessoa que sabe que é perdoada por causa da graça tem motivos para ser humilde, não orgulhosa.
(3:28) A justificação não depende da justiça prévia. Justificação significa que o pecador que se arrepende e crê é considerado justo como se ele não tivesse pecado. Uma vida de obediência a Deus começa na justificação, e não antes. A pessoa não pode mudar a sua própria vida com o propósito de tornar a si mesma aceitável a Deus. Ela já é aceitável a Deus através da expiação de Cristo, e não de nenhuma outra forma.
(3:29-30) Esses versículos conectam a passagem ao tema do livro. A mensagem é para o mundo todo. Essa aplicação universal do evangelho é baseada no monoteísmo. Tendo em vista que existe apenas um Deus, os seus propósitos se aplicam a toda humanidade, ao contrário de um deus local que pode estar interessado apenas em uma nação ou clã. Deus sempre quis que Israel compartilhasse o conhecimento dEle com os gentios (Isaías 42:6, Isaías 43:21, Isaías 49:6).
► O apóstolo disse que a justificação pela fé não anula a lei, mas a confirma. Como seria isso?
[1] (3:31) Quando alguém se arrepende dos seus pecados e começa a viver em obediência, cumpre a lei como o padrão de justiça. Qualquer teoria da expiação e da justificação que torna a lei irrelevante para o cristão não é consistente com esse versículo.[2] Se uma pessoa pede perdão, mas não tem intenção de começar a obedecer a Deus, isto mostra que ela não entendeu o mal do pecado e o real motivo pelo qual precisa de perdão. Ela está tentando receber os benefícios da salvação ao meramente fingir respeitar a lei.
[1]“Ninguém confirma a lei tão plenamente como aqueles que se arrependem e abandonam os pecados e confiam em Jesus para salvação.”
George McLaughlin, Commentary on Romans
[2]Dois sermões de John Wesley intitulados “A Lei Estabelecida pela Fé” que explicam bem esses conceitos. (Veja a seção de Fontes Recomendadas no final deste curso.)
Estudo da Passagem – Romanos Parte 3, Passagem 2
Ponto Principal do capítulo 4
Abraão, aquele que foi escolhido por Deus para ser o pai do Seu povo, foi justificado pela fé.
Resumo do Capítulo 4
A doutrina da justificação pela graça através da fé é estabelecida no Antigo Testamento. Abraão, aquele que foi escolhido por Deus para ser o pai do Seu povo, foi justificado pela fé. O Rei Davi também entendeu a justificação pela graça. A circuncisão não era meio de salvação, mas foi dada mais tarde como um sinal da fé que Abraão já tinha. Abraão se tornou pai e exemplo para todos aqueles que posteriormente seriam salvos pela fé.
► Um aluno deve ler Romanos 4 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
(4:1) Abraão foi o pai biológico dos judeus. A pergunta é: “O que exatamente Abraão recebeu?” Essa pergunta será respondida a fim de também responder às perguntas: “Quem pode herdar isso?” e “Como nós podemos herdar isso?”
(4:2) A teoria de salvação pelas obras naturalmente leva ao orgulho.
► Que modo de fé Abraão tinha que foi considerada como fé salvadora?
(4:3) Abraão não conhecia todo o plano da salvação e, portanto, não poderia colocar a sua fé na expiação de Cristo. Porém, ele creu na promessa de Deus assim como ela foi revelada. A parte da promessa mencionada nesse capítulo é que Abraão seria o pai de muitas nações (4:17-18), mas o resto da promessa diz que todas as pessoas na terra seriam abençoadas através dos seus descendentes (Gênesis 12:2-3, Gênesis 22:17-18). A promessa foi repetida a Jacó (Gênesis 28:14). Através dos descendentes de Abraão, o favor de Deus seria oferecido a todas as pessoas da terra. Esta foi a promessa da graça de Deus para Abraão. Foi uma promessa de graça oferecida a todos.
Abraão foi justificado porque ele acreditou nas promessas da graça de Deus. A sua justificação foi a mesma que a nossa, embora a nossa fé tenha mais conteúdo.
(4:4) Se uma pessoa está trabalhando para a sua salvação, a salvação não é um dom. Ao invés disso, ela tem uma dívida que está tentando pagar. (Veja Romanos 11:6.)
(4:5) Aquele que não trabalha não é uma pessoa que não se importa em obedecer a Deus, mas não está trabalhando como um meio de ser salvo. Em vez de depender do seu trabalho para ganhar a sua entrada no céu, crê na promessa de Deus para salvá-lo.
(4:6-8) Davi também se referiu à justificação quando descreveu a aceitação de Deus, a qual depende do perdão dos pecados. Deus não irá imputar culpa pelos pecados passados ao crente. O apóstolo Paulo está mostrando que a doutrina da justificação pela graça através da fé não é uma ideia nova – até mesmo o rei Davi compreendeu isso.
Como nós sabemos que isso se refere ao pecado passado e não ao pecado contínuo? Romanos 6:2 diz que nós estamos mortos para o pecado, portanto nós não continuamos vivendo nele. Toda a mensagem do capítulo 6 refuta a ideia de que nós podemos viver em pecado enquanto somos justificados pela fé. (Veja também Romanos 5:6-8: “Quando ainda éramos fracos”, e “Quando ainda éramos pecadores”, o que supõe que nós agora temos força e não somos pecadores como antes - nós somos justificados e transformados.)
(4:9) Essa pergunta introduz o tópico de como uma pessoa pode entrar nessa posição de ser justificado pela fé. Essa bênção vem apenas para as pessoas que são circuncidadas?
► O que veio primeiro: a lei ou a graça?
(4:10-12) Abraão não era circuncidado quando recebeu a graça. A circuncisão veio depois. Portanto, é possível que uma pessoa não-circuncidada receba a graça pela fé. Abraão é o pai espiritual daqueles que seguem o seu exemplo (andam nos passos) de fé, mesmo se eles não são circuncidados. Aqueles que tem fé salvadora são filhos espirituais de Abraão. Os israelitas não são seus filhos espirituais, exceto se crerem - mesmo sendo descendentes biológicos.
(4:13-14) Quem herda as bênçãos de Abraão? Se são aqueles que guardam a lei, então não é pela fé na promessa.
(4:15) A lei é o meio de julgamento, pois ela revela o pecado. Não é o meio de receber a graça. Se não houvesse lei, não existiria violação dela. Paulo não está falando especificamente sobre a lei de Moisés, mas sobre os requisitos de Deus para a humanidade em geral. Não existe lugar onde os requisitos de Deus são completamente desconhecidos (1:20).
(4:16-17) Abraão teve muitos descendentes biológicos que formaram diferentes nações. Porém, aqui o apóstolo fala que Abraão foi o pai de muitos, pois ele é o pai de todos que têm fé.
A salvação é recebida pela fé para que ela possa ser dada pela graça. Se algumas ações fossem requeridas para qualificar o recebedor, não seria completamente pela graça. Porque é pela graça, deve ser recebida apenas pela fé. Uma pessoa que tenta merecê-la não entende a salvação.
► Qual foi a promessa de Deus para Abraão? Qual a semelhança com a promessa de salvação que nós recebemos?
(4:18-19) Abraão acreditou em Deus mesmo quando não havia nada em suas circunstâncias que o dessem esperança. O seu corpo era como de um morto em relação a sua capacidade de gerar um filho. Também havia passado o tempo de Sara ser fisicamente capaz de gerar um filho. Mas a fé verdadeira não depende das circunstâncias.
Essa fé é oposta à confiança nas obras. Isso explica por que Ismael, o filho de Agar, é um tipo de salvação pelas obras (Gálatas 4:22-31). O nascimento de Ismael foi alcançado naturalmente, e não pela fé. Salvação é pela promessa, então pela fé, e, então, vem o milagre.
(4:20-21) Deus é mais glorificado pela confiança do homem do que pela sua capacidade.
(4:22) Veja as notas do versículo 3.
► Nós recebemos a mesma salvação que Abraão recebeu?
(4:23-25) A fé de Abraão é um exemplo para nós. Ele não conhecia todo o plano da salvação, mas creu na parte que foi revelada a ele. Nós devemos crer nos detalhes revelados do plano da salvação que Abraão não conhecia: a morte e ressurreição de Cristo. Esses versículos mostram que nós recebemos a mesma justificação que Abraão recebeu, porque dizem que a justiça foi atribuída a ele e será atribuída a nós nas mesmas bases.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 3, Passagem 3
Ponto Principal do Capítulo 5
Em Sua morte e ressurreição, Cristo reverteu o resultado do pecado, trazendo reconciliação, justiça e vida.
Resumo do Capítulo 5
Agora que nós somos justificados pela fé, estamos reconciliados com Deus através de Cristo (versículo 1). A frase “por nosso Senhor Jesus Cristo” introduz o tópico do capítulo: a efetividade da obra expiatória de Cristo. O pecado de Adão submeteu o mundo ao pecado e à morte, e todas as pessoas depois dele pecaram. A expiação de Cristo reverteu o efeito do pecado.
► Um aluno deve ler Romanos 5 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
[1](5:1-2a) Esses versículos conectam a seção anterior com esta seção. O assunto do capítulo é a efetividade da obra de Cristo. Paz refere-se à reconciliação com Deus – a inimizade sendo removida e a ira sendo afastada.
