No mesmo ano, uma nação africana aparece em duas listas: “Maior população cristã na África” e “Nação mais corrupta na África.”
O pastor de uma das maiores igrejas na Ásia é condenado por roubar milhões de dólares.
O líder de uma grande igreja americana renuncia depois de confessar sua infidelidade matrimonial.
O que há de errado? Há muitos fatores nessas situações, mas uma coisa é comum a todas: o culto de domingo não afetou a vida de segunda-feira. O domingo é considerado o dia da “adoração” – emoção e entusiasmo. Segunda-feira é considerado o dia da “vida real”– práticas antiéticas nos negócios e autogratificação. Para muitas pessoas, as atividades do culto não resultam em mudança de vida.
► Discuta como a adoração afeta a sua vida diária. Como a sua empresa opera de forma diferente por causa da sua adoração? De que forma os seus relacionamentos familiares são diferentes por causa da sua adoração? Sua moral? Suas políticas? Suas práticas financeiras? Você está vivendo um estilo de vida de adoração?
Adoração: Mais que Domingo
O problema descrito na introdução desta lição não é novo. Amós falou com o povo que levava sacrifícios e observava os rituais do templo, mas que não vivia piedosamente (Amós 5:21-24). Jeremias pregou ao povo que falava “o templo, o templo”, mas que não conhecia a realidade da presença de Deus (Jeremias 7:4). Jesus descreveu aqueles que observavam todos os detalhes da lei, que davam dízimo dos menores itens e que eram fiéis na oração, na observância do sábado e em outros ritos, mas cujo coração era impuro (Mateus 23:23). Essas pessoas diziam ser adoradores, mas a sua adoração era falsa. A verdadeira adoração afeta toda a vida.
[1]Paulo escreveu aos crentes que enfrentavam a questão da carne oferecida aos ídolos. Depois de abordar esse problema, Paulo concluiu: “Assim, quer vocês comam, bebam ou façam qualquer outra coisa, façam tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10:31). Embora Paulo estivesse abordando a questão da carne oferecida aos ídolos, o princípio se aplica em todas as áreas da vida. Se nós verdadeiramente adoramos, a nossa vida diária será vivida para a glória de Deus.
Uma definição de adoração é: “…a resposta de tudo o que somos a tudo o que Deus é.”[2] Essa definição mostra que a adoração irá envolver todos os aspectos da vida. Existem dois princípios que devem estar equilibrados para se definir o que é adoração.
Adoração Coletiva: Culto no Domingo
A adoração coletiva se refere ao encontro do corpo de Cristo. Essa reunião pode ocorrer em um templo, em uma casa, ou em outro ambiente. O lugar não é importante, mas um momento separado para a adoração coletiva é importante. Os cristãos recebem o privilégio e a responsabilidade de se unirem para a adoração coletiva (Hebreus 10:25).
Adoração Como Um Estilo de Vida: Adoração em Toda a Vida
Se você tivesse perguntado a Adão e a Eva no Jardim do Éden, “Quando vocês adoram?”, eles responderiam: “Nós adoramos constantemente. Nossa vida inteira é adoração.” Isso é a adoração como estilo de vida.
Adoração é algo feito conjuntamente pelos crentes no culto, e também é uma vida vivida para a glória de Deus. Irineu de Lyon, bispo do segundo século, disse: “A glória de Deus é um ser humano completamente vivo.” Isso não é o humanismo antropocentrista; é o reconhecimento de que Deus está no centro e o propósito principal do homem é viver para a glória de Deus. Essa é a verdadeira adoração.
Como cristãos, nós damos todos os aspectos da vida — mesmo os detalhes ordinários — a Deus. A adoração não está limitada ao domingo. Nosso trabalho, lazer e tarefas comuns [3]são feitas para a glória de Deus. Romanos 12:1 mostra que a adoração envolve o oferecer do nosso corpo como sacrifício vivo; este é o culto racional. A visão bíblica de adoração não pode ser limitada a um encontro semanal, mas é dar toda a nossa vida a Deus.
