A parte 6 de Romanos (12:1 – 15:7) contém muitas instruções práticas para a vida na igreja, no ministério, nos relacionamentos cristãos e nos relacionamentos com o governo.
O capítulo 12:1-2 introduz a parte 6, dizendo que nós devemos estar totalmente dedicados ao serviço de Deus. Isto segue as declarações de Paulo do capítulo anterior: nós devemos tudo a Deus (11:35) e os caminhos de Deus são absolutamente sábios (11:33).
Paulo usa a ilustração de um sacrifício vivo (12:1). Assim como o sacrifício deve ser morto, nós nos rendemos totalmente; mas ao invés de morrermos, vivemos para Deus. Isto significa que o comprometimento deve ser mantido. Dia após dia nós devemos recursar qualquer mudança na nossa lealdade. A ilustração de um sacrifício vivo enfatiza a totalidade da nossa oferta. Nós não podemos reservar uma parte da nossa vida para nós mesmos separada da vontade de Deus. Nós não podemos proteger certos desejos ou ambições das exigências do comprometimento total a Deus.
Essa oferta de si mesmo como um sacrifício santo é uma adoração espiritual, em contraste à religião meramente formal.[1]
O serviço totalmente devoto não é possível sem a transformação descrita no capítulo 12:2. Nós devemos ser transformados pela renovação da nossa mente. Não devemos nos conformar com o mundo e seus valores, comportamentos e opiniões. A pessoa que considera toda questão pela perspectiva da perfeita vontade de Deus irá contrastar com o mundo. Ela não aceita nenhum desejo pecaminoso; não os tolera como sendo algo normal.
Perceba que o corpo deve ser santo. O pecado não é um aspecto essencial do corpo que não pode ser purificado por Deus. O corpo não é pecaminoso em si mesmo e não peca sem a vontade, mas pode ser usado para o pecado.
Os versículos dos capítulos 12:1 - 15:7 descrevem como viver uma vida devotada e transformada.
(12:3) A graça dada a Paulo se refere a sua autoridade apostólica e dom de revelação.
Nós devemos ser humildes, porque tudo o que temos tem sido dado por Deus. Uma pessoa com dons espirituais deve ser humilde, entendendo que os dons vêm de Deus de forma imerecida e são para o propósito de servir aos outros.
(12:4-5) Como membros do corpo, nós precisamos dos outros e somos obrigados a servir aos outros. A metáfora do corpo é usada em 1 Coríntios 12:12-26.
(12:6-8) Esses versículos nomeiam muitos ministérios. Cada crente deve seguir o ministério para o qual ele é chamado e dotado. Se uma pessoa não tem a humildade baseada na graça, poderá gastar seus esforços da maneira errada (talvez buscando aprovação humana) e falhará em seu verdadeiro chamado.
Os possuidores de dons são alertados a usá-los apropriadamente. Por exemplo, o doador deve simplesmente dar, não com o propósito de honrar a si mesmo. O administrador deve ser diligente; atento aos detalhes e confiável em todo o tempo. A pessoa que ajuda os necessitados não deve fazer isso com uma atitude arrogante ou relutante que humilhe o recebedor.[1]
► Como os cristãos usam os seus dons espirituais diferentemente da forma como as pessoas do mundo usam as suas habilidades?
[1]Image: “Roman coin hoard: 1 Gold solidus of Valentinian I”, retrieved from The Portable Antiquities Scheme/The Trustees of the British Museum, https://finds.org.uk/database/images/image/id/1023830/recordtype/artefacts, licensed under CC BY 2.0, desaturated and cropped from the original.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 6, Passagem 2
Notas Versículo por Versículo
(12:9) O amor deve ser genuíno e sincero. Rejeitar o mal e apegar-se naquilo que é bom. O aumento do amor está conectado ao discernimento evoluído sobre o que é bom (Filipenses 1:9-10).
(12:10) A igreja é a família de Deus com muitos irmãos e irmãs. Nós devemos estar dispostos a dar honra aos outros, e não a nós mesmos.
