No tempo de Paulo, Roma era a maior cidade do mundo, com mais de 1 milhão de habitantes.[1] Havia uma mistura de grupos étnicos, línguas e religiões. A maioria das pessoas eram escravas.
O Primeiro Missionário em Roma
Nós não sabemos quem foi o primeiro a levar o evangelho para Roma. No dia de Pentecostes, judeus de Roma estavam presentes (Atos 2:10). Aqueles que foram convertidos certamente levaram a mensagem do evangelho de volta a Roma. O seu anúncio de que o Messias havia vindo teria causado animação e controvérsia. O evangelho teria se espalhado rapidamente entre os gentios que já respeitavam o judaísmo.
Uma Igreja Gentia
Embora os judeus sejam mencionados em partes da carta, a igreja em Roma era principalmente gentia. Paulo chamou-os de gentios (1:13-15) e disse que, já que ele era devedor de ambos gregos e bárbaros, ele estava pronto para pregar para os romanos. Porém, a influência judaica na igreja em Roma era forte, uma vez que os primeiros crentes lá eram judeus. É possível que o evangelho não tenha sido claramente explicado de uma forma que mostrasse aos crentes a sua liberdade em relação às regras do judaísmo.
[1]Bruce Wilkinson & Kenneth Boa, Talk through the New Testament, 375
Tendo em vista que o propósito de Paulo era promover o trabalho missionário, uma pergunta que naturalmente iria surgir é: “Todos precisam realmente ser justificados pela fé?”. Afinal, existem algumas coisas que nem todos precisam. As pessoas no Ártico não precisam que alguém traga gelo para eles, e os moradores do deserto não precisam de areia.
Alguém pode pensar que talvez a justificação pela fé não seja algo que todos no mundo precisam. Talvez algumas pessoas tenham vivido uma vida justa e já sejam aceitas por Deus. A segunda parte da carta (1:18 – 3:20) é escrita para mostrar que todos precisam da justificação pela fé e, portanto, precisam da mensagem sobre ela.
Ponto Principal dos Capítulos 1:18 – 3:20
Todos no mundo violaram os requisitos de Deus e estão debaixo da condenação. Ninguém pode ser salvo com base no cumprimento dos requisitos de Deus, porque todas as pessoas já os violaram.
Resumo dos Capítulos 1:18 – 3:20
Primeiro, Paulo descreve a condição dos gentios pagãos que estavam sem a palavra revelada por Deus e mostra que eles rejeitaram o conhecimento de Deus, o qual Ele mostrou na criação. Então, ele descreve a condição dos israelitas, os quais tinham a Palavra de Deus escrita, mas não a obedeciam. Ele conclui descrevendo o pecado geral do mundo. A conclusão é que todo mundo é culpado diante de Deus. O evangelho é necessário, porque ninguém pode ser salvo pelos seus próprios méritos.
Para essas lições, a parte 2 (1:18 – 3:20) será dividida em três passagens. Nesta lição, nós iremos estudar a primeira passagem (1:18-32).
Estudo da Passagem – Romanos Parte 2, Passagem 1
Romanos 1:18 é o verso transicional entre esta passagem e a anterior.
Ponto Principal do Capítulo 1:18-32
Os gentios tinham um conhecimento básico de Deus, mas o rejeitaram e se voltaram para os ídolos, tornando-se completamente depravados.
► Um aluno deve ler Romanos 1:18-32 para o grupo.
Notas Versículo por Versículo
(1:18) Deus os deu um conhecimento básico sobre Si mesmo. Eles suprimem a verdade. Isso implica que eles possuíam alguma verdade, como o próximo versículo explica. A condenação deles é em razão de terem rejeitado a verdade que possuíam. “Impiedade descreve uma ofensa no reino religioso e expressa a si mesmo como idolatria, a adoração à criatura mais do que ao Criador (1:19-23). Iniquidade significa perversidade moral e é ilustrada pela imoralidade e pela maldade (1:24-32).”[1]
A verdade que eles suprimiram é especificada no capítulo 1:20. Ela inclui o conhecimento da autoridade de Deus sobre eles. O seu estilo de vida demonstra que eles negaram a autoridade dEle. Diferentemente disso, o estilo de vida cristão demonstra submissão à autoridade de Deus, tanto no que Ele faz quanto no que Ele não faz.
[1]Adaptado de William Greathouse, “Romanos”, no Comentário Bíblico Beacon, Vol VIII. (Editora CPAD, 2006).
Formas de Revelação – Especial e Geral
► Quais são algumas formas pelas quais a verdade de Deus é revelada para todas as pessoas?
Uma vez que Deus revelou a verdade de muitas maneiras, nós falamos sobre duas categorias: revelação geral e revelação especial. Paulo se refere a elas no livro de Romanos, embora não use esses termos.
Revelação geral é o que conseguimos entender sobre Deus ao olhar a Sua criação. Nós vemos a incrível inteligência e poder de Deus no projeto do universo.
Nós vemos a expressão de Deus na maneira como o homem é projetado. O fato de que nós conseguimos raciocinar, apreciar a beleza e dizer a diferença entre certo e errado (embora não infalivelmente), mostra a nós que o nosso Criador deve possuir essas habilidades no mais alto nível. Nós sabemos que Deus pode pensar e comunicar porque nós temos essas habilidades. (Veja Salmos 19:1-4 e 94:9).
Porque a revelação geral nos mostra que Deus pode falar, nós compreendemos que a revelação especial pode acontecer. Deus é uma pessoa[1] e é capaz de falar com as suas criaturas racionais. Isso nos ajuda a compreender que poderiam haver mensagens de Deus e até mesmo um livro dEle.
Pela revelação geral, mesmo sem as Escrituras, as pessoas sabem que existe um Deus, que eles devem obedecê-Lo e que já o desobedeceram (Romanos 1:20). Porém, a revelação geral não nos diz como chegar a um relacionamento correto com Deus. Ela nos mostra a necessidade da revelação especial, pois esta mostra que as pessoas estão em pecado e sem desculpas diante do seu Criador.
A revelação geral nos mostra que a humanidade é caída e culpada. A revelação especial explica a razão pela qual a humanidade está nessa condição. A revelação especial é a verdade revelada na inspiração da Bíblia e na encarnação de Cristo. A revelação especial descreve o caráter de Deus, explica a queda e o pecado e mostra como nós podemos ser reconciliados com Deus.
[1]Nós não estamos dizendo que Deus é humano; mas que Ele é uma pessoa – capaz de pensar, querer e falar – em vez de alguma força impessoal.
Estudo da Passagem – Romanos Parte 2, Passagem 1
Continuação das Notas Versículo por Versículo
► O que a revelação especial nos fala além do que nós sabemos pela revelação geral?
(1:19) Ao observar a criação, nós vemos a verdade sobre Deus. Mesmo os filósofos gregos reconheceram que deve haver alguma forma de mente divina que controla o universo. Uma parte especialmente significativa da criação é a natureza do homem. Nós vemos a verdade sobre a existência e a natureza de Deus ao observarmos que o homem tem uma consciência moral de certo e errado. (Veja o capítulo 1:32).
► O que nós podemos entender sobre Deus quando olhamos para o homem?
(1:20) Desde a criação as pessoas sabem que elas foram criadas e que Deus tem poder eterno e autoridade sobre elas. Isso é conhecimento suficiente para tornar sua rejeição a Deus indesculpável. Eles serão julgados pelos seus pecados de forma justa. Eles sabem que são culpados pela rebelião.[1] O fato de que sabem essas coisas sobre Deus e sobre si mesmos deixa-os sem desculpas.
A justiça de Deus requer que o pecado seja cometido intencionalmente antes que seja punido. Também é necessário que o conhecimento obtido seja suficiente para que pudesse escolher o certo. Se fosse impossível escolher fazer diferente, então, não poderia ser inescusável. Aqui Deus está explicando a Si mesmo.[2]
Quase todas as culturas no mundo têm a suposição de que existe um Deus supremo que criou o mundo. Geralmente eles adoram algum outro poder sobrenatural em vez de Deus, porque sabem que eles estão separados do Deus supremo. Paulo não tentou provar a existência de Deus, mas apontou que a existência e autoridade de Deus eram conhecidas em todas as culturas. Esse conhecimento leva à convicção de culpa.
Existem limitações à revelação geral. O conhecimento de Cristo e o evangelho não são revelados, exceto pela revelação especial. Da mesma forma, o mundo criado não retrata Deus com precisão, porque está debaixo da maldição do pecado e não mostra completamente o seu projeto original. A criação é como uma bela pintura com uma mancha lamacenta nela. Ela foi danificada, mas parte da sua beleza natural ainda permanece, mostrando algo sobre o artista.
[3](1:21-22) Deus merece que o homem o honre como Deus (adoração) e seja grato (louvor). Porém, ele não aceitou a Sua autoridade e não foi grato pelo que recebeu dEle. Ele mesmo queria ser deus, tomando crédito por tudo o que possuia. Reivindicar tal divindade independente foi tolice.
O seu coração obscureceu-se. O coração representa a vontade e a lealdade da pessoa. A luz representa a verdade. Uma vez que rejeitou a verdade, o homem perdeu a sua habilidade de vê-la. Ele perdeu o seu entendimento das coisas espirituais e eternas e, portanto, também não entendeu corretamente o mundo material.
(1:23, 25) O seu foco em si mesmo, o mundo material e a rejeição ao Criador o levou a criar deuses que elogiassem a sua natureza caída. Transferiu-se para as criaturas a glória que pertencia a Deus. Para evitar a responsabilidade que tinha com o Criador, o homem negou a Sua existência e honrou a criatura. Essa atitude é a base da evolução moderna e do humanismo. Se pessoas produziram a si mesmas, elas podem também definir os seus próprios propósitos, valores e moralidade.
A essência da idolatria é servir e adorar algo que Deus criou. Servir a algo é dar a isso o primeiro lugar na vida e ordená-la de acordo com essa prioridade. Adorar alguma coisa é dar a esse outro ser a confiança e a honra que pertencem apenas a Deus. A idolatria espera das coisas criadas a satisfação que apenas o Criador pode dar. O materialismo moderno é idolatria. Uma pessoa não consegue honrar coisas materiais sem diminuir a sua adoração a Deus.[4]
► Como os gentios responderam ao conhecimento de Deus?
(1:24) Esse versículo introduz o tema que é aprofundado no capítulo 1:26-27. O amor idólatra da criatura leva naturalmente à imoralidade, incluindo o pecado sexual. O pecado sexual torna o desejo físico como prioridade e desonra o corpo, pois o corpo deve ser santo e devotado ao serviço de Deus.
(1:26-27) A imoralidade foi o resultado natural de glorificar a si mesmo e de permitir o governo de paixões egoístas. Quando o desejo governa, ele se torna distorcido. Não se pode amar alguém ou desfrutar de alguma coisa adequadamente, a menos que se ame a Deus e o desfrute supremamente. No capítulo 1:24 esse assunto é introduzido e mostra a conexão entre a imoralidade e a rejeição a Deus.
Todo pecado é uma perversão de alguma coisa boa que Deus fez, e a perversão sexual é apenas mais óbvia que alguns outros pecados. Quanto mais o homem se afasta do caminho de Deus, mais brutal, cruel e pervertido ele se torna. Algumas pessoas pensam que existem culturas mais simples que vivem uma vida melhor, porque não foram corrompidos pela civilização. O fato é que a maioria das pessoas das culturas não-civilizadas vivem no medo da morte e do sobrenatural, praticam costumes cruéis e sofrem os resultados de um estilo de vida pervertido e pecaminoso.
O homem foi criado para agir como alguém que está em um relacionamento com Deus. Se ele está separado de Deus, não poderá realmente ser o que a humanidade foi criada para ser. Ele fica aquém até mesmo de seus próprios ideais. Os ideais da masculinidade e da feminilidade se tornam inacessíveis para uma pessoa sem Deus. A perversão sexual é o extremo mais óbvio, mas todas as pessoas também são afetadas pela perda da verdadeira humanidade em outras práticas. Rejeitar a Deus como Deus é rejeitar o homem como homem. Se recusar a adorar a Deus é rejeitar a sua própria humanidade.
Ironicamente, aqueles que adoraram as coisas criadas acabaram pervertendo até mesmo a criatura, contra o que era natural. Se as pessoas permitirem a si mesmas serem governadas pelos seus desejos naturais, esses desejos tomarão formas extremas e anormais.
É irônico que, se uma pessoa honra os desejos do corpo acima de Deus, irá acabar tratando o corpo com desrespeito. As partes do corpo que as pessoas adoram em pecados sexuais são as mesmas partes que elas mencionam quando querem dizer algo obsceno e insultante.
Normalmente, as mulheres não são tão rápidas como os homens para se entregarem em imoralidade sexual e perversão. Elas instintivamente querem proteger a integridade da família. Quando mulheres cometeram esse grande mal, mostrou-se que a devassidão da sua sociedade era completa.
► Quais são algumas formas de perversão comuns em sua sociedade?
A condição pecaminosa em que eles entraram é justamente o que mereceram. A condição da pecaminosidade é uma punição apropriada para o pecado, causando sofrimento e vergonha crescente, desejos insatisfeitos e resultados da devassidão.
Não existe uma evidência de que a Bíblia reconheça a validade de “relacionamentos e comprometimentos homossexuais (ou lésbicos) amorosos”.[1] Se esse fosse o caso, nós esperaríamos encontrar ensinamentos ao longo das Escrituras, assim como é feito com todas as outras formas de relacionamento humano (exemplos: marido e esposa, pais e filhos, cidadãos e governos). Na verdade, não existe nenhum versículo indicando a possibilidade desse tipo de relacionamento ser aceitável aos olhos de Deus.
Não é a tentação, os sentimentos de amor ou atração entre dois seres humanos, ou a luta em nossas almas que é proibida nas Escrituras. Na verdade, Deus nos diz que Ele está próximo do ferido, do confuso e do tentado. O pecado ocorre quando pensamentos luxuriosos são aceitos (Tiago 1:15) ou nos envolvemos em atitudes fora do projeto de Deus.
A resposta apropriada da igreja para o homossexualismo deve incluir amor compassivo, verdade gentil e humildade autêntica. Amar os outros significa se importar com eles e estender o amor de Cristo, eles deixando ou não o seu pecado. Amar os outros significa vê-los com os olhos de Cristo, assim como Ele nos viu (e ainda vê) em nossos pecados. Frequentemente, é o nosso relacionamento com um indivíduo que inicialmente o leva a um relacionamento de salvação com Cristo. Posteriormente, é do Espírito Santo o trabalho de restauração completa, geralmente através de uma igreja local.
Ainda, amar alguém também significa dizer a verdade, mesmo que ela seja recebida com hostilidade ou indiferença. Compartilhar a Palavra de Deus pode salvar um homem ou uma mulher de uma vida de decisões ruins, confusão, pecado e sofrimento. Nem todos estão preparados para aceitar os preceitos bíblicos. Paciência e gentiliza devem guiar as nossas discussões concernentes à verdade. Nós devemos escutar com um coração aberto e usar as Escrituras com amor e discernimento. Nós devemos mostrar o nosso cuidado genuíno pela pessoa, para que ela valorize a nossa contribuição.
Humildade autêntica é essencial na mensagem cristã. A humildade vem de conversas e de tempo com Deus, reconhecendo, confessando e deixando os nossos próprios pecados e compreendendo o profundo amor de Deus, como foi expressado na cruz. Nós devemos deixar o amor e a compaixão serem a nossa motivação ao invés do medo, da raiva e do ódio.
[1](1:28) Porque eles rejeitaram a Deus em seus pensamentos, bem como em seus estilos de vida, seus padrões de pensamentos e filosofias se tornaram distorcidos, assim como os seus comportamentos. Existe um jogo de palavras em grego que mostra que, uma vez que rejeitaram a Deus, Deus os deixou para uma mente que Ele rejeitou – isto é, deixou de influenciar. Deus deu ao homem o livre arbítrio e permite que ele opere. Depois de um certo ponto, Deus permite que aqueles que o rejeitaram totalmente sejam livres da Sua influência. Então, as suas mentes seguem o curso da depravação sem impedimentos da parte de Deus.
A declaração de que Deus os abandonou (1:24, 26 e 28) implica que essas pessoas estavam praticamente em uma condição sem esperança e haviam feito escolhas que não poderiam ser revertidas (compare com 2 Tessalonicenses 2:10-12).
A mente e os pensamentos das pessoas são negativamente afetados pela depravação. A depravação atrapalha as pessoas quando elas precisam tomar decisões morais. Isso faz com que elas defendam os seus desejos e ações pecaminosas.
► Quais são alguns exemplos das desculpas não razoáveis que as pessoas dão para os seus pecados?
(1:29-31) Nesses versículos nós encontramos uma lista de pecados terríveis. A cultura e o governo restringem essas tendências, mas elas existem no coração do homem pecador. Se as restrições da cultura e do governo fossem removidas, muitas pessoas se tornariam selvagens rapidamente.
Os pecados e a descrição de pecadores listados aqui não são todos completamente distintos uns dos outros. Aqui estão algumas das principais ideias implícitas por cada uma.
Injustiça – Um termo genérico, possivelmente abrange todos os outros.
Depravação – Qualquer tipo de imoralidade sexual.[2]
Maldade – Também é um termo genérico para ações erradas e mau-caráter.
Ganância – Um termo muito usado nos escritos gregos para se referir ao egoísmo agressivo. Descreve uma pessoa que busca os seus próprios interesses, disposta a pisar nos interesses dos outros. Inclui o uso incorreto de uma posição de autoridade para benefício próprio.
Malícia – Maldade interior ou tendência ao mal.
Inveja – Desejo pelo que os outros têm, juntamente ao ressentimento por aqueles que têm coisas desejáveis.
Homicídio – Matar deliberadamente uma pessoa como resultado extremo do ódio e do ressentimento.
Contenda – Briga; possivelmente por uma rivalidade.
Engano – Fraude; pode ser a oferta de uma isca para uma armadilha.
Malignidade – Maldoso; pronto para machucar os outros sem nenhuma razão.
Fofoca – Caluniadores secretos.
Caluniadores – Arruínam a reputação dos outros ao dizerem coisas más e falsas sobre eles.
Inimigos de Deus – Eles veem Deus como um inimigo porque as Suas leis os condenam.
Insolente – Essa pessoa é orgulhosa e cruel. Uma pessoa fraca com essa característica quer insultar aqueles que ela deveria respeitar. Uma pessoa poderosa com essa característica é cruel com outros e se vinga de forma extrema contra aqueles que falham em mostrar o respeito que ela quer.
Arrogante – Orgulho é uma visão exaltada de si mesmo. É a raiz de todo o pecado, já que ele motiva a pessoa a governar a sua própria vida, desafiando o seu Criador.
Presunçoso – Exalta a si mesmo. Essas pessoas são egocêntricas. Se considerado com outras características aqui, percebe-se que a pessoa exalta a si mesmo enganosamente, a custo dos outros e para machucar os outros.
Inventores do mal – Eles são criativos em desenvolver o mal e atitudes prejudiciais.
Desobedientes aos pais – A destruição da família é resultado do pecado e leva para a futura desintegração da sociedade. A tendência pecaminosa encontra sua primeira expressão na criança que se rebela contra a primeira autoridade que ela conhece.
Insensatos – Sem consciência de valores morais. Essa pessoa não é persuadida pela razão baseada na moralidade. Não há falta de inteligência, mas há um senso moral desvirtuado, o qual é o resultado de um coração perverso.
Sem fé – Não confiável. Deixa a moralidade e a autoridade, odeia a verdade absoluta que não se curva a eles e fazem a si mesmos como prioridade, quebrando suas promessas.
Sem coração – O oposto de ter instintos protetivos e afetuosos. Eles deixam as suas famílias e seguem os seus próprios desejos. Os instintos mais básicos de amor podem ser distorcidos. Eles abusam de pessoas que dependem da sua proteção.
Impiedoso – Sem pena. Eles observam o sofrimento sem ter compaixão. Não se desviam de uma direção perversa ao verem o sofrimento dos outros por causa das suas atitudes. Eles não são movidos pelo remorso ao verem o sofrimento já causado pelas suas más ações.
(1:32) Sabem que essas coisas são erradas. Pessoas pagãs não estão seguindo nem mesmo a verdade que conhecem. Sabem que estão debaixo da condenação. Mesmo assim, não apenas seguem o pecado, mas aprovam o pecado dos outros. A moralidade da sociedade afunda tanto que o novo padrão de conduta aprova a imoralidade.
Uma pessoa que aceita completamente o pecado aprova a si mesmo como um pecador e aprova os outros como pecadores. Ela pode se divertir com o pecado dos outros. As pessoas aplaudiam as mortes nas arenas de Roma. Muitas pessoas nos tempos modernos gostam de assistir à violência e aos atos sexuais imorais. Elas admiram pessoas que se destacam na quantidade de pecados que podem cometer.
[1]“É difícil entender o dano total que o pecado causa na personalidade humana. Além da fraqueza de uma vontade rendida e do clamor de emoções despertadas, encontra-se uma mente que foi entorpecida e feita escrava de desejos. Ela foi ensinada a dar desculpas em vez de dar razões. Ela decide primeiro e pensa mais tarde. Dá explicações incompletas, ao invés de completas. Algumas vezes, diz a verdade, mas não com constância. Não se pode confiar... trocou a verdade por uma mentira, Deus pela idolatria, sabedoria pela tolice…”
Wilbur Dayton
[2]Alguns manuscritos gregos não possuem esse termo da lista.
