Mateus quer sair da sua posição de pastor na sua igreja. Ele chegou à Primeira Igreja Lakeside com muita animação e esperança. Ele ama estudar e preparar sermões. Ele gosta de visitar pessoas e confortar aqueles que estão sofrendo. Ele vibra quando tem oportunidades de compartilhar o evangelho aos incrédulos. Os membros de sua igreja amam os seus sermões. Pessoas novas estão comparecendo. Mateus deveria estar feliz como pastor. Mas algo está errado. Tudo se resume ao conflito sobre música.
Toda segunda-feira de manhã, Josias liga para o escritório da igreja. “Pastor, a música de ontem estava horrível! Eu não conhecia a última música. O teclado estava muito alto. Eu não aguento isso. Você deve fazer alguma coisa sobre a música nessa igreja!”
Então, toda terça-feira, Mateus se encontra com o líder de música, Thomas. Thomas tem uma reclamação diferente. “Pastor, por que nós ainda estamos cantando tantos hinos antigos? O coral está cansado dessas músicas. Nós cantamos dois hinos antigos e apenas uma canção nova no domingo. Por que não podemos retirar esses hinos? Todas as grandes igrejas mudaram. Por favor me deixe mudar a música!”
Na terça-feira à noite, Mateus pensa em entregar o cargo. Parte da Primeira Igreja Lakeside ama os hinos antigos; eles reclamam cada vez que uma nova música é introduzida. Parte da Primeira Igreja Lakeside odeia os hinos antigos; eles querem cantar apenas músicas de louvor e adoração. Mateus não consegue encontrar uma solução.
► Qual conselho você poderia dar ao Pastor Mateus? Como a música de sua igreja pode ministrar a cada grupo em sua congregação?
Razões Pelas Quais a Música é Importante na Adoração
Em uma entrevista sobre música na igreja, um pastor disse: “Nós não precisamos de música na adoração. Se eu prego a Palavra de Deus de forma eficaz, música não é necessário.” Esse pastor não via nenhum valor na música nos momentos de adoração.
► Como você responderia esse pastor? Por que a música é importante na nossa adoração?
Os cristãos são um povo que gosta de música. Os muçulmanos não se reúnem para cantar; os budistas não se reúnem para cantar; os hindus não se reúnem para cantar; os cristãos se reúnem para cantar. Nem todo cristão prega, lidera a oração, ou lê a Bíblia publicamente, mas todos os cristãos podem e devem cantar. Aqui estão algumas razões pelas quais a música é importante na adoração cristã.
Uma Razão Bíblica Para a Música na Adoração
A música é importante na adoração, porque ela é importante na Bíblia. Existem aproximadamente 600 referências à música e ao canto nas Escrituras. Quarenta e quatro livros da Bíblia se referem à música.
As canções bíblicas tinham relação com vários tipos de eventos:
Israel louvou a Deus pela vitória sobre o exército de Faraó (Êxodo 15).
Israel louvou a Deus pela vitória de Débora sobre Jabim (Juízes 5).
Cantores adoraram na dedicação do templo (2 Crônicas 5:11-14).
Cantores lideraram a adoração na reconstrução do templo (Esdras 3:10-12).
O livro de Salmos é uma coleção de hinos para a adoração judaica e cristã.
Jesus e os discípulos cantaram um hino na Última Ceia (Mateus 26:30).
Paulo e Silas cantaram louvores na prisão (Atos 16:22-25).
João viu que a música faz parte da adoração no céu (Apocalipse 4 e 5).
Razões Teológicas para a Música na Adoração
Os adoradores judeus cantavam enquanto adoravam. Os primeiros cristãos cantavam com gratidão no coração ao Senhor (Colossenses 3:16). A música era uma parte importante da adoração cristã.
Infelizmente,durante a Idade Média, o papel da música na adoração mudou. As igrejas raramente permitiam que a congregação cantasse hinos. Em vez disso, a congregação assistia e ouvia enquanto corais treinados cantavam hinos complicados.
Martinho Lutero trouxe de volta a música de adoração à congregação. A música congregacional expressa o princípio teológico do sacerdócio do crente. Esse princípio ensina que todo cristão pode ir diretamente a Deus; não precisamos de um sacerdote que sirva como intermediário. Isso significa que todo crente tem os privilégios e as responsabilidades de:
Orar diretamente a Deus.
Ouvir Deus falar através da Sua Palavra.
Cantar na adoração.
Martinho Lutero viu uma conexão entre a leitura da Bíblia e a música. Ele disse: “Deixe Deus falar diretamente com seu povo através das Escrituras, e deixe seu povo responder com músicas de louvor e gratidão.”[1]
Um segundo princípio teológico expressado pela música é a unidade da igreja. A maioria das referências bíblicas à música são músicas congregacionais, todas as pessoas cantando. Paulo ordenou os cristãos primitivos a ensinarem e alertarem uns aos outros com canções (Colossenses 3:16). Uma vez que a igreja canta junto, nós expressamos a unidade da igreja.
[1]Citado em David Jeremiah, Worship (CA: Turning Point Outreach, 1995), 52.
Perigos na Adoração: A Perda da Música Congregacional
Um grande hino de Isaac Watts diz:
“Os que do mundo são a Deus não dão louvor;
Mas filhos do celeste Rei, louvai ao Salvador!”[1]
Martinho Lutero disse: “Se alguém não canta nem fala do que Cristo fez por nós, mostra que não crê verdadeiramente.”[2] O privilégio da música congregacional perdido na Idade Média foi trazido de volta pelos reformadores. Eles acreditavam que a adoração na música pertence ao povo. Infelizmente, esse privilégio foi perdido novamente em algumas igrejas.
A expressão musical do sacerdócio do crente é ameaçada pela música inacessível ao cantor comum. Isso acontece quando corais profissionais cantam músicas que são muito difíceis para a maioria das pessoas. Isso acontece quando a equipe de louvor canta músicas novas, as quais poucos conseguem aprender. Nós nunca devemos permitir que pequenos grupos substituam as músicas congregacionais.
A expressão musical da unidade da igreja é ameaçada nas igrejas que dividem a congregação em cultos separados baseados nos estilos diferentes de adoração ou nas gerações diferentes. É difícil ver a igreja como um corpo quando os membros mais velhos nunca veem os jovens.
Imagine as direções de Paulo para a igreja de Éfeso traduzida para algumas igrejas modernas:
Aqueles que cantam salmos se encontrarão aos domingos às 8h30min.
Aqueles que cantam hinos se encontrarão aos domingos às 11h.
Aqueles que cantam músicas espirituais se encontrarão aos sábados às 19h.
Não! Paulo estava falando para todos os membros da igreja quando ele os exortou a serem cheios do Espírito, falando entre si com salmos, hinos e cânticos espirituais, cantando e louvando de coração ao Senhor (Efésios 5:18-19).
Na prática, isso significa que cada parte do corpo de Cristo entrega algumas de suas preferências pelo bem da unidade do corpo. Um adolescente canta um hino com uma melodia não muito animada. Por quê? Porque ele é parte do corpo, e o corpo está cantando um hino antigo. Uma crente mais velha se junta em uma nova canção que ela não gosta. Por quê? Porque ela é parte do corpo, e o corpo está cantando uma canção nova.
Um músico profissional em uma pequena igreja rural canta músicas que não são tecnicamente desafiadoras. Por quê? Porque ele é parte do corpo, e o corpo inclui membros que não apreciam músicas difíceis. Um membro sem técnica pode dizer “amém” no fim da música, a qual foi cantada em um estilo que ele não gosta muito. Por quê? Porque ele é parte do corpo, e o corpo inclui membros que cantam além de sua apreciação.
Esse princípio vai além da música. O pastor simplifica o seu sermão para que crianças e novos convertidos entendam. Novos crentes estudam para entender um sermão que estica o conhecimento limitado deles.
Os adolescentes ficam sentados em um culto que parece muito longo. Por quê? Porque eles são parte do corpo e sabem que alguns aspectos do culto podem estar além do entendimento deles. Os mais velhos recebem bebês que choram alto no culto. Por quê? Porque eles são parte do corpo e se alegram, pois o corpo tem vida nova e barulhenta.
Isso faz parte da adoração? Claro que sim! Uma teologia bíblica de adoração inclui uma apreciação pela unidade da igreja. Isso significa abrir mão de preferências pessoais pelo bem do corpo. Isso significa cantar uma música que não é a sua favorita. Para os líderes, significa escolher músicas que ministram a todas as partes do corpo, não apenas as suas favoritas. As músicas congregacionais devem ministrar a toda igreja, não a grupos limitados.
► Pense nas músicas que você cantou no culto nas últimas quatro semanas. Você cantou músicas que falam com todas as partes da sua congregação? Como líder, você se dispôs a escolher músicas que não são as suas favoritas, mas que falam com a sua congregação? Os seus louvores demonstram o sacerdócio do crente e a unidade da igreja, encorajando a participação de todos os membros?
[1]Isaac Watts, Hinário Cantor Cristão, n. 53, Os Filhos de Sião. Acessado em 6 de novembro de 2025. https://sites.google.com/site/coletaneacantorcristao/053-os-filhos-de-si%C3%A3o?authuser=0
[2]Citado em Ronald Allen and Gordon Borror, Worship: Rediscovering the Missing Jewel (Colorado Springs: Multnomah Publishers, 1982), 165.
Razões Pelas Quais a Música é Importante na Adoração (continuação)
Razões Práticas de Haver Música na Adoração
Além das razões bíblicas e teológicas, existem razões práticas para valorizar a música na adoração. O poder da música vem da sua capacidade de falar com todos os aspectos do nosso ser.
A música fala com a nossa mente
Professores sabem que colocar uma regra gramatical em uma melodia fácil ajuda na memorização das crianças. Cantar as Escrituras facilita o aprendizado. Algumas pessoas que dizem “eu não consigo memorizar a Bíblia” já sabem muitos versículos; eles cantam nos louvores. Alguns dos melhores louvores são versículos bíblicos em melodias fáceis de decorar.
Dois princípios relacionados à música e à mente são importantes.
(1) A música deve falar com a mente, não apenas com as emoções.
Música emociona; isso faz parte do seu poder. Não há nada de errado com o poder emocional da música, mas ela deve também falar com a nossa mente.
Alguns adoradores pensam que podem desligar sua mente quando cantam. O violão toca alto, a batida é forte, a música é emotiva, então eles presumem que estão adorando. Nós nunca devemos esquecer o que Paulo disse: “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1 Coríntios 14:15).