(12:11) Não seja preguiçoso com as responsabilidades. O cristão deve ser um modelo de boa ética de trabalho. Ele não tem muito tempo a perder se está vivendo o propósito de Deus. Ele deve trabalhar para os outros como se estivesse trabalhando para Deus (Efésios 6:6-7).
(12:12) A nossa alegria não depende das nossas circunstâncias, porque nós temos a esperança da eternidade. Ser paciente significa suportar pela fé. Deve-se ter uma atitude constante de dependência em Deus, pronto para orar em qualquer tempo.
(12:13) Ajude outros crentes com suas necessidades materiais. Hospitalidade significa satisfazer as necessidades dos outros com comida e abrigo.
(12:14) Não trate as pessoas como elas merecem, mas como Cristo iria tratá-las. Dar as pessoas o que você pensa que elas merecem é literalmente julgar, o que é um papel reservado a Deus.
(12:15) Esteja pronto para compartilhar a tristeza e a alegria dos outros.
(12:16) Não se mova por símbolos de status. Não favoreça as pessoas de classe alta. Seja respeitoso mesmo com os pobres. Não procure por formas de colocar a si mesmo acima dos outros.
(12:17) Nunca é certo prejudicar alguém porque você foi prejudicado. Nós não somos chamados para punir as pessoas, mas para perdoar.
Demonstre honestidade. Se você quer ser respeitado, não é suficiente que só você e Deus saibam que você é honesto. Mantenha regras que demonstrem honestidade para que todos vejam. É mais fácil manter uma boa reputação do que a reconstruir depois que ela é danificada.
(12:18) No que depender de você, viva em paz com todos. Paz é um relacionamento harmonioso. Algumas vezes, a paz requer um pedido de desculpa, mesmo para uma ofensa não intencional. Outras vezes, requer um confronto gentil a um malfeitor, para que então essa ofensa que atrapalha o seu relacionamento possa ser resolvida. Se você se recusa a se desculpar ou a confrontar quando é necessário, não estará fazendo o que é preciso para manter a paz.
(12:19) Não se vingue. Em vez disso, deixe espaço para a ira de Deus. Se uma pessoa quer ser o vingador, mostra que não acredita que Deus está fazendo bem o Seu trabalho.
(12:20) Faça o bem aos outros, ao invés de tentar dar a eles o que merecem. Amontoar brasas não significa se vingar de uma forma mais sutil, pois isso iria contradizer o ponto principal do versículo. Isso pode ser um símbolo de derreter a dureza da atitude da pessoa.
(12:21) Não deixe o mal lhe mudar ou lhe derrotar espiritualmente. Porém, não se oponha com o mal, mas com o bem. Tornar-se amargo e opor-se erroneamente é ser derrotado espiritualmente, mesmo se você vencer o conflito.
► Pense sobre como uma pessoa não cumpriria bem essas instruções se ela não for completamente comprometida com Deus. O que deve mudar na sua vida por causa dessas instruções?
Interpretando as Cartas do Apóstolo
As cartas de Paulo foram escritas em resposta a situações específicas: “Geralmente a ocasião era algum tipo de comportamento que precisava de correção, ou um erro doutrinário que precisava ser definido corretamente, ou um desentendimento que precisava de mais clareza”.[1] As cartas não estão na forma de uma teologia sistemática, mas é uma teologia em forma de resposta a uma necessidade. Essa teologia é prática desde o começo e não foi desenvolvida isolada da vida real.
As epístolas do Novo Testamento não foram produções literárias para o público em geral, mas foram planejadas para mais de um único recebedor e para aplicação imediata. Paulo disse aos colossenses que eles deveriam trocar com os laodicenses as cartas que cada igreja recebeu dele (Colossenses 4:16). A igreja começou muito cedo a coletar as epístolas de Paulo e a trocá-las entre si. Portanto, sabemos que eles viram as epístolas como aplicáveis para a igreja em todos os lugares e em todos os tempos.
Embora exista uma lacuna de tempo e cultura entre nós e os recebedores originais, as epístolas foram escritas para os cristãos do Novo Testamento que estavam encarando problemas muitos similares aos nossos. Portanto, as epístolas de Paulo são mais fáceis de aplicar na igreja moderna do que algumas outras formas de literatura encontradas nas Escrituras. Elas não foram escritas especificamente para a nação judaica, nem são endereçadas às pessoas sob a lei do Antigo Testamento.
A situação original dos escritos fornece ao intérprete um lugar de começo para a aplicação moderna. Um princípio da interpretação é que nós podemos entender melhor um escrito se soubermos quem escreveu, quem recebeu e por que foi escrito. As epístolas fornecem ao intérprete a vantagem de saber as identidades do autor e dos recebedores.
O livro de Romanos é a escrita mais formal de Paulo. Ele segue uma estrutura planejada. Quase está na forma de um tratado teológico. Paulo não menciona erros específicos da igreja de Roma. Ele não falou sobre situações específicas, como fez em suas cartas para as igrejas que ele fundou e visitou.
[1]Fee e Stuart, Como ler a Bíblia livro por livro, Thomas Nelson Brasil, 2019.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 6, Passagem 3
Ponto Principal do Capítulo 13:1-7
Os crentes devem se submeter ao governo civil porque ele é instituído por Deus.
Nota para o líder de classe: Provavelmente haverá muita discussão e discórdia enquanto o grupo estuda esta próxima passagem. Você deve tentar fazer com que os membros deixem a passagem corrigir as suas opiniões.
► Um aluno deve ler Romanos 13:1-7 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
(13:1-2) Deus estabeleceu o governo. Isso não significa que todo governante é justo, mas que Deus quer que a autoridade humana seja estabelecida. Recusar-se a estar debaixo da autoridade humana é se rebelar contra Deus. Assim como nós não amamos a Deus verdadeiramente se não amarmos o nosso irmão que é visível, também não podemos alegar estar debaixo da autoridade de Deus enquanto nos recusarmos a nos submetermos a uma autoridade humana visível. O cristão não deve tratar os oficiais da lei com desrespeito.
(13:3-4) Um dos propósitos do governo é punir malfeitores. Quando o governo está funcionando devidamente, os malfeitores o temem. Em circunstâncias normais os cristãos não conflitam com o governo, porque as qualidades cristãs fazem do cristão um bom cidadão. Porém, muitas vezes na história os governantes tentaram exigir uma lealdade que pertence apenas a Deus, e então se tornaram perseguidores dos cristãos.
O governo que funciona devidamente é consistente com a autoridade de Deus. O versículo 4 nos fala que o governo tem a autoridade de Deus para cumprir as leis, mesmo ao matar os malfeitores.
Os cristãos em algumas nações acreditam que é errado servir em um cargo governamental, especialmente em cargos que podem exigir deles o uso de violência. Muitos cristãos com essa crença vivem em países onde o governo os persegue e é extremamente corrupto. Porém, se o governo está funcionando devidamente, não é errado que o cristão sirva em um cargo governamental, pois o governo é autorizado por Deus.
(13:5) Os cristãos devem se submeter às autoridades, não apenas por medo de punições do governo, mas por uma consciência clara. Rebelar-se contra o governo ou se recursar a obedecer às leis é negar o papel do governo. Nem todas as decisões podem ser feitas por indivíduos, se querem que haja alguma forma de governo. A liberdade individual deve ser submetida à autoridade que protege os direitos individuais, mesmo se não concordarmos com a forma que a proteção é feita.
(13:6-7) O cristão deve pagar os impostos legítimos do governo. Siga as formas costumeiras de mostrar respeito.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 6, Passagem 4
Ponto Principal do Capítulo 13:8-10
O amor cumpre a lei, pois ele motiva o crente a fazer o que é certo aos outros.
Esses versículos provam que a lei não se torna irrelevante para o crente. O crente cumpre a lei, uma vez que pela graça ele pode ter o amor descrito aqui. A graça não é meramente uma cobertura pelas violações da lei. A graça inclui a obra de Deus em nós para cumprir a Sua vontade para nós.
► Um aluno deve ler Romanos 13:8-10 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
(13:8) Dever nesse sentido significa falhar em dar o que é devido a alguém. Alguns tipos de obrigações são listados no versículo anterior. Não é errado pegar emprestado e pagar em um devido tempo, se esta é a forma de acordo para cumprir as nossas obrigações. É dito a nós, como no versículo 7, para darmos a cada pessoa o que é devido a ela.
► Quais são os resultados que surgem quando o cristão não paga pelo que pegou emprestado?
(13:9-10) Se você verdadeiramente ama alguém como a si mesmo, você não irá roubar dele, não irá mentir, ou cobiçar o que é dele, ou violar o seu casamento. Mera amizade e mero amor, tais como são comuns no mundo, nem sempre previnem esses erros; mas o amor de Cristo em nós irá nos prevenir de fazer o que é errado mesmo para estranhos, para aqueles que nos ofendem, ou para aqueles que podem suportar.
A maioria das culturas e religiões ensinam que nós devemos esse amor a algumas pessoas, possivelmente membros da família e membros tribais. Mas eles pensam que para o resto da humanidade, nenhum amor é devido. Eles podem considerar permissível roubar de um estrangeiro ou dos empregadores e ser rude com estranhos. Cristo nos ordena a estender amor para cada pessoa com quem tivermos contato. Em Lucas 10:25-37, para ilustrar o mandamento de amar o nosso próximo, Jesus contou a história de um samaritano que ajudou um judeu ferido.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 6, Passagem 5
► Um aluno deve ler Romanos 13:11-14 para o grupo.
Notas Versículos por Versículo
(13:11) Nesse versículo, salvação se refere à salvação final na volta de Cristo. Nós não devemos viver como se este mundo fosse durar para sempre. Devemos viver como pessoas que estão esperando que as coisas passem rapidamente.
(13:12) “A noite” é uma figura de linguagem que se refere ao tempo até a vinda do Senhor. (Veja também 2 Pedro 1:19.) As trevas no Novo Testamento frequentemente estão associadas às ações pecaminosas. (Veja também 1 Tessalonisenses 5:4-8 e Efésios 5:11-14.)
(13:13) Aqui a vida do pecador descuidado é descrita. Essa é uma pessoa que não se importa com o futuro, e especialmente, não pensa sobre a eternidade. Ela vive pelo prazer sem se importar com a moralidade. A vida do cristão é completamente oposta a isso.
(13:14) Não faça nenhuma concessão para os desejos pecaminosos. Não use a natureza humana como uma desculpa para pecar. Viva na luz e não tenha nada em sua vida da qual você deva se envergonhar.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 6, Passagem 5
Sempre haverá questões sobre as quais os crentes sinceros irão descordar. Romanos 14 dá instruções sobre como os cristãos que diferem em algumas crenças e práticas ainda podem amar e respeitar uns aos outros, adorando e servindo juntos.
► Um aluno deve ler Romanos 14:1-23 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
(14:1) O irmão fraco é aquele que se sente culpado por uma ação que não é realmente proibida por Deus (veja 1 Coríntios 8:7-12). O irmão forte é aquele que pode praticar uma ação sem culpa, porque ele sabe que não está realmente desobedecendo a Deus com essa ação.
(14:2-3) A lei judaica tinha regras sobre comida. Havia muitos cristãos judeus na igreja e gentios que estudaram as leis judaicas. A pessoa que se sente livre de qualquer restrição sobre comida pode ser tentada a desprezar aquele que se sente restrito. Aquele que tenta seguir as regras sobre comida pode ser tentado a julgar os outros como pecadores.
(14:4) Deus irá julgar os seus próprios servos e lhes dará a graça que necessitam. Não julgue os outros sobre coisas que não estão claras nas Escrituras.
Ao redor do mundo existe uma diversidade entre os crentes sobre coisas como métodos de batismo, forma de servir a ceia do Senhor, escolha de tradução bíblica, vestimenta e entretenimento. Nós devemos manter a unidade cristã, mas não esperar uniformidade entre o corpo de Cristo. Nosso lema deve ser: “No essencial, unidade; no não essencial, liberdade; mas em todas as coisas, amor!”.
(14:5-6) Existiam muitas celebrações judaicas, com costumes especiais para cada uma. O sábado também era controverso. A igreja começou a se encontrar e adorar no Dia do Senhor (Atos 20:7; 1 Coríntios 16:2; Apocalipse 1:10) e mais tarde o domingo se tornou algo como um sábado cristão. O princípio do descanso do sétimo dia ainda tem benefícios que devemos manter, já que é um princípio da criação e não apenas um costume instituído no tempo que a lei de Moisés foi dada.
A frase “... cada um deve estar plenamente convicto em sua própria mente” (14:5) mostra que opiniões definidas são necessárias. Uma pessoa não deve ser vaga no que acredita. A tolerância com a opinião dos outros não significa que nós não sabemos qual é a nossa própria opinião ou que ignoramos as evidências e a razão.
(14:7-9) Nós não somos donos de nós mesmos. Cada vida deve honrar a Cristo. A morte e a ressureição de Cristo nos redimiram, e nós pertencemos a Ele.
(14:10-12) Todas as pessoas devem se apresentar a Deus no julgamento. Portanto, as nossas opiniões sobre os outros são menos importantes.
(14:13-15) É importante que tentemos não fazer com que outro crente tropece. Para o cristão, as coisas não são impuras, porque tudo pertence a Deus. Mas se uma pessoa pensar que algo é errado e ainda sim o faz, ela pecou, porque escolheu fazer o que é errado. Nós fazemos alguém tropeçar quando o influenciamos a fazer algo que ele pensa ser errado. (Outra passagem bíblica sobre essa questão está em 1 Coríntios 8.)
(14:16) Uma pessoa pode ter a doutrina correta e ainda assim prejudicar alguém, porque não se importa sobre a sua influência sobre outros.
(14:17) O cristianismo não consiste em regras sobre estilo de vida ou liberdade; é vitória espiritual e vida no Espírito.
(14:18-19) Deus se agrada quando nós submetemos tudo o que fazemos a Cristo e damos o nosso melhor para edificar os outros.
(14:20-23) Todas as coisas pertencem a Deus, e a pessoa que se lembra disso pode ter liberdade. Porém, se a pessoa faz uma coisa que pensa ser errada está pecando por opção. O irmão que se sente livre deve limitar a sua liberdade para evitar causar a queda de outros.
Nenhum direcionamento é dado ao irmão enfraquecido, exceto que ele não deve julgar aquele que tem mais liberdade. Aquele que é fraco está preso por sua consciência e não pode mudar a sua conduta, mas o irmão forte tem opções.
Provavelmente haverá muita discussão enquanto se cobre a passagem anterior, mas há algumas questões a serem consideradas:
Que tipo de questões a nossa igreja deixa para os membros decidirem individualmente?
Quais diferenças nós vemos em outros crentes sobre as quais devemos ser mais tolerantes?
Como nós podemos ser fiéis na aplicação dos princípios dessa passagem em nossas opiniões e interações com as outras pessoas?
Identificando os Judaizantes
Os judaizantes não eram simplesmente seguidores do judaísmo, a religião dos judeus. Os judaizantes eram judeus que alegaram serem cristãos, mas pensavam que os cristãos deveriam cumprir os requisitos do judaísmo. Não era um problema que o judeu convertido continuasse praticando o judaísmo. Muitos fizeram isso, especialmente durante a primeira geração da igreja do Novo Testamento. O problema foi quando os judeus que alegaram estarem convertidos não entenderam o evangelho da graça.