A visão bíblica de adoração inclui o culto coletivo e a vida diária. Ambos os aspectos são importantes. Se esquecermos que a adoração envolve a vida diária, poderemos ir aos cultos sem ver qualquer efeito no resto da nossa vida. Isso nos leva a participarmos do culto e, ainda sim, não vivermos em obediência diária a Deus.
No entanto, se nós apenas enfatizarmos que “adoração é toda a vida”, esqueceremos da importância de separar um tempo regularmente para focarmos na adoração. Participar coletivamente na adoração nos lembra da mordomia da vida a Deus.
Esse princípio da mordomia é visto no princípio do dízimo e do sábado. A mordomia cristã significa que todo o nosso dinheiro pertence a Deus; nossa crença nisso é vista no dízimo. A visão cristã sobre o tempo significa que toda a vida pertence a Deus; nós demonstramos isso ao devotarmos um dia da semana para adorar e descansar. Da mesma forma, todos os aspectos da nossa vida são parte da adoração, portanto, demonstramos isso ao nos unirmos no culto com os companheiros crentes.
Bob Kauflin mostrou a relação entre a adoração coletiva e a adoração como estilo de vida:
Domingo pode ser o ponto alto da nossa semana, mas não é o único ponto. Durante a semana, nós vivemos vidas de adoração quando amamos a nossa família, resistimos à tentação, falamos com coragem pelos oprimidos, nos levantamos contra o mal e proclamamos o evangelho. Em todas essas coisas nós somos a igreja que adora por todo o mundo.
Porém, nós cansamos nas nossas batalhas contra o mundo, a carne e o diabo, e precisamos ser fortalecidos e encorajados pela Palavra de Deus e pelo cuidado dos outros santos. Nós queremos ter comunhão com aqueles que Deus uniu através de sangue de Seu Filho. Por isso, nós nos reunimos para nos tornarmos a igreja adoradora unida.[4]
[1]“O líder deve ser uma pessoa que é modelo de adoração em todas as áreas da vida; que busca a Deus com tudo; que conduz a igreja em um estilo de vida de adoração
abrangente.”
- Adaptado de Stephen Miller
[2]Warren Wiersbe, Real Worship. (Grand Rapids: Baker Books, 2000), 21
[3]“A oferta de nossa vida ao serviço de Deus a cada dia é o nosso chamado perpétuo. O culto do domingo de manhã é a continuação desse chamado.”
Nós fomos criados para adorar. Todos nós adoramos algo ou alguém. Nós adoramos aquilo que mais valorizamos. A adoração diz: “Isso é o que tem o primeiro lugar na minha vida.”
Muitas pessoas adoram o dinheiro, trabalhos, status, relacionamentos, ou prazer. Essas coisas tomam o primeiro lugar na sua vida. Como você sabe a quem está adorando? Olhe para a sua vida. O que toma a maior parte da sua energia, do seu tempo, do seu dinheiro? Isso é o que você decidiu que seria o mais valioso; é isso que você adora.[2]
Apenas Deus é digno de adoração; todo o resto é secundário. Um estilo de vida de adoração coloca Deus em primeiro lugar em tudo. Os verdadeiros adoradores colocaram Deus no trono de sua vida; Ele é o mais valioso. Isso significa que, para os verdadeiros adoradores, todas as partes da vida são vividas para a glória de Deus.
A Verdadeira Adoração Muda os Nossos Valores
Em Isaías 6, nós vemos que a verdadeira adoração é transformadora. Ela não apenas mostra os nossos valores, mas os mudam.
A adoração, a Deus ou aos ídolos, muda quem somos. Salmos 115:8 mostra que adorar aos ídolos nos muda para pior: “Tornem-se como eles aqueles que os fazem e todos os que neles confiam.” Aqueles que adoram a ídolos se tornam como eles. Aqueles que adoram o dinheiro se tornam cada vez mais gananciosos; aqueles que adoram o prazer se tornam cada vez mais escravos dele; aqueles que adoram a fama se tornam cada vez mais egocêntricos. Nós nos tornamos aquilo que adoramos.
[3]Da mesma forma, aqueles que adoram a Deus se tornam cada dia mais como Ele. “E todos nós, que com a face descoberta contemplamos a glória do Senhor, segundo a sua imagem estamos sendo transformados com glória cada vez maior, a qual vem do Senhor, que é o Espírito” (2 Coríntios 3:18). Na adoração nós somos transformados segundo a Sua imagem.
Quando adoramos, nossos valores mudam. Como adoradores, devemos perguntar: “A adoração está transformando a minha vida?”
Viver Para a Glória de Deus Envolve Tudo da Vida
Adoração como um estilo de vida significa que toda a vida é vivida para a glória de Deus. Muitos cristãos dividem a vida em duas esferas desconexas: o sagrado (domingo) e o secular (segunda–sábado). Eles vivem como “cristãos de domingo.” Eles vão à igreja e professam a fé cristã, mas o culto de domingo não tem impacto na ética dos negócios da segunda-feira, na vida familiar da quarta-feira, ou no lazer do sábado.
A palavra secular se refere à vida neste mundo. O cristão é chamado a viver a vida secular para a glória de Deus. O cristão é chamado a viver na segunda-feira de uma forma que mostre o impacto do culto de domingo. No fim do culto, devemos perguntar: “O que eu farei amanhã para colocar em prática o culto de hoje?” Essa é a vida vivida para a glória de Deus.
Como Seria a Vida Vivida Para a Glória de Deus?
Viver para a glória de Deus significa que a vida inteira é controlada por uma paixão a Deus. Isso significa amar a Deus ao ponto de que o nosso prazer é o que agrada a Ele. Uma pessoa disse que amar alguém significa se preocupar com esse alguém. “Você está apaixonado pela pessoa (ou coisa) em quem pensa quando não está pensando em outra coisa.”
Da mesma forma, Louie Giglio sugere que “nós sabemos o que é supremo na nossa alma através daquilo que sai da nossa boca.”[4] Nós falamos sobre aquilo que é mais valioso para nós.
Isso pode parecer muito simplista, mas considere. A pessoa que ama dinheiro fala sobre o quê? Dinheiro. Ela glorifica o dinheiro. O fanático por esportes fala sobre o quê? Esportes. Ele glorifica o seu time favorito.
Isso significa que o cristão deve falar sobre a Bíblia em todas as situações? Não; isso simplesmente significa que tudo o que falamos irá glorificar a Deus. Quando estamos tomando uma decisão na empresa, tavez não diremos aos colegas, “Essa decisão deve glorificar a Deus”, mas a glória de Deus irá afetar a nossa decisão. Quando precisamos disciplinar um filho, talvez não começaremos a conversa dizendo, “Filho, eu quero que essa palmada glorifique a Deus”, mas nos perguntaremos: “Essa disciplina agrada a Deus ou eu só estou aliviando a minha raiva? É assim que o meu Pai celestial iria me disciplinar?”
Como cristãos, nós tomamos todas as decisões à luz da glória de Deus. Adoração como um estilo de vida significa que Deus e a Sua glória estão no centro de tudo o que fazemos.
Em uma lição anterior, vimos que, longe da graça, o culto se torna legalista, onde nos perguntamos: “De que forma podemos adorar para receber o favor de Deus?” Da mesma forma, longe da graça, um estilo de vida de adoração se torna um fardo legalista, onde nos perguntamos: “E se esta decisão não é a melhor maneira de glorificar a Deus? Se eu errar, Deus ficará bravo?”
Em contraste à adoração legalista, a adoração à luz da graça de Deus se torna um privilégio maravilhoso. O culto de adoração à luz da graça de Deus é uma oportunidade de celebrar quem Deus é e o que Ele fez. Da mesma forma, um estilo de vida de adoração (quando vivido à luz da graça) é uma oportunidade de glorificar a Ele diariamente.
A decisão da empresa na segunda-feira não é um esforço triste para obedecer à lei de Deus; é uma oportunidade alegre de glorificar ao Senhor com a ética consistente com o Seu caráter. Disciplinar um filho não é um esforço triste para evitar desagradar a Deus, mas é uma oportunidade alegre de modelar o caráter amoroso de Deus no seu filho. A graça transforma a vida de adoração.
[1]“Todos têm um altar, e cada altar tem um trono. Então, como você sabe a quem está adorando? É fácil: siga a trilha do seu tempo, da sua afeição, da sua energia, do seu dinheiro e da sua aliança. No fim da trilha você encontrará um trono, e o que, ou quem, estiver no trono é o que você mais valoriza. Nesse trono está o que você adora.”
- Louie Giglio
[2]Adaptado de Louie Giglio, The Air I Breathe: Worship as a Way of Life. (Sisters, OR: Multnomah Publishers, 2003).
[4]Louie Giglio, “Psalm 16” in Matt Redman and Friends, Inside, Out Worship (Ventura: Regal Books, 2005), 78
Um Estilo de Vida de Adoração: Um Modelo Bíblico
Em Romanos 12:1, o cristão é chamado a se oferecer como sacrifício vivo, santo e agradável a Deus. Este é o nosso culto racional. Romanos 12:2 mostra como esse sacrifício será oferecido. Esse texto é particularmente importante para o nosso entendimento sobre a adoração como um estilo de vida.
Depois de 11 capítulos em que Paulo estabelece a fundação teológica para a vida cristã, ele parte para a aplicação. Uma vez que fomos justificados pela graça (Romanos 1-11), devemos viver de uma certa forma (Romanos 12-16). Esses capítulos dão um modelo para a vida de adoração.
O Aspecto Negativo do Estilo de Vida de Adoração
Paulo começa com uma ordem na negativa: “Não se amoldem ao padrão deste mundo.” Não devemos viver conformados com este mundo. Não podemos nos render a este mundo e ao reino celestial; não podemos adorar a Deus e ao espírito desta era.
J.B. Philips traduziu a instrução de Paulo: “Não permita que o mundo ao se redor o esprema em seu molde.” Quando o barro é colocado em um molde, logo ele fica no formato do molde. O mundo quer espremer os cristãos em seu molde. O mundo quer nos forçar a nos adaptarmos às suas demandas, mas devemos viver uma vida de adoração, rejeitando a influência deste mundo.
Essa tentação é particulamente perigosa, porque nós podemos nos adaptar sem percebermos o molde. O peixe vivendo na água não pensa: “Isso é água.” Aquilo é simplesmente o mundo onde ele vive. A minhoca rastejando na terra não pensa: “Isso é terra.” Aquilo é simplesmente o mundo onde ela vive. Se não for cuidadoso, o cristão vivendo em um mundo caído não pensará: “Isso é um mundo caído.” Aquilo simplesmente será o mundo onde ele vive.
Essa é uma razão pela qual o culto é importante. O escritor de Hebreus avisou que nós não devemos negligenciar a necessidade de nos encontrarmos. Por quê? Porque é assim que cumpriremos estes outros mandamentos:
“Aproximemo-nos de Deus com um coração sincero e com plena convicção de fé…” (Hebreus 10:22)
“Apeguemo-nos com firmeza à esperança que professamos…” (Hebreus 10:23)
“E consideremo-nos uns aos outros para incentivar-nos ao amor e às boas obras” (Hebreus 10:24)
Na adoração, somos lembrados que não somos deste mundo. Na Babilônia, longe do Templo, sem poder participar do culto do seu povo, Daniel orava três vezes no dia perto de sua janela em direção a Jerusalém (Daniel 6:10). A adoração fortaleceu Daniel para que não se amoldasse ao mundo da Babilônia. Enquanto olhava para Jerusalém, Daniel lembrava: “Eu não sou um cidadão da Babilônia; eu sou um cidadão de Jerusalém. Eu não adoro a Marduque; eu sirvo a Jeová.”[1]
Um estilo de vida de adoração significa que nós nos recusamos a sermos esprimidos no molde deste mundo. Isso vai além de apenas resistir à tentação. Isso vai além de observar um conjunto de regras. Isso vai além de ter um estilo de vestimenta específico, um código de conduta, ou uma cultura religiosa. Isso é uma maneira completa de viver e pensar. Isso significa avaliar tudo nos termos do reino de Deus.
Como cristãos, nunca nos encaixaremos de forma confortável na cultura ao redor. Depois de uma aula na China sobre o Sermão da Montanha, um aluno disse: “Na China, é difícil viver como Jesus ensinou.” O professor respondeu: “Não se surpreenda. Nos Estados Unidos também é difícil viver como Jesus ensinou.” Em qualquer cultura, o estilo de vida de adoração irá ter conflitos com o espírito deste mundo.
O Aspecto Positivo do Estilo de Vida de Adoração
Depois da ordem na negativa, Romanos 12 continua com uma instrução positiva: “…mas transformem-se pela renovação da sua mente.”
O oposto de se conformar com este mundo não é apenas ser diferente ou afirmar a sua própria identidade. O oposto de se conformar com este mundo é ser transformado e entender a vontade de Deus. Alguns cristãos vivem uma vida diferente de sua cultura, mas não foram transformados para a vontade de Deus. Em vez disso, apenas substituíram a visão política, a visão social, ou o vestuário da cultura mundana; mas não foram transformados pela renovação da mente.
J.B. Phillips traduziu: “Não permita que o mundo ao se redor o esprema em seu molde” (o negativo), “mas deixe Deus o refazer para que toda a atitude da sua mente mude” (o positivo). O resto do livro de Romanos mostra como é uma mente renovada.
Romanos 12: o crente transformado usa os seus dons espirituais para servir os outros.
Romanos 13: o crente transformado respeita a autoridade civil.
Romanos 14: o crente transformado respeita as convicções dos outros companheiros crentes.
Um estilo de vida de adoração é mais do que um comportamento; a adoração transforma toda a nossa forma de pensar. Considere o impacto de uma vida de adoração:
Como seria o continente africano se os empresários e políticos cristãos fossem transformados nas suas atitudes em relação ao dinheiro e ao poder?
Como seriam as igrejas asiáticas se os líderes se vissem como mordomos do dinheiro de Deus?
Como seriam os casamentos nos Estados Unidos se os cristãos vissem a infidelidade através dos olhos de Deus, não através dos olhos de Hollywood?
Um estilo de vida de adoração transforma a mente do crente; uma mente transformada será vista em uma vida transformada; vidas transformadas irão transformar a sociedade. Um estilo de vida de adoração irá, então, transformar o nosso mundo.
[1]Parafraseado de Tim Keep, Bible Methodist Missions. Sermão dado na Hobe Sound Bible College, novembro 2013.
Perigos na Adoração: Adoração Sem Obediência
Os profetas alertaram sobre a adoração sem obediência. O povo do tempo de Jeremias acreditava que o templo o protegeria da Babilônia. Jeremias respondeu: “Não confiem nas palavras enganosas dos que dizem: ‘Este é o templo do Senhor, o templo do Senhor, o templo do Senhor!’” (Jeremias 7:4). Em vez disso,
Se vocês realmente corrigirem a sua conduta e as suas ações;
Se, de fato, tratarem uns aos outros com justiça;
Se não oprimirem o estrangeiro, o órfão e a viúva e não derramarem sangue inocente neste lugar, e, se vocês não seguirem outros deuses para a sua própria ruína,
Então eu os farei habitar neste lugar, na terra que dei aos seus antepassados desde a antiguidade e para sempre (Jeremias 7:5-7).
O povo de Israel acreditava que eles poderiam substituir a obediência pelos rituais. Os profetas pregaram que o ritual sem a obediência não vale nada.
Em algumas tradições, a obediência é substituída pelos ritos litúrgicos. Os elementos da adoração estão presentes. As músicas falam a verdade; a Bíblia é lida e pregada; orações são feitas. Porém, não há obediência à Palavra de Deus. Vidas não são transformadas. Isso é ritual, não é adoração.
Em algumas tradições, a obediência é substituída pelas respostas emocionais. O objetivo do culto é gerar certas sensações. A música mexe com as emoções. O sermão leva a um convite ou momento de fazer um compromisso. Porém, o culto não é seguido por uma vida de obediência e de entrega a Deus. Isso é emoção, não adoração.
A adoração no templo celebrava a aliança de Israel com Deus e o lembrava sobre suas responsabilidades. Na igreja primitiva, o culto era uma celebração da nova aliança provida pela morte de Jesus, o que lembrava os cristãos de sua responsabilidade de viver em santidade. A adoração que não resulta em obediência é falsa.