[3]Muitos manuscritos gregos não possuem esse termo da lista.
Todo Pecador Não Convertido é Dessa Forma?
Nem todas as pessoas cometeram todos esses pecados ativamente. Porém, a humanidade caída tende a ir em direção a esses pecados, portanto, qualquer pessoa poderia ter cometido qualquer um desses pecados, se estivessem em circunstâncias diferentes.
Sêneca foi um filósofo romano e oficial do governo que viveu durante o tempo de Paulo. Ele não era cristão e não tinha familiaridade com a Bíblia, mas observou que o potencial do pecado está em todas as pessoas. Ele disse: “Todos os vícios existem em todos os homens, embora nem todos os vícios se destacam proeminentemente em cada homem”.[1] Nós podemos observar que a descrição de Paulo sobre o pecador não convertido se aplica em todos os tempos e em todas as culturas.
A lei e os padrões da sociedade restringem tendências corruptas dos indivíduos. Muitas pessoas satisfazem em seus corações e mentes desejos pecaminosos que elas não mostram abertamente, pois querem a aprovação dos outros. As pessoas têm tendências secretas direcionadas aos pecados listados nessa passagem e são culpadas desses pecados em seu coração.
[1]Citado por F.F. Bruce, The Epistle to the Romans, in Tyndale Bible Commentaries (Grand Rapids: William B. Eerdmans Pub. Co., 1963), 87
Aplicações da Passagem
Essa passagem é primeiramente uma descrição das pessoas em sociedades que não haviam ouvido o evangelho. Eles rejeitaram o conhecimento de Deus que é revelado na criação e em suas consciências. Então, encontraram algo para adorar que os permitisse satisfazer os desejos da sua natureza pecaminosa, e seus desejos se tornaram pervertidos. Isso explica a razão de serem pessoas que precisam do evangelho.
Essa passagem é importante para todos, porque ela lista muitos tipos de pecado e mostra que todo o pecado é odiado por Deus. Também é um aviso que todo o pecado tende a levar o pecador a um mal mais profundo. Aqueles que ouvem o evangelho e o rejeitam estão em perigo de passarem pelo mesmo processo de perder o seu entendimento de certo e errado.
A passagem explica as condições que nós vemos em nossa própria sociedade, embora o evangelho tenha sido pregado para ela. Culturas encontram formas de tornar determinados pecados aceitáveis, ignorando os padrões de Deus.
Testemunho
Shmagi nasceu na Geórgia, país na Europa Oriental. Os pais de Shmagi eram ateus, e ele não frequentou a igreja quando era criança. O seu nome significa “temperamento irritado” e o nome se encaixa no seu temperamento. Ele frequentemente se metia em problemas quando era jovem. Depois de ser condenado por crimes, ele foi enviado para a prisão na Rússia por dois anos. Ele foi liberto e voltou para o seu país durante a revolta da Geórgia contra a Rússia.
O fígado de Shmagi foi muito danificado pelo álcool, e um médico disse que ele não viveria por muito tempo. Shmagi estava infeliz com a sua vida e começou a sentir um desejo de conhecer a Deus. Ele pediu para alguns amigos cristãos o levarem à igreja. No começo, eles disseram que a igreja não era para ele. Depois, disseram que ele poderia ir à igreja, se prometesse não discutir. Ele foi à igreja e foi salvo com 22 anos de idade. A sua vida foi completamente transformada.
Shmagi foi curado da doença no seu fígado. Ele não esperava se casar por causa da sua doença, mas Deus deu a ele um novo futuro. Agora, ele tem uma esposa e três filhas. Shmagi serve como pastor e mentor ministerial.
Questões de Revisão da Lição 2
(1) Através de qual meio as pessoas recebem a revelação geral?
(2) O que todas as pessoas sabem sobre Deus mesmo sem conhecerem as Escrituras?
(3) O que é revelação especial?
(4) O que é idolatria?
(5) Nomeie duas formas pelas quais a depravação afeta o pensamento das pessoas.
Tarefas da Lição 2
Escreva uma página descrevendo a condição de uma sociedade que não ouviu o evangelho, mas rejeitou a Deus. Qual conhecimento sobre Deus eles tinham? O que aconteceu com os seus pensamentos? Descreva as suas maldades. Explique por que nem todos demostram o mesmo tipo de perversidade.
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