Quando a nossa música fala com as nossas emoções sem falar com a nossa mente, estamos em perigo de falsa adoração. Não há nada de errado com músicas que falam com as nossas emoções; o perigo é se a música falar com nossas emoções sem falar com a nossa mente. Pastores sábios irão garantir que a música de adoração não ignore a mente.
(2) A mensagem que nós cantamos deve ser verdadeira.
[1]A música deve falar com a mente, portanto, ela deve ser uma ferramenta poderosa no ensino da doutrina.
No século XVIII, Deus usou dois irmãos, Charles e John Wesley, para proclamarem verdades bíblicas que muitos precisavam ouvir: todas as pessoas podem ser salvas do pecado e todas as pessoas podem ter segurança pessoal da salvação. Os irmãos compartilharam essas verdades de duas formas: John falou a verdade em sermões enquanto Charles escreveu hinos que explicavam a verdade. Os seus hinos eram fáceis para que qualquer um cantasse, uma vez que a música não era complicada. Aqueles que ouviam e cantavam os hinos de Charles podiam entender e lembrar da verdade de Deus, mesmo se não soubessem ler. As nossas canções hoje também precisam ensinar verdades bíblicas sólidas a cantores e ouvintes.
Pastores, se você permite músicas que não são bíblicas, você enfraquece a eficiência do seu ministério. As pessoas lembrarão da música muito depois de já terem esquecido o assunto do seu sermão. Passe templo planejando as músicas para os cultos. Garanta que as músicas reforcem a verdade do seu sermão.
Check-up
As suas músicas de adoração são baseadas na verdade da doutrina bíblica? Muitas igrejas cantam músicas que ensinam coisas erradas ou que não ensinam nada (as palavras são vazias). As suas canções ensinam a realidade da vitória sobre o pecado? As suas canções ensinam que a salvação está disponível a todos? As suas canções ensinam que Deus quer dar a todo crente um coração puro?
A música fala com o coração
Jonathan Edwards disse que somos exortados a cantar louvores a Deus, porque cantar “mexe com as nossas emoções.”[2] Enquanto focar na emoção por si só é perigoso, a emoção é normal e é uma resposta digna à música. O canto traz uma resposta emotiva à verdade. A música fala tanto com a mente quanto com o coração.
Alguns cristãos ocidentais temem músicas que falam muito profundo com as emoções, mas as pessoas na Bíblia que entraram na presença de Deus sempre sentiram uma resposta emotiva. A melhor música de adoração fala com a mente e pede uma resposta do coração:
► Busque uma coleção de hinos e canções em seu idioma. Encontre um exemplo de uma música que é escrita como uma oração pessoal de entrega a DEUS.
A música fala com o corpo
Observe uma criança em um concerto; se a música tiver uma batida, ela irá se mover. A música fala com o corpo.
A música que fala apenas com o corpo é sensual. Porém, quando a Bíblia fala sobre adoração, várias vezes fala sobre a posição física dos adoradores: mãos levantadas, ajoelhados, corpos prostrados e movimentos físicos. Às vezes, a nossa postura e os gestos físicos comunicam mais poderosamente que nossas palavras.
Em Salmos 149:3, Israel é chamado a louvar “o seu nome com danças; ofereçam-lhe música com tamborim e harpa.” Embora algumas culturas modernas dancem apenas de forma sensual, a Bíblia usa a palavra dança para descrever qualquer movimento físico na adoração. O salmista reconheceu que até mesmo o corpo está envolvido no louvor.
Isso não é a dança sensual na boate, mas também não é ficar sentado quieto em bancos formais. A dança bíblica envolvia um grau de movimento durante as músicas de adoração. Quando nós levantamos as nossas mãos em louvor ou nos movemos de alguma forma na música, isso se encaixa no termo bíblico dança.
Embora o significado dos gestos físicos diferem de cultura para cultura e de geração para geração, nós nunca devemos permitir que a adoração sagrada de Deus seja formada pelas práticas profanas da cultura ao nosso redor.
► Reveja Êxodo 32 onde mostra uma adoração que combinava uma “festa dedicada ao Senhor” (32:5) com imagens profanas da adoração egípcia (32:4) e com práticas vergonhosas da cultura pagã (32:25). A nossa adoração deve influenciar a cultura ao redor através do evangelismo. A cultura não deve determinar as nossas práticas de adoração.
Pastores sábios e líderes irão encontrar músicas que evitam adorações profanas, mas que falem com todos os aspectos da pessoa, permitindo que a congregação verdadeiramente adore nas canções.
Check-up
As suas músicas de adoração falam com o corpo de uma maneira adequada? Os seus adoradores expressam fisicamente o seu louvor e adoração sem profaná-la com movimentos sensuais?
A música fala com a vontade.
A música frequentemente pede uma resposta da vontade. Paulo ordenou que os colossenses aconselhassem-se uns aos outros com toda a sabedoria e cantassem salmos, hinos e cânticos espirituais (Colossenses 3:16). Aconselhar é corrigir um erro. Uma repreensão pede uma resposta; uma correção pede que a pessoa mude seu comportamento. Paulo esperava que a música causasse mudança. A música pede uma resposta da vontade.
► Busque uma coleção de hinos e canções em seu idioma. Encontre um exemplo de uma música sobre dedicação pessoal e compromisso com Deus.
A música na adoração é importante, visto que ela fala com todo o ser. Por causa disso, a música é valiosa e perigosa. É valiosa, pois pode apresentar a verdade de uma forma poderosa; perigosa pois pode tornar atraente o ensino falso. Warren Wiersbe alertou: “Eu estou convencido de que as congregações aprendem mais teologia (boa ou ruim) com as músicas que cantam do que com os sermões que ouvem …. [Música] pode se tornar uma ferramenta maravilhosa nas mãos do Espírito ou uma arma terrível nas mãos do Adversário. Congregações ingênuas podem passar cantando heresias sem nem perceberem o que está acontecendo.”[3]
A música é poderosa; use-a sabiamente.
Check-up
Pense nas músicas que você cantou nas últimas quatro semanas. Você cantou músicas que falam com todo o ser?
Mencione uma música que ensinou uma doutrina a sua congregação.
Mencione uma música que falou profundamente às emoções da sua congregação.
Mencione uma música que desafiou a sua congregação a um comprometimento mais profundo com Deus.
[1]Razões pelas quais os crentes devem cantar: para incitar a sua devoção a Deus, para fortalecer a sua fé, para inspirar a sua esperança e para aumentar o seu amor a Deus e aos outros.
- Adaptado de John Wesley
[2]Parafraseado de Bob Kauflin, Worship Matters (Wheaton: Crossway Books, 2008), 98
Nós começamos esta lição com uma história de conflito sobre músicas de adoração. Se você é um pastor que enfrenta esse tipo de conflito, perceba que este não é um problema novo! Em todas as gerações, a igreja lutou para determinar a forma de adoração que seria apropriada para o culto. Para muitas igrejas, a música se tornou uma fonte de conflito em vez de uma forma de verdadeira adoração.
A música é central no culto. Em muitas igrejas, metade do culto é música: prelúdio, cânticos congregacionais, músicas especiais, poslúdio e uma música suave durante a oração. Uma vez que música é importante na adoração, conflitos sobre ela tornam-se sérios.
As pessoas têm preferências fortes por estilos de música. Muitos não querem tolerar estilos que não gostam.
O conflito vem de opiniões divergentes sobre a moralidade dos estilos de música. Aqui estão três perspectivas comuns:
1. Algumas pessoas acreditam que certos estilos de música são maus, então escolhem estilos que acreditam ser puros.
2. Alguns acreditam que estilos de música não podem ser bons ou ruins, portanto, todos os estilos são aceitáveis. Essas pessoas normalmente querem usar estilos de música da cultura na adoração.
3. Alguns acreditam que os estilos de música são moralmente neutros, mas existem associações emocionais e culturais que afetam a sua utilização na adoração. Essas pessoas avaliam cada estilo para considerar se irá ajudar na adoração congregacional de uma forma que honra a Deus.
Nesta lição, nós olharemos os princípios bíblicos que abordam a música na nossa adoração.
A Letra da Música de Adoração Deve Claramente Comunicar a Verdade
O foco principal das Escrituras está no conteúdo da letra da música, não no seu estilo.
Independentemente do estilo de música, canções com mensagens falsas (ou sem nenhuma mensagem) são inapropriadas para a adoração. Warren Wiersbe alerta que muitas letras são “vagas e sentimentais, não teológicas.”[1] Um teste para a mensagem da música é: “Um [2]deísta, hindu, ou muçulmano poderia cantar isso sem mudar as palavras?” Se você pode substituir o nome Buda sem mudar a mensagem da canção, ela é inapropriada para a adoração. Se uma música não fala a verdade claramente, nós devemos questionar o seu valor na adoração. As nossas músicas devem expressar a nossa fé. Se não expressam, elas não irão levar os adoradores a Deus.
Veja essa música bíblica:
Louvem o Senhor desde os céus,
louvem-no nas alturas!
Louvem-no todos os seus anjos,
louvem-no todos os seus exércitos celestiais.
Louvem-no sol e lua,
louvem-no todas as estrelas cintilantes.
Louvem-no os mais altos céus e as águas acima do firmamento.
Louvem todos eles o nome do Senhor, pois ordenou, e eles foram criados.
Ele os estabeleceu em seus lugares para todo o sempre … (Salmos 148).
Compare isso a uma música popular recente:
“Está tudo bem dançar quando você dança em nome de Jesus
Está tudo bem dançar quando você dança para o Senhor …”[3]
Qual música proclama a Palavra de Deus? Paulo alertou contra a adoração ininteligível. Ele disse: “Cantarei com o espírito, mas também cantarei com o entendimento” (1 Coríntios 14:15). Quando estudamos as músicas bíblicas, descobrimos que elas ensinam com clareza. A letra da música de adoração deve comunicar a verdade bíblica.
As suas músicas de adoração são verdadeiramente bíblicas? Um novo cristão reconheceria o Deus da Bíblia nas músicas da sua igreja?
Estilos de Música de Adoração Podem Ser Diferentes
Deus é um Deus de infinitas variedades. Ele inspirou quatro registros dos evangelhos no Novo Testamento, não um. Ele falou através da personalidade única de cada escritor. Ele criou milhares de espécies de peixes, não um. Ele criou o olho humano com a habilidade de distinguir entre 8 milhões de cores diferentes. A criação demonstra a glória de Deus em sua variedade e beleza. Ele criou indivíduos únicos, não apenas um tipo de personalidade. Deus mostra uma variedade infinita.
A nossa música deve refletir a criatividade do Deus que adoramos. Em Colossenses 3:16 Paulo lista três tipos de música que deveriam ser usadas na adoração: salmos, hinos e cânticos espirituais (veja também Efésios 5:19). Paulo não deu definições para esses três estilos. Muitos escritores os definiram assim:
Salmos provavelmente se refere ao livro de Salmos.
Hinos provavelmente são músicas compostas pelo homem. Muitos escritores limitam esse termo as músicas cantadas a Deus ou sobre Deus. Isso pode incluir músicas bíblicas, exceto as do livro de Salmos.
Cânticos espirituais são o mais difícil de definir. Alguns escritores os definem como músicas informais; outros consideram que são músicas sobre a vida cristã ou testemunhos pessoais.
Independentemente da definição, esses versículos mostram que a igreja cantava uma variedade de músicas desde os seus primeiros dias.
Warren Wiersbe fala do princípio da autenticidade. Ele escreve: “As expressões de adoração devem ser autênticas, revelando as distinções culturais das pessoas.”[5] A adoração autêntica fala da Palavra viva de Deus na linguagem de cada cultura. Em cada geração, os cristãos escreveram músicas que comunicam o louvor a Deus no estilo musical de sua cultura. Nós não devemos presumir que a música da nossa cultura é a única música autêntica e sagrada. Na verdade - exceto quando o estilo contradiz princípios bíblicos claros - nós devemos permitir que cada cultura e cada geração louvem a Deus na sua linguagem.
Check-up
A música da sua igreja mostra a variedade criativa do nosso Deus?
Nem Todo Estilo É Apropriado Para Todas as Situações
Embora muitas pessoas tenham tentado definir um estilo musical bíblico, a Bíblia não ordena um estilo específico. Depois de estudar a filosofia por trás de cada estilo musical, Francis Schaeffer escreveu: “Deixe-me dizer firmemente que não existe um estilo musical piedoso ….”[6]
Sons musicais não comunicam conteúdos éticos. Um acorde musical não é nem piedoso nem impuro. Isso significa que todos os estilos são apropriados para a adoração? Não. Alguns estilos são tão associados com culturas pecaminosas que não comunicarão uma mensagem piedosa na adoração.
Músicos e missionários entenderam a mesma coisa: as pessoas respondem aos sons musicais de formas diferentes. Se duas pessoas estão ouvindo a mesma música, uma pode começar a chorar pela forma que foi afetada pela música. A outra talvez não sinta nada em relação à música.[7]
O teste final da música de adoração não pode ser: “Eu gosto dela?” ou “Ela me inspira?” O teste é a glória de Deus. Isso significa que nós devemos avaliar quais estilos musicais comunicam dentro do nosso contexto cultural. Devemos perguntar: “No meu contexto cultural, esse estilo musical glorifica a Deus?”
Mesmo que tudo seja lícito, nem tudo edifica (1 Coríntios 10:23). Se um dos objetivos da música de adoração é edificar os crentes, o estilo que usamos não deve impedir esse propósito. A mesma música pode ajudar na adoração de uma cultura, e ser um obstáculo em outra. O líder de louvor cuidadoso irá escolher canções apropriadas para os seus liderados.
Como determinamos se um estilo musical específico é apropriado? Como líder, você é responsável por ajudar as pessoas a resolverem essa questão no seu ambiente cultural. O que é apropriado em uma cultura pode não ser apropriado em outra. Tendo em vista as conotações religiosas de um estilo específico, ou um estilo se tornou associado a práticas pecaminosas da cultura, ele pode não ser apropriado para a adoração. Você deve avaliar a música em termos de adequação a sua situação.
Paulo nos manda colocar tudo à prova e ficar com o que é bom (1 Tessalonicenses 5:21). Nós não devemos aceitar nada sem colocar à prova; isso inclui a música que cantamos.
Check-up
Você canta canções inapropriadas no seu ambiente cultural? A música comunica um estilo sensual ou mundano na sua cultura? A mensagem do estilo musical contradiz a mensagem da letra?
Deve Haver Equilíbrio na Música de Adoração
O livro de Salmos mostra que Deus valoriza a variedade na adoração. O livro de Salmos contêm louvores, lamentos, clamores por ajuda e ações de graça por livramentos. Salmos fala das necessidades de adoração de todos os adoradores.
Uma marca de maturidade na igreja é a diversidade (1 Coríntios 12:4-6). O corpo de Cristo inclui diferentes culturas, diferentes línguas, diferentes personalidades e diferentes dons. A nossa adoração, incluindo a nossa música, deve falar com todos os membros do corpo de Cristo. Na verdade, a nossa adoração deve falar além da igreja e levar o evangelho aos incrédulos. As canções na Bíblia falam com três audiências.[8]
A música deve proclamar louvores a Deus: “Cantando e louvando de coração ao Senhor” (Efésios 5:19).
► Leia Salmos 91.
Salmos 91 mostra que louvamos ao Senhor. A música deve expressar louvor a Deus. Desde o cântico de louvor em Êxodo 15 até os cânticos celestiais em Apocalipse, as músicas bíblicas louvam a Deus pela Sua grandeza. O tema principal da música na Bíblia é o louvor. Salmos de lamento, pedido, ou louvor são frequentemente endereçados a Deus.
Cante o livro de Salmos e você cantará:
“Eu clamei ao Senhor …”
“Responda-me quando chamo, ó Deus da minha justiça!”
“Eu darei graças ao Senhor com todo o meu coração.”
“Cantarei ao Senhor.”
“Eu te amo, ó Senhor.”
A música deve proclamar a verdade à igreja: “Ensinem e aconselhem-se uns aos outros” (Colossenses 3:16).
Muitos líderes de louvor disseram: “Nós não devemos cantar para outras audiências; cantamos apenas para Deus.” No entanto, muitos salmos cantam para Israel. Embora seja verdade que muitas canções bíblicas falam com Deus, também é verdade que muitas falam com a congregação.
Efésios 5:19 instrui os crentes a falarem uns com os outros em salmos, hinos e cânticos espirituais. Colossenses 3:16 é mais específico em relação ao propósito do nosso canto: “Habite ricamente em vocês a palavra de Cristo; ensinem e aconselhem-se uns aos outros com toda a sabedoria, e cantem salmos, hinos e cânticos espirituais com gratidão a Deus em seus corações.”
Paulo mostra que a palavra de Cristo é proclamada através dos cânticos da igreja. Quando cantamos, falamos a verdade de Deus aos outros adoradores. Através da música, a igreja ensina entre si; através da música, os crentes são edificados assim como o corpo de Cristo.
A música deve proclamar o evangelho ao mundo: “Anunciem a sua glória entre as nações …” (Salmos 96:3).
O salmista nos chamou a cantar como um testemunho para as nações:
Cantem ao Senhor um novo cântico; cantem ao Senhor, todos os habitantes da terra! Cantem ao Senhor, bendigam o seu nome; cada dia proclamem a sua salvação! Anunciem a sua glória entre as nações, seus feitos maravilhosos entre todos os povos! (Salmos 96:1-3).
► Leia 1 Reis 8:41-43.
Quando Deus é louvado, o evangelho é proclamado às nações. Na dedicação do templo, Salomão orou para que até mesmo os estrangeiros adorassem no templo; ele orou para que o nome do Senhor fosse conhecido por todos os povos da terra. Quando adoramos, o evangelho é proclamado a um mundo que nos observa.
A nossa música de adoração deve falar com Deus e sobre Deus; a nossa música de adoração deve falar com a igreja; a nossa música de adoração deve proclamar o evangelho ao mundo.
Quando nos esquecemos de uma dessas audiências, a nossa adoração falha e não alcança o propósito pleno de Deus para a igreja. Quando esquecemos que Deus é a audiência máxima da adoração, a nossa adoração falha ao não falar primeiramente com Deus. Quando esquecemos que a igreja é uma audiência da adoração, falhamos ao não ensinar e aconselhar uns aos outros na adoração. Quando esquecemos que a adoração deve proclamar o evangelho ao mundo, falhamos ao não evangelizarmos e não cumprirmos a Grande Comissão.
Check-up
Nas suas canções, você fala com Deus, com a igreja e com os incrédulos? Nem todas as canções falam com cada um deles, mas ao longo do culto, nós devemos falar com cada audiência.
Colocando em Prática
Nós vimos por que a música é importante na adoração. Nós examinamos os princípios bíblicos da música na adoração. Nós terminaremos esta lição vendo ideias práticas de músicas na adoração. Você pode adaptá-las para o ambiente da sua congregação e igreja.
Em resposta aos princípios listados acima, um aluno perguntou: “Se os estilos de música de adoração diferem e se os estilos musicais não são por si só bons ou ruins, existe alguma orientação que pode nos ajudar a escolher as músicas para a nossa igreja?”
Sim, existem orientações práticas que podem nos ajudar. Você deve determinar a maneira de aplicá-las na sua situação particular, mas alguns princípios básicos devem guiar as nossas decisões sobre música na igreja.
A Música Mais Importante da Igreja São os Cânticos Congregacionais
Uma vez que a música da igreja expressa a unidade da igreja e o sacerdócio dos crentes, a nossa música mais importante é a cantada pela congregação. Embora os corais, solistas, equipes de louvor, grupos instrumentais e outras músicas especiais sejam valiosas, a música congregacional é a mais importante na adoração cristã. Existem algums passos práticos que podemos tomar para desenvolver canções congregacionais.
Lembre-se:
1. O acompanhamento não deve ser tão elaborado ou alto a ponto de atrair a atenção da canção em si. No Novo Testamento, o canto é a música principal da igreja. Organistas, pianistas, guitarristas, bateristas — nós não somos a música principal da igreja: deixe a igreja cantar!
2. Algumas músicas soam melhor sem instrmentos. Algumas vezes, canções de oração podem ser melhor expressas de forma mais calma e sem instrumentos. Isso permite que congregação foque na mensagem da letra sem distrações.
3. A música não deve ser muito difícil ou nova, de modo que a congregação não consiga participar. Músicas novas são boas, mas nós devemos dar tempo à congregação para aprender bem a música antes de adicionar novas. Uma “dieta” constante de novas músicas se torna demasiada, até que não consigamos absorver a mensagem. Uma boa abordagem é adicionar novas, mas manter aquelas que são conhecidas.
4. Os pastores devem cantar com a congregação. Se o canto congregacional é adoração, você deve adorar. Quando o pastor faz outras coisas durante os cânticos, suas ações dizem: “Apenas o meu sermão é importante no culto.” Os pastores devem ser modelos de adoração para o resto da congregação.
A Música Deve Servir a Letra
Uma vez que a música de adoração deve proclamar louvores a Deus, falar a verdade para a congregação e proclamar o evangelho ao mundo, a letra é o elemento mais importante. Independentemente do estilo da música, se ele impedir a comunicação da letra, nós não estaremos falando uns aos outros com salmos, hinos e cânticos espirituais.