A verdadeira adoração transforma o adorador. Ao longo deste curso, nós vimos que aqueles que adoram verdadeiramente são mudados. O objetivo deste curso não é apenas que você seja melhor no planejamento e na condução dos cultos, mas que você seja um adorador transformado pela adoração. Então, você irá conduzir a sua igreja na adoração que transforma cada membro da congregação.
Conclusão: Testemunho de Um Pastor
Qual é o impacto da verdadeira adoração? Veja o relato de um pastor de uma igreja hispana.
“Em 1991, o clima espiritual da nossa igreja estava no seu ponto mais baixo. A imoralidade aprisionou alguns dos nossos membros. Quando disciplinamos os membros que caíram, a igreja se dividiu. Finalmente, em um momento de quebrantamento espiritual e emocional, um novo convertido sugeriu que jejuássemos e orássemos um domingo inteiro. Nós fizemos isso, e Deus começou a mover.
“Algumas semanas depois, começamos o nosso acampamento anual (a divisão na igreja permanecia). Quando o evangelista começou o seu sermão na quarta-feira à noite, ele sentiu que Deus o pedia para cantar ‘Grandioso És Tu’.
“Enquanto ele cantava esse hino, a glória de Deus desceu sobre a multidão faminta. Alguns louvaram, outros foram até o altar buscar ao Senhor. Uma senhora que estava na raiz do conflito na igreja começou a chorar. Diante de 400 pessoas, ela confessou: ‘Eu sou uma mulher muito infeliz, pois pequei contra Deus e Sua igreja ao guardar rancor e a falta de perdão no meu coração. Eu peço que o Senhor me perdoe e imploro a vocês, como igreja, que me perdoem’.
“Enquanto essas palavras saíam de sua boca, outros se reconciliaram. Naquela noite, Deus restaurou a unidade da nossa igreja. À medida em que o povo de Deus se humilhava em jejum e oração e o servo de Deus foi obediente à liderança do Espírito Santo, fomos levados à presença de Deus. O pecado foi confessado; a unidade foi restaurada. Esse é o resultado da verdadeira adoração.”[1]
[1]Testemunho do Reverendo Sidney Grant, Hope International Missions
(1) A adoração coletiva ocorre no domingo; um estilo de vida de adoração ocorre diariamente. Ambas são importantes na visão bíblica sobre adoração.
(2) A verdadeira adoração mostra o que realmente valorizamos.
(3) A verdadeira adoração muda o que valorizamos.
(4) Ter um estilo de vida de adoração significa viver para a glória de Deus. Isso significa que Deus estará no centro de toda a vida.
(5) Um modelo bíblico de uma vida de adoração é vista em Romanos 12:2. Ela inclui:
Um aspecto negativo: “Não se amoldem ao padrão deste mundo.”
Um aspecto positivo: “Transformem-se pela renovação da sua mente.”
Tarefas da Lição 10
(1) Escreva uma redação de 3-4 páginas com o título “Minha Teologia da Adoração.” Essa redação deve mostrar como a adoração é baseada nos princípios bíblicos. Deve-se mostrar tanto o lado bíblico quanto o lado prático.
(2) Pregue um sermão sobre a verdadeira adoração baseado em João 4:23-24.
(3) Terminando o seu projeto do curso: Escreva um relato de uma página para o líder de classe que resume o que você aprendeu na sua “Jornada de Adoração de 30 Dias.” Você não precisa entregar o seu diário.
(4) Para o seu último teste, escreva o texto de 1 Coríntios 10:31 de memória.
Print Course
SGC exists to equip rising Christian leaders around the world by providing free, high-quality theological resources. We gladly grant permission for you to print and distribute our courses under these simple guidelines:
No Changes – Course content must not be altered in any way.
No Profit Sales – Printed copies may not be sold for profit.
Free Use for Ministry – Churches, schools, and other training ministries may freely print and distribute copies—even if they charge tuition.
No Unauthorized Translations – Please contact us before translating any course into another language.
All materials remain the copyrighted property of Shepherds Global Classroom. We simply ask that you honor the integrity of the content and mission.