Os judaizantes pensavam que era necessário que o gentio convertido aceitasse todas as regras do judaísmo, incluindo a circuncisão, para que fossem salvos. Eles não pregaram o evangelho aos incrédulos. Em vez disso, eles pregaram aos convertidos, trazendo confusão e divisão. O seu grande registro de vitória foi na Galácia, onde eles desviaram toda a igreja. A carta de Paulo aos gálatas pretendeu trazê-los de volta ao verdadeiro evangelho.
A pauta dos requisitos judaicos foi trazida para um conselho da igreja, registrado em Atos 15. Os apóstolos compreenderam que seguir o caminho dos judaizentes seria negar o evangelho da graça e negar que o evangelho é igualmente oferecido aos gentios. A decisão do conselho corrigiu os verdadeiros crentes que foram ingenuamente desviados, mas não parou aqueles que tinham as motivações erradas. Paulo considerou os judaizentes como sendo inimigos do evangelho.
Romanos 14:1 – 15:12 aplica a verdade do evangelho que Paulo havia explicado por toda a carta sobre a questão dos requisitos judaicos. Os crentes não deveriam julgar uns aos outros em sua observância aos escrúpulos dos judeus religiosos. A seção termina com a ênfase de que o evangelho é para o mundo todo.
Outras passagens sobre esse assunto incluem: Romanos 4; Atos 15; Gálatas 2, 3, 5; e Colossenses 2:11-23.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 6, Passagem 6
Continuação das Notas Versículo por Versículo
(15:1-4) Os fortes na fé, aqueles que se sentem libertos, devem estar dispostos a abandonar alguns privilégios para ajudar aqueles que estão fracos na fé e não se sentem libertos de restrições extras.
(15:5-7) Esses versículos concluem a passagem. O objetivo é a unidade cristã. O amor de Cristo é o nosso exemplo.
Uma História de Unidade, Avivamento e Missões
Em 1722 um alemão proprietário de terras chamado Zinzendorf convidou crentes morávios perseguidos a se mudarem para a sua propriedade e construir uma colônia. Em dado momento, muitas centenas de pessoas estavam na comunidade. Eles lutaram com divisões sobre várias doutrinas e práticas de adoração. Mas em 1727 eles desenvolveram “O Acordo da Irmandade” (agora chamado “A Aliança Morávia do Viver Cristão”) para ajudar a estabelecer unidade.
Naquele mesmo ano, eles começaram a experimentar um avivamento. Eles tiveram uma reunião de oração que durou toda a noite e muitos cultos longos de adoração onde sentiram uma presença de Deus fora do normal, incluindo um momento em que o pregador se jogou no chão em temor a Deus. Durante um culto de ceia, o Espírito Santo se moveu nas pessoas de uma forma que Zinzedorf depois viu aquele dia como o pentecoste da Igreja Morávia Renovada. Aqueles que estavam divididos foram reconciliados com grande sentimento, e Zinzerdorf liderou uma oração de confissão pelas confusões na congregação. Eles começaram uma vigília de oração onde vários membros se intercalavam em turnos e isso continuou por 100 anos.
A comunidade morávia se tornou a congregação que mais enviou missionários em todos os tempos. De 1733 a 1742, dos 600 membros da comunidade saíram 70 missionários. Muitos morreram jovens devido à perseguição e às condições difíceis. Em 1760, depois de 18 anos, 226 missionários foram enviados, e os morávios cresceram mundialmente em milhares.
Questões de Revisão da Lição 11
(1) Explique a ilustração do sacrifício vivo.
(2) O que deve acontecer conosco para que possamos ser totalmente devotados a Deus?
(3) Por que nós devemos ser humildes?
(4) Explique os termos irmão fraco e irmão forte.
(5) Quem foram os judaizantes?
Tarefas da Lição 11
(1) Escreva uma página aplicando alguma das orientações práticas encontradas em Romanos 12:1 – 15:7 para os cristãos de hoje.
(2) Prepare-se para o teste final ao estudar a lista de perguntas fornecidas no apêndice do curso. Você deve fazer o teste sem a ajuda de ninguém e sem consultar nenhum material escrito.
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