Isso não significa que a parte instrumental não é importante. Os instrumentos podem nos ajudar a concentrar nossas mentes, emoções e vontades na adoração. A parte instrumental pode ser valiosa na adoração, mas nos cânticos congregacionais o foco principal é a letra.
O líder deve ajudar a congregação a focar no significado da letra.
Os líderes podem tornar a letra ainda mais significante pela forma que lideram o louvor. Dois exemplos irão mostrar como o líder influencia a mensagem da canção.
André não pensa com cuidado sobre a mensagem dos cânticos congregacionais. Semana passada, ele conduziu duas canções sobre a Trindade. Os versos da primeira canção focam em coisas diferentes: o verso 1 é uma oração ao Pai; o verso 2 é uma oração ao Filho; o verso 3 é uma oração ao Espírito Santo; e o verso 4 é uma oração à Trindade.
Antes de cantarem, André disse: “Nós vamos cantar os versos 1, 2 e 4.”
O que há de errado em deixar de lado o verso 3? Essa é uma canção sobre a Trindade; a mensagem é enfraquecida se você retira um verso.
Na segunda canção, cada um dos três versos adora e louva uma pessoa específica da Trindade. André disse: “Vamos cantar dois versos.” De novo, André esqueceu que uma música sobre a Trindade deve incluir todas as três pessoas. Deixar de lado versos de um hino sem considerar a letra prejudica a adoração congregacional.
Sérgio sabe que o canto congregacional é importante na adoração. No domingo, ele conduziu a igreja em um hino desconhecido. Ele começou dizendo: “Essa canção é nova para nós. Veja o salmo 150, o salmo no qual o hino se baseia.” Com poucas palavras, Sérgio ajudou a congregação a focar no significado da música nova.
Mais tarde no culto, Sérgio conduziu uma canção que descreve a grandeza de Deus como rei. Antes de cantarem, Sérgio leu 1 Timóteo 1:17: “Ao Rei eterno, ao Deus único, imortal e invisível, sejam honra e glória para todo o sempre. Amém.” Uma música que a congregação já cantou muitas vezes foi feita nova quando os adoradores leram o versículo que a inspirou. Conectar o hino ao seu fundamento bíblico encoraja a adoração congregacional.
► Busque uma coleção de hinos e canções em seu idioma. Escolha uma música e uma passagem bíblica que pode introduzi-la.
Se você usa um projetor, a pessoa responsável pela projeção é parte da liderança de adoração.
As palavras na tela podem ajudar os adoradores a focarem na letra ou podem distraí-los. O responsável pela projeção deve ser cuidadoso em seu trabalho. Aqui estão alguns problemas a se evitar:
Palavras mal escritas;
Texto com pontuações incorretas;
Dividir as linhas da letra no meio das frases em vez de entre as frases;
Colocar os slides na sequência errada;
Não mudar os slides na hora certa.
Todos esses problemas distraem na adoração. Quando há erros, as pessoas ficam pensando neles, em vez de focarem na adoração. A aparência das palavras na tela afeta o canto da congregação.
Na música de adoração, a música serve a letra. Visto que isso é verdade, os líderes de adoração devem ajudar a congregação a cantar entendendo o significado. Nada disso cria adoração; a adoração vem do coração. No entanto, eliminar as distrações encoraja os adoradores a focarem no alvo verdadeiro da adoração: Deus.
[1]Warren Wiersbe, Real Worship (Grand Rapids: Baker Books, 2000), 137
“Se alguém cresceu cantando nossas músicas por vinte anos, quão bem ele conhece a Deus? Ele saberia que Deus é santo, sábio, onipotente e soberano? Ele entenderia a glória e a centralidade do evangelho?”
[4]Adapted from Constance M. Cherry, The Worship Architect. (Grand Rapids: Baker Academic, 2010), 202-203.
[5]Warren Wiersbe, Real Worship (Grand Rapids: Baker Books, 2000), 139
[6]Francis Schaeffer, A Arte e a Bíblia (Editora Ultimato, 2009).
[7]Gerardo Marti, Worship across the Racial Divide: Religious Music and the Multiracial Congregation. (England: Oxford University Press, 2012)
[8]Isso foi adaptado de Herbert Bateman, editor. Authentic Worship (Grand Rapids: Kregel Publications, 2002), 150-155.
Passos Práticos Para Aprimorar o Cântico Congregacional
1. Ensinar a importância de adorar na música. Assim como os cristãos devem ser ensinados sobre a importância da oração e das outras disciplinas espirituais, eles devem aprender a forma na qual Deus quer que eles cantem.
2. Garanta que a congregação saiba por qual razão está cantando a música. Se é uma oração, lembre-os disso. Se é uma canção sobre comprometimento, destaque isso. Se ela reflete a mensagem pregada, deixe isso claro. As pessoas cantarão com mais entusiasmo se souberem o porquê de estarem cantando a música.
3. Escolha músicas congregacionais no lugar de músicas de performance. Músicas congregacionais tendem a ter melodias fáceis de lembrar e de cantar. Se você quer que todos cantem, pense: “As crianças podem cantar essa música enquanto estão indo para casa?”
4. Diminua o volume do acompanhamento musical. Não permita que guitarras, órgão, bateria, ou o coral abafe o som da congregação. O som mais alto no ambiente deve ser a voz da congregação.
5. Procure equilibrar músicas novas e músicas antigas.
6. Use músicas que abragem o máximo da experiência cristã. Se todas as músicas forem alegres, você não falará aos membros que estão sofrendo. Como os salmos, nossos hinos devem ter palavras para os cristãos felizes, cristãos tristes, cristãos tentados e cristãos em sofrimento.
7. O pastor e os líderes da igreja devem ser modelos de entusiastas da música, mesmo se pensam que não cantam bem. Cantar desafinado é melhor do que não cantar. O pastor que fica revisando o esboço do sermão durante o louvor está dizendo: “Cantar na adoração não é muito importante.”
8. Lembre a congregação que eles são o instrumento principal na adoração coletiva. Se as pessoas não cantam com entusiasmo, a música congregacional não cumpre seu propósito. A congregação deve ser ensinada sobre o privilégio e responsabilidade de cantar como um ato de adoração.
Conclusão: Testemunho da Glória
Deus fala através das músicas de adoração? Veja o testemunho de um pastor de Taiwan.
Quando a Glória entrou em nossa igreja, ela nunca tinha ouvido o evangelho até então. Ela não estava buscando um sermão; ela não estava interessada em se tornar cristã. Glória não estava buscando a Deus, mas Deus estava buscando Glória!
Glória visitou a nossa igreja para aprimorar o seu inglês. Ela ouviu que a nossa igreja oferecia aulas de inglês gratuitas, então ela veio para aprender inglês. Na sua primeira visita, Glória chegou atrasada. Quando entrou no templo, a igreja estava cantando um coro simples baseado em Salmos 42:1: “Como a corça anseia por águas correntes, a minha alma anseia por ti, ó Deus.”
Um ano depois no seu batismo, Glória deu este testemunho:
“Eu não lembro de nada do culto, a não ser a música que estavam cantando quando eu sentei. Enquanto eu ouvia a canção, comecei a chorar. Por 30 anos, eu tive sede de Deus como a corça tem sede de água, mas eu nunca soube pelo o quê eu tinha sede. Eu tentei na educação; eu tentei no dinheiro; eu tentei no entretenimento; eu tentei tudo – e eu ainda estava vazia. Decidi tentar na língua inglesa, então fui a sua igreja.
“No lugar do inglês, eu encontrei a água que precisava. Quando estava sentada no culto, chorei até perceber que Deus é a plenitude do desejo do meu coração. Ele é quem realmente dá alegria. Naquele dia, eu determinei que daria meu coração a Deus. Hoje, Ele é o amor da minha vida.”
(1) A música é importante na nossa adoração porque:
Ela era importante na adoração na Bíblia.
Ela expressa o princípio teológico do sacerdócio do crente.
Ela expressa o princípio teológico da unidade da igreja.
(2) A música:
Fala com a mente, então a mensagem que cantamos deve ser verdadeira.
Fala com o coração e toca nas emoções.
Fala com o corpo e não deve ser moldada por práticas profanas.
Fala com a vontade e pede uma resposta.
Fala com todo o ser. Isso a torna valiosa quando ensina a verdade, e perigosa quando ensina heresias.
(3) Os princípios bíblicos da música de adoração incluem:
A letra da música de adoração deve comunicar a verdade claramente.
Os estilos de músicas de adoração podem diferir. Paulo faz referência aos salmos, hinos e cânticos espirituais. Desde os seus primeiros dias, a igreja cantava uma variedade de músicas.
Nem todos os estilos são apropriados para todas as situações. Nós devemos perguntar: “No meu contexto cultural, esse estilo de música glorifica a Deus?”
(4) A música deve falar com três audiências:
A música deve proclamar louvores a Deus.
A música deve proclamar a verdade para a igreja.
A música deve proclamar o evangelho ao mundo.
(5) Princípios para a música da igreja incluem:
A música mais importante da igreja é o canto congregacional.
A música deve servir a letra.
Tarefas da Lição 6
(1) Para apreciar a variedade de músicas disponíveis para adoração, faça uma lista de 4 ou mais músicas que abordam cada tópico a seguir. A sua lista será usada em um planejamento de culto em uma lição posterior. Procure músicas que falam com a mente, coração e vontade.
4 canções sobre a natureza de Deus;
4 canções sobre Jesus, Sua morte e ressurreição;
4 canções sobre o Espírito Santo e a igreja;
4 canções que chamam o povo de Deus a uma vida rendida e santa;
4 canções para evangelismo e missões.
Se você está estudando em grupo, compartilhe a lista e discuta: “Quantas dessas canções nós cantamos no ano passado? Nós estamos proclamando o evangelho completo nas nossas músicas?”
(2) No começo da próxima lição, você fará um teste baseado nesta lição. Estude as perguntas do teste como preparação.
Teste da Lição 6
(1) Liste três músicas da Bíblia.
(2) Liste dois princípios teológicos que devem ser demonstrados na nossa música de adoração.
(3) Liste quatro razões práticas para haver música na adoração.
(4) Liste quatro princípios que devem guiar a nossa escolha de músicas para adoração.
(5) Quais são os três tipos de música listados por Paulo em Colossenses 3:16?
(6) Qual é o teste final para as nossas músicas de adoração?
(7) Baseado nos cânticos na Bíblia, liste três formas pelas quais a música deve falar com as diferentes audiências.
(8) O que Colossenses 3:16 ensina sobre o propósito da música de adoração?
(9) Escreva o texto de Colossenses 3:15-17 de memória.
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