Jesus disse que Ele é a porta (João 10:9). Esse versículo diz algo similar, pois através dEle nós temos acesso para entrar na graça pela fé. Ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14:6).
(5:2b-5) Esses versículos descrevem a experiência do crente ao viver na graça.
Paulo diz que a nossa alegria vem por causa da esperança de que iremos experimentar a glória de Deus. Ele diz que nós podemos nos alegrar mesmo nas tribulações.
O cristão pode desfrutar e suportar as pequenas coisas (circunstâncias da vida), porque as coisas grandes estão seguras. O incrédulo tenta extrair alegria das coisas da vida. Mas essas coisas nunca são boas o suficiente para satisfazê-lo, pois elas passam rapidamente. As condições da vida não são tão ruins se a vida é uma jornada, mas as condições da vida parecem miseráveis se não há nada além dela.
A perseverança fiel na tribulação realiza um processo no crente. (Veja também Tiago 1:2-4.) Enquanto nós suportamos a tribulação pela fé, desenvolvemos paciência. A paciência não é apenas a disposição para esperar; é a capacidade de suportar pela fé. Enquanto nós exercitamos essa fé paciente, continuamos experimentando e observando as obras de Deus que nos dão esperança. Nós sabemos que os propósitos de Deus estão sendo realizados, mesmo quando as circunstâncias parecem ruins.
► Como você se encoraja quando está em uma circunstância ruim?
Nós sabemos que a nossa esperança não será desapontada, porque nós já experimentamos o amor de Deus em nossos corações pelo Espírito Santo. Em Efésios 1:13-14, Paulo disse que o Espírito Santo é a garantia de que Deus irá cumprir tudo o que prometeu. O Espírito é como a caução de um contrato.
O capítulo 5:6-10 enfatiza que, no momento da nossa justificação, nós não a merecíamos nem podíamos fazer nada para conquistá-la. Nós éramos fracos, ainda éramos pecadores e inimigos.
(5:6) Ser fraco significa ser incapaz de salvar a si mesmo, especialmente por cumprir os requisitos da lei. Nós estávamos impotentes para cumprir os requisitos de Deus ou libertar a nós mesmos do pecado.
(5:7-8) É raro que alguém morreria por um homem bom, mas Cristo morreu por nós enquanto éramos pecadores.
(5:9-10) Cristo vive como nosso mediador e advogado. Paulo argumenta que se Deus estava pronto para perdoar quando nós éramos pecadores, então podemos estar ainda mais confiantes do seu favor agora que somos justificados em Cristo. Fomos reconciliados pela Sua morte por nós e continuamos a ser aceitáveis para Deus por estarmos conectados ao Cristo vivo.
(A seção seguinte é importante para o capítulo 5:12-19.)
[1]O amor de Deus é sem causa, imensurável e incessante.
Nós Somos Culpados Pelo Pecado de Adão?
► Nós somos culpados pelo pecado de Adão? Explique a sua resposta.
Romanos 5:12-19 diz que toda a raça humana foi colocada debaixo do pecado e da morte por causa do pecado de Adão. Nós somos pessoalmente culpados pelo pecado de Adão? Os pecadores serão punidos pelos pecados de Adão?
Paulo não diz que os pecadores serão punidos pelo pecado de Adão. No versículo 12 ele diz que a morte passou a todos os homens porque todos pecaram. Todas as pessoas são individualmente culpadas dos seus próprios pecados. Romanos 1-2 já enfatizou que as pessoas precisam da justificação, porque são pecadoras que quebraram a lei de Deus. As pessoas não são condenadas pelas condições em que nascem, mas pela sua decisão de pecar. O julgamento é de acordo com as obras (Apocalipse 20:12, Romanos 2:6-16, 2 Coríntios 5:10).
Porém, o pecado entrou no mundo através de Adão. Como o pai de toda a humanidade que ainda não havia nascido, ele separou a raça humana de Deus. Todas as pessoas depois disso já nascem com uma tendência em direção ao pecado e todos a seguiram ao pecarem.
As seguintes declarações podem ser interpretadas com este entendimento:
Muitos morreram através da transgressão de um homem (5:15);
Julgamento posterior à transgressão trouxe condenação (5:16);
Por causa da transgressão de um homem, a morte reinou (5:17);
Uma transgressão levou à condenação de todos os homens (5:18);
Pela sua desobediência muitos foram feitos pecadores (5:19).
Paulo não disse que nós somos culpados pelo pecado de Adão, mas que Adão trouxe o pecado, e todos seguiram. Os pecadores precisam ser perdoados das suas muitas ofensas (5:16), não do pecado de Adão.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 3, Passagem 3
Continuação das Notas Versículo por Versículo
(5:12) A razão pela qual a morte se espalhou por todos os homens não é pela culpa de Adão ser imputada a eles, mas porque todos pecaram. Adão foi aquele que trouxe o pecado ao mundo e trouxe a sua influência sobre os seus descendentes.
(5:13-14) O pecado não é revelado e claramente condenado sem a lei. Porém, mesmo antes de Moisés receber a lei, a morte governava. As pessoas sabiam que elas eram culpadas por pecarem, mesmo sem a clareza que a lei fornece (veja 1:20). A real extensão do pecado é mostrada pela lei. O pecado como o pecado de Adão refere-se à desobediência deliberada de uma lei revelada. Aqueles sem nenhuma revelação não tinham uma escolha tão clara, mesmo assim, eles não seguiam completamente a sua consciência (1:21).
(5:15) O ato de Adão trouxe morte a muitos, e a obra de Cristo trouxe vida a muitos. O termo muitos refere-se a todos em geral. A ênfase é que a expiação de Cristo estava alcançando mais em seus efeitos do que o pecado de Adão. Esse versículo diz que assim como o pecado de Adão fez com que todos se tornassem pecadores, a expiação de Cristo oferece graça para todos. Deus oferta graça para todas as pessoas que foram feitas pecadoras pela queda de Adão.
► A partir do versículo 15, como você responderia a uma pessoa, a qual pensa que Deus proveu salvação para apenas uma pequena porcentagem da humanidade?
(5:16) O pecado original foi um ato, mas a graça é agora necessária para muitos pecados. A graça deve ser muito maior do que o pecado original.
(5:17-19) Muitos foram feitos pecadores por causa do efeito do pecado de Adão. Eles serão feitos justos por Cristo. A implicação é que eles são transformados.
(5:20) A lei multiplica o pecado no sentido de que faz uma longa lista de ofensas, quando antes apenas alguns poucos pecados eram reconhecidos. Também aumenta o pecado no sentido de que, depois que uma pessoa conhece a lei e escolhe rejeitá-la, torna-se um pecador pior do que antes. Essa é a condição descrita no capítulo 7:5-24. Porém, a graça é multiplicada além de todo o pecado.
Maravilhosa Graça
John Newton teve uma mãe cristã, mas se tornou marinheiro e capitão de um navio e entrou em pecado profundo. Ele sofreu duras circunstâncias em sua vida. Ele foi traído pelos amigos e, por um período de tempo, tornou-se escravo. Quando a sua situação melhorou, ele continuou em pecado e ajudou a destruir a vida de muitos pelo tráfico de escravos. Ele foi capitão de um navio de escravos por anos. Uma vez ele naufragou e encalhou em uma ilha, mas foi resgatado por um capitão que havia sido amigo de seu pai. Ele sentiu que Deus foi misericordioso com ele embora ele tivesse sido mau. Mais tarde, o navio esteve em uma tempestade severa, e ele clamou a Deus por misericórdia. O navio sobreviveu a tempestade, e Newton continuou a depender da misericórdia de Deus. Em dado momento, ele deixou o mar e se tornou um pastor. Um dos hinos que ele escreveu é o hino mais cantado e mais gravado, “Graça Maravilhosa”.
Em seu testemunho, Newton disse: “Deus, com misericórdia, tirou-me do profundo lodo de barro e colocou meus pés sobre a Rocha, Cristo Jesus. Ele salvou a minha alma. E agora, é o desejo do meu coração exaltar e honrar a sua incomparável, gratuita, soberana e distintiva graça, porque ‘pela graça de Deus eu sou o que sou’ (1 Coríntios 15:10). É a maior alegria do meu coração atribuir a minha salvação inteiramente a graça de Deus”.[1]
(1) No que a pessoa que tem fé salvadora acredita?
(2) Qual é o dilema resolvido pela expiação?
(3) Como a expiação resolveu o dilema?
(4) O que justificação significa?
(5) Como alguém cumpre a lei como o padrão de justiça? (Romanos 3:31)
(6) Qual a promessa da graça de Deus para Abraão?
(7) O que Davi fala sobre a justificação pela fé?
(8) Quem são os filhos espirituais de Abraão?
(9) Como nós sabemos, a partir de Romanos 5:15, que a salvação é oferecida a todos?
Tarefa da Lição 5
Escreva uma página sobre justificação incluindo respostas para as seguintes perguntas: Qual é o dilema resolvido pela expiação? Por que o pecador não pode ser salvo através da obediência? Como Abraão demonstrou justificação pela fé? Como nós sabemos que a salvação está disponível para todos?
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