Nota para o líder de classe: Revise os principais pontos da Lição 4. Peça para os alunos que estiverem dispostos a compartilharem as suas orações pessoais da Lição 4. Também revise os três aspectos da jornada de formação espiritual discutida na Lição 4.
(1) Entender as verdades espirituais vitais que irão nos ajudar a conhecer a nós mesmos.
(2) Entender as caracteristicas do orgulho.
(3) Ser capaz de definir o quebrantamento e as caracteristicas de pessoas quebrantadas.
(4) Aplicar as verdades desta lição nas suas vidas.
Quadros da Vida
Um jovem pastor
Eu uma vez perguntei a um jovem pastor de uma igreja em acensão, “Qual é o maior desafio no ministério?” “Eu mesmo!” ele respondeu sem hesitação. Eu apreciei a sua honestidade.
Alguém se preparando para o ministério
Um jovem Cristão esteve estudando para o ministério pastoral, mas muitas vezes se encontra em confito com os seus companheiros de classe e até mesmo os professores. Ele estava imaginando o porquê. Ele imaginava porque ele não parecia conseguir encontrar a paz interior que tanto queria. Apenas recentemente ele começou a ver o orgulho no seu coração – especialmente a sua teimosia e egoismo. Ele está finalmente encarando a verdade sobre si mesmo. Ele quer ser liberto do seu egocentrismo e toda a agitação interna que isto levou a sua alma e está pedindo a Deus para purificar o seu coração.
Uma esposa e mãe
Uma mulher cristã e mais encontrou a si mesma em atrito com o chamado de Deus para desistir da sua carreira pelo bem da sua família. Então, ela encontrou o segredo da alegria em entregar os seus planos para o mais rico e completo plano de Deus! A profunda alegria que ela experimenta hoje em cuidar dos seus pequenos e seu marido esta além do que se pode descrever.
Um casal
Um casal Cristão se encontrou em um conflito praticamente contínuo um com o outro. A sua afeição estava morrendo, e o seu casamento estava em crise. Através da busca nas escrituras e conselhos piedosos, eles começaram a ver a natureza má dos seus corações egoístas contra a bela natureza do amor doador de Deus. Enquanto eles se arrependiam, Deus reacendeu o seu amor!
Estes retratos nos lembram que crentes humildes recebem a graça transformadora. Nós vivemos em um tempo na história quando o corpo de Cristo está em desesperada necessidade de um avivamento de justiça. Nos Estados Unidos, muitos então chamados Cristãos pensam e vivem iguais ao mundo não salvo. Muitos jovens estão lutando em segredo, perdendo batalhas com “os desejos da carne, e os desejos dos olhos, e a soberba da vida” – incluindo imoralidade sexual, materialismo, e conformidade com o mundo (1 João 2:16). Na África e Ásia nós descobrimos muitos Cristãos professos que estão misturando o Cristianismo bíblico com adoração ancestral e superstições animistas.[1] Igrejas e famílias ao redor do mundo são muitas vezes destruídas pelo conflito. Muita culpa pode ser colocada aos pés de pastores e missionários que ensinam e vivem uma forma de piedade, mas negam a sua purificação, e poder transformador (2 Timóteo 3:5).
Nós podemos ser santos, como Deus nos chamou para ser? (1 Pedro 1:15-16). Nós podemos se transformados? Nós podemos amar o SENHOR com todo o nosso coração, alma, força, e mente, e ao nosso próximo como a nós mesmos? (Lucas 10:27). Nós podemos viver a vida de Jesus? Nós podemos se nós estivermos dispostos e encarar a nós mesmos.
[1]Em um país que eu visitei me pediram para pegar em um cacho de bananas e orar por elas para que as mulheres estéreis na igreja pudessem comê-las e “os seus ventres se tornariam frutíferos”. Eu orei pelas mulheres, mas não pelas bananas! Em muitos países a adoração sensual substituiu a reverência, a pregação da Palavra, e a oração.
A grande idéia
Autoconsciência – o conhecimento de si mesmo – é absolutamente crítico para se formar à imagem de Cristo. Conhecer verdadeiramente a si mesmo é saber que o eu não santificado é o maior inimigo.
A importância de nos conhecermos
[1]O quão bem nós conhemos a nós mesmos? Dennis Kinlaw escreve:
Todas as pessoas encaram duas perguntas que determinam o curso da existência. A primeira pergunta lida com a natureza de Deus. Quem ele é e como ele se parece? A segunda pergunta mais importante que uma encara é a pergunta de quem você e eu somos e como nós nos parecemos. Se nós entendemos a natureza de Deus, e se nós entendemos a natureza de nós mesmos, existe uma boa chance de que nós seremos capazes de viver uma vida com significado e efetividade em termos de serviço.[2]
Conhecer a nós mesmos começa com uma disposição de ver a nós mesmos como nós somos. Mas, conhecer a nós mesmos como Deus nos conhece é impossível sem o Espírito Santo. As escrituras ensinam, “O coração é mais enganoso que qualquer outra coisa e sua doença é incurável. Quem é capaz de compreendê-lo?” (Jeremias 17:9). Provérbios também nos avisa, “Quem confia em si mesmo é insensato” (Provérbios 28:26).
► Vamos começar com a oração de que através desta lição o Senhor nos dará um grande entendimento sobre nós mesmos. Permita que Salmos 139:23-24 nos guie nesta oração.
Nesta lição e na próxima, nós iremos olhar para oito verdades vitais que irão nos ajudar a conhecer a nós mesmos melhor.
“A vida que não é examinada não vale a pena viver.”
– Platão,
“The Apology of Socrates”
[2]Dennis Kinlaw, Malchus’ Ear (Wilmore: Francis Asbury Press, 2017), 56
Verdade vital 1
O novo nascimento leva a uma consciência do orgulho.
Através do novo nascimento espiritual, nós fomos lavados; e o Espírito Santo veio viver dentro de nós (Tito 3:5-6; Romanos 8:1-2, 9-11). Nós somos novas criações em Jesus Cristo – o velho se foi e o novo veio (2 Coríntios 5:17). Os nossos desejos mudaram. A nossa atitude em relação ao pecado mudou grandemente. Em um instante, nós nos movedos da escuridão para a luz; a bíblia agora nos descreve como “santos santificados” (1 Coríntios 1:2; 2 Coríntios 1:1; Efésios 1:1). Nós temos uma posição justa diante de Deus. Embora nós ainda possamos perder a marca espiritual e lugar com um pecado constante (Hebreus 12:1), ainda assim nós experimentamos a vitória sobre pecados habituais (Romanos 6:1). Se nós pecamos, nós sentimos tristeza e convicção que nós nunca experimentamos antes da conversão (João 16:8). Uma transformação real tomou lugar, e as pessoas ao nosso redor notam a mudança.
Cuidado com a pessoa que testifica ser salva, mas que continua a praticar pecados intencionalmente.
► Leia Mateus 7:21-23. O que Jesus diz sobre a pessoa que chama a Jesus, “Senhor, Senhor”, mas não faz, ou pratica, a vontade do seu Pai? O que ele irá dizer para eles no dia do julgamento?
Embora os nossos corações tenham sido renovados, a velha natureza agora guerreia contra a nova. Muitas vezes, esta batalha interior pega os novos convertidos de surpresa. Eles pensam que o senso de alegria e paz sempre estariam em seus corações. Eles são desencorajados a encontrar velhas atitudes e desejos batalhando com o novo.
O que é a velha natureza? Como nós devemos defini-la? A única palavra que chega mais próxima do que qualquer outra em definir a natureza do pecado é orgulho. “Orgulho é o maior pecado porque é o coração vivo de todos os pecados.”[1]
[1]Peter Kreeft, “It Takes Humility to Know How Proud We Are,” High Calling, Janeiro-Fevereiro 2017, 4. Retirado de http://www.francisasburysociety.com/wp-content/uploads/JanFeb2017-High-Callinglr.pdf em 12 de Setembro de 2020.
Verdade vital 2
Orgulho – uma vontade ininterrupta – é o maior inimigo da formação espiritual.
Nada irá impedir a nossa busca pela santidade mais do que o orgulho – o amor do eu. O orgulho é a essência do pecado original – um voltar-se para o próprio caminho (Isaías 53:6), “uma rejeição obstinada do controle [divino].”[1]
O orgulho é o pecado que fez com que Lucifer fosse expulso do céu (Isaías 14:12-14) e o primeiro homem e mulher serem expulsos do Jardim do Eden (Gênesis 3:5). Eles responderam ao apelo, “Vocês serão como Deus.” Ao comerem do fruto proibido, Adão e Eva exerceram a sua vontade sobre a vontade de Deus, saciaram a sua carne, e então tentaram cobrir a sua própria nudez.
O orgulho foi o pecado de Babel que levou a confusão de linguagens e a dispersão das nações. “Vamos construir uma cidade... Assim nosso nome será famoso,” eles disseram (Gênesis 11:4). O orgulho, manifesto no interesse próprio, é o que causou conflitos nas congregações no Novo Testamento, e até mesmo nos líderes da igreja que procuraram os seus próprios interesses ao invés dos interesses de Cristo (Filipenses 2:21). O orgulho é uma doença com que nós nascemos, o câncer da nossa alma. Deus o odeia! (Provérbios 6:16-17). Deus resiste a ele! (Tiago 4:6). Ele quer purifica-lo dos nossos corações.
Quando eu estava na África, eu ouvi sobre um homem que caminhava com carne nos seus bolsos e se perguntava por que os cachorros não o deixavam em paz! O orgulho é a carne em nossos bolsos espirituais que irão nos trazer dor, derrota, e até mesmo a morte. Ele deve ser purificado.
Os teólogos algumas vezes se referem a natureza pecaminosa do homem como uma inclinação ao pecado ou, mais especificamente, uma inclinação a si mesmos – ou o que eu penso estar correto e bom e me agrada! “O propósito da redenção é desfazer a nossa orientação egocêntrica – nos voltar para fora; para que estejamos interessados não apenas em nós mesmos, mas no bem estar dos outros.”[2]
Se você realmente pensa sobre isto, todo pecado e conflito em nossas vidas estão enraizadas no solo do orgulho. Luxúria, um espírito crítico, falta de perdão, ganância, e teimosia todos brotam das águas envenenadas do orgulho. Antes de nós podermos participar da vida de santidade, nós devemos enchegar este problema em nossos próprios corações.
► Leia Gálatas 5:19-21. Discuta como um grupo como os pecados da carne mencionados nesta passagem originaram-se do orgulho. Você está disposto a avaliar o seu próprio coração? E os seus relacionamentos? Você está disposto a ser implacavelmente honesto sobre o orgulho do qual é a fonte de muitos problemas?
No deserto, Satanás tentou Jesus a gratificar os seus desejos naturais, evitar a cruz, e buscar a glória terrena. Em essência, Satanás estava tentando Jesus a cometer o pecado original – saciar a si mesmo, preservar a si mesmo, e exaltar a si mesmo. Mas Jesus permaneceu puro no coração!
O orgulho se manifesta no egocêntrismo ou interesse próprio. O interesse próprio muitas vezes derrota os nossos melhores esforços e melhores intenções para viver a livre, e maravilhosa vida de santidade. Este é o eu que busca se esforçar contra a Palavra de Deus e guerrear contra o Espírito de Deus. Este eu carnal pode ser descrito das seguintes formas:
Autorrealização – Buscando a felicidade pessoal longe de Deus.
Auto-gratificação – Buscando o que longe do que glorifica a Deus.
Auto-promoção – Buscando a honra dos homens mais do que a honra de Deus.
Auto-suficiência – A tendência de confiar em nós mesmos ao invés de Deus.
Auto-piedade – O sentimento de que nós merecemos mais quando que nós estamos recebendo.
Auto-preservação – Buscando o que eu acredito ser melhor para a minha vida ao invés de me abandonar à sabedoria e beleza do plano de Deus.
Vontade própria – A inclinação em escolher a minha vontade sobre a autoridade de Deus.
► Olhe os seguintes versos no Evangelho de Marcos e note como o interesse próprio (orgulho) foi o centro de todo o pecado e fraqueza em suas vidas: Marcos 8:33; Marcos 9:19, 33; Marcos 10:14, 37; Marcos 14:66-68.
Todo o crente deve ser trazido a uma consciência do egocêntrismo que permanece no coração. John Wesley nos lembra das “consequências fatais” de negar esta realidade. A ignorância desta batalha interior “arranca o escudo dos crentes fracos, os priva da fé, e então os deixa expostos a todos os assaltos do mundo, carne, e do diabo.”[3]
Como os discípulos, nós devemos ficar face a face com nós mesmos. Dennis Kinlaw diz: “O melhor entre nós não é melhor do que o pior. O mair forte não é melhor do que o mais fraco... O melhor da carne não é o suficiente”.[4] Enquanto pensarmos que podemos viver uma vida santa do nosso jeito, Deus nos permitirá lutar nisso. Enquanto a pessoa se recusar a se ver como Deus a vê, irá continuar falhando.
Em 1792, um novo missionário Presbiteriano chamado João Hyde navegou para a India. Enquando estava abordo, ele abriu uma carta de um amigo da família altamente respeitado que dizia: “Eu não irei cessar de orar por você, querido John, até que você esteja cheio com o Espírito Santo.” O orgulho de João foi ferido, e ele reagiu com raiva a implicação de que ele não estava cheio do Espírito Santo:
Meu orgulho foi tocado, e eu me senti extremamente irritado, rasguei a carta e a joguei em um canto da cabine, depois subi para o deque. Eu amava o escritor; eu sabia a vida santa que ele vivia. No fundo do meu coração, eu estava convicto de que ele estava certo, e eu não estava preparado para ser missionário...
Em desespero, eu pedi ao Senhor para me encher do seu Espírito Santo, e no momento que eu fiz isto toda a atmosfera foi limpa. Eu começei a ver a mim mesmo e que ambição egoísta eu tinha. Foi uma luta quase até o final da viagem, mas eu estava determinado muito antes de chegar ao porto que, a qualquer custo, eu seria verdadeiramente cheio com o Espírito Santo.[5]
Depois de chegar na India, John participou de uma reunião de rua onde o pregador enfatizou o poder do evangelho – não apenas para perdoar o pecado, mas para dar vitória sobre ele, para que então ninguém precise continuar pecando (1 João 1:9). John foi convencido enquanto ele percebia que embora ele tivesse pregando tal evangelho, ele era um estranho ao seu poder. Existia um pecado constante na sua vida que fazia com que ele tropeçasse espiritualmente. John foi ao seu quarto e orou, “Ou você me da vitória sobre todos os meus pecados, e especialmente sobre o pecado que tão facilmente me assedia; ou eu vou retornar para a America para buscar algum outro emprego. Eu sou incapaz de pregar o evangelho até que eu possa testificar do seu poder em minha vida.”
Com fé simples, ele olhou para Cristo por libertação. Mais tarde ele disse, “Ele me libertou, e eu não tive nenhuma dúvida desde então. Eu posso agora me levantar sem hesitar para testificar que ele me deu a vitória.” John Hyde veio a ser chamado o “Hyde da Oração” por suas orações apaixonadas para alcançar as almas perdidas. Uns anos antes da sua morte aos quarenta e sete anos, John sentiu-se claramente guiado a pedir a Deus por uma alma por dia; ao final daquele ano, o senhor havia adicionado mais de 365 convertidos a igreja. No próximo ano, John foi guiado a pedir por duas almas por dia; e no próximo ano, quatro. Cada pedido foi atendido. John aponta para ambos os segredos e resultados do avivando quando ele disse, “O que nós precisamos hoje é um avivamento de santidade.”
O orgulho sempre bloqueia o favor de Deus, mas ele abençoa os humildes.
[1]Citação de Alexander MacLaren, “Commentary on Isaiah 53”
[2]Dennis Kinlaw, “The Mind of Christ,” High Calling, Janeiro-Fevereiro 2017, 1, 9. Retirado de http://www.francisasburysociety.com/wp-content/uploads/JanFeb2017-High-Callinglr.pdf em 12 Setembro de 2020.
[3]John Wesley, do seu sermão, “On Sin in Believers.”
[4]Dennis Kinlaw, Malchus’ Ear (Wilmore: Francis Asbury Press, 2017), 80
O egocentrismo guerreia contra o Espírito que nos forma à imagem de Cristo.
No coração do crente, existe uma batalha por supremacia. Esta batalha é descrita assim em Gálatas:
Por isso digo: vivam pelo Espírito, e de modo nenhum satisfarão os desejos da carne. Pois a carne deseja o que é contrário ao Espírito; e o Espírito, o que é contrário à carne. Eles estão em conflito um com o outro, de modo que vocês não fazem o que desejam (Gálatas 5:16-17).
John Wesley declara,
Eu não suponho que nenhum homem que é justificado seja um escravo do pecado: ainda assim eu suponho que o pecado [egocentrismo] permanece (pelo menos por um tempo) em todos os que são justificados... O usurpador é destronado. [Pecado] permanece onde ele uma vez reinou; mas permanece em correntes. [Embora ele guerreie] ainda assim ele fica mais e mais fraco; enquanto o crente vai de força em força, conquistando e para conquistar.[1]
A batalha contra o egocentrismo (“carne”) e o Espírito é uma experiência comum entre os Cristãos. Wesley continua,
Existe em todaas pessoas, mesmo depois dela ser justificada, dois princípios contrários... denominados pelo apóstolo Paulo, a carne e o Espírito. Por isso, embora mesmo bebês em Cristo são santificados, ainda assim apenas em parte. Em um nível, de acordo com a medida da sua fé, eles são espirituais; porém em um nível eles são carnais. Portanto, os crentes são continuamente exortados para vigiar contra a carne, bem como o mundo e o diabo. E por isso concorda com a constante experiência dos filhos de Deus. Enquando eles sentem o testemunho neles mesmos, eles sentem uma vontade não totalmente resignada a vontade de Deus. Eles sabem que estão nele; e ainda assim encontram um coração pronto para afastar-se dele, uma tendência ao mal... e um atraso para o que é bom... Embora nós sejamos renovados, limpos, purificados, santificados, no momento em que nós verdadeiramente acreditamos em Cristo, ainda assim não somos completamente renovados, limpos, purificados; mas a carne, a natureza maligna, ainda permanecem (embora subjugadas) e lutam contra o Espírito. Tanto mais, usemos de toda a diligência em “combater o bom combate da fé” (1 Timóteo 6:12). Tanto mais seriamente, vamos “vigiar e orar” (Mateus 26:41). contra o inimigo interior. Mais cuidadosamente vamos tomar para nós e “vestir toda a armadura de Deus, para que [nós] possamos resistir no dia mau e permanecer inabaláveis, depois de terem feito tudo” (Efésios 6:13).
O interesse próprio leva a níveis de falha
► Leia Gálatas 5:16-24 e discuta o que acontece quando o Espírito Santo e a carna se opoem um ao outro. Você está disposto a discutir como esta batalha se desenrolou na sua vida?
Todo verdadeiro discípulo de Jesus experimentou esta batalha interior pelo controle. Quando o Espírito Santo está ganhando e liderando, o fruto espiritual do amor, alegria, paz, paciência, amabilidade, bondade, fidelidade, mansidão e domínio próprio estão sendo produzidos na minha vida. Mas se o orgulho tem permissão para exercer a sua vontade, mesmo por um momento, existirá algum nível de falha: “... imoralidade sexual, impureza e libertinagem; idolatria e feitiçaria; ódio, discórdia, ciúmes, ira, egoísmo, dissensões, facções e inveja; embriaguez, orgias e coisas semelhantes...” (Gálatas 5:19-21). Porque um crente recebeu uma nova natureza, e porque a habitação do Espírito Santo esta constantemente guerreando os pecados próprios do coração, eles nunca irão dominar a vida de um verdadeiro Cristão (1 João 2:3-4, 1 João 3:7-9); Mas até um crente aprender a viver debaixo do completo controle do Espírito Santo, existirão momentos de derrotas.
Mesmo os Cristãos que vivem completamente no controle do Espírito Santo, em qualquer momento, irão descobrir que existem áreas de orgulho que precisarão ser reveladas ao longo da sua vida. Eu nunca vou me esquecer como eu me encontrei lutando como missionário. Existiam problemas, e mal percebendo, eu começei a reagir de maneiras não cristãs. Eu me lembro o quão difícil foi para mim admitir o meu problema. O senhor falou ao meu coração e disse, “Filho, você é um homem irritado.” “Senhor, eu não sou irritado,” Eu pensava. “Eu sou um missionário que deixou tudo para te seguir neste país.” O Senhor falou ao meu coração de novo e eu disse, “Bem então, você é um missionário irritado!” Aceitando esta humilhante verdade, ao invés de justificar a mim mesmo, se tornou mais um momento crucial em minha jornada.
O interesse próprio é a fonte do conflito
Leia Tiago 4:1-8. Qual foi a causa do tumulto interior e conflito entre os crentes de quem Tiago estava escrevendo? Porque eles não estavam tendo as suas orações respondidas? Porque Tiago chama estes Cristãos de “adulteros e adulteras”?
[2]Até que a batalha entre a carne e o Espírito esteja resolvida, nós vamos ser como um homem e mulher casados que ainda tem pensamentos romanticos por um antigo amor. Nós não estamos tendo um caso físico, mas as nossas afeições não foram crucificadas até que nós nos tornemos completamente devotos ao nosso conjuge. Enquanto você olha para o exemplo bíblico acima, eu penso que você irá ver claramente que a causa do tumulto no coração e o conflito na igreja é o orgulho nos corações dos seus membros. Por causa do orgulho, Deus estava resistindo a eles. “Deus resisti os orgulhosos” (Tiago 4:6).
Esta luta comum, e os problemas que ela causa, são ilustradas na seguinte história. Na história de um grande grupo de igrejas que eu servi nas Filipinas existe esta história quase inacreditavel: Um pastor foi enviado pelos líderes da igreja nacional para pastorear uma congregação em particular. Porém, o pastor anterior se recusou a desocupar o presbitério porque alguns membros da igreja queriam que ele ficasse. Por um tempo, o novo pastor e o antigo pastor estavam vivendo no mesmo presbitério, pastoreando a mesma congregação! O novo pastor era o pastor oficial, chamado, escolhido, nominado, e apoiado pelos líderes nacionais. O antigo pastor foi mantido em seu cargo pelas simpatias e teimosias de alguns membros. Alguém pode imaginar que confusão isto casou! Não dava pra continuar. Quem iria pregar o sermão? Quem eles irão buscar para se aconselhar? A autoridade de quem a congregação deverá seguir – o antigo pastor ou o novo? A congregação teria que escolher. Ou eles iriam manter o antigo pastor e perder a benção e os benefícios da igreja nacional, ou eles iriam ganhar a benção dos líderes nacionais ao se submeter a sua autoridade. Felizmente eles escolheram se submeter aos líderes nacionais, e a congregação passou a fazer grandes coisas para Deus.
O conflito entre o velho homem e o novo homem é uma experiência que todos os crentes conhecem. O velho homem foi condenado a morte, embora ele tente desesperadamente manter a sua posição, excercer o controle, e manter influência. Ele não tem nenhuma autoridade, mas tenta fazer você acreditar que ele tem. O novo homem foi redimido pelo sangue de Cristo. O novo homem foi chamado, escolhido, e criado por ele em justiça e santidade. O novo homem foi selado com o Espírito Santo e agora foi feito o lugar de habitação de Deus, e Deus nunca irá descansar até que o velho homem seja expulso do trono do seu coração.
Enquanto o velho homem puder permanecer, enquanto você continuar o alimentando; enquanto você insistir em dar a ele mesmo um canto no qual ele possa ocupar, ele irá trazer inquietação, conflito interno, e destruição. Ele tem que morrer. Se nós escolhermos sentir pena por ele e dar a ele mesmo o menor espaço, a partir dali ele irá fazer guerra contra o Espírito do amor, alegria, paz, paciência e santidade.
As perguntas que todas as gerações de crentes sinceros devem responder são estas:
A vida de luta constante com o interesse próprio é a melhor vida que eu posso esperar ter? Ou, Deus proveu uma forma para o interesse próprio ser purificado do meu coração para que então a vontade de Deus e o amor por Deus sejam supremos?
É possível amar a Deus com todo o meu coração, mente, e forças e o meu próximo como a mim mesmo?
Eu posso chegar ao lugar em minha caminhada com Deus e o homem que eu não faça nada através de ambições ou conceitos egoistas, mas sempre estime os outros mais do que eu mesmo e busque os seus interesses sobre os meus próprios? (Filipenses 2:3-4).
[1]John Wesley, do seu sermão, “On Sin in Believers.”
“Me dê cem pregadores que não temam nada, mas pequem e desejem nada mais do que Deus, e eu não me importo se eles são clérigos ou leigos, só eles vão abalar os portões do inferno e estabelecer o reino dos céus na terra.”
- John Wesley
Pausa para um momento de reflexão
► Eu estou pedindo a todos agora para serem muito honestos consigo mesmo e fazerem uma avaliação pessoal. Reserve alguns minutos para calmamente fazer a si mesmo esta pergunta: Qual é a verdadeira causa de ________________? Peça ao Espírito Santo para te ajudar a ver a si mesmo. Sinta-se livre para usar as seguintes perguntas como guia:
Eu sou facilmente ofendido?
Eu fico ressentido quando outros são promovidos ao invés de mim?
As crianças tem medo de vir perto de mim?
Eu sou muito sensível a criticas?
As pessoas tem medo de compartilhar as suas opiniões perto de mim?
Eu me sinto moralmente ou espiritualmente suprior aos outros?
Eu escuto as pessoas, ou sou eu quem falo mais?
Eu levanto a minha voz para expor meu ponto de vista ao invés de uma reflexão ponderada e respeitosa?
Eu ofereço soluções e opiniões antes de ouvir todos os fatos?
Eu menciono as falhas dos outros para tentar me fazer parecer bom?
Eu tento vencer argumentos ao dizer, “Deus me falou”? (Quando você faz isto, você se coloca em uma posição de superioridade moral e espiritual).
Eu julgo os outros pelas suas aparências exteriores?
Eu guardo o melhor e maior para mim?
No meu coração, eu me considero melhor do que os outros?
Verdade vital 4
Depois da regeneração, a morte do eu é o próximo passo para experimentar a plenitude de Deus e a vida de santidade.
Jesus disse que qualquer um que desejar ser o seu discípulo deve desconsiderar os seus próprios interesses e tomar a sua cruz diariamente e segui-lo (Mateus 16:24). A cruz não é o belo símbolo polido que os Cristãos algumas vezes usam ao redor dos seus pescoços nos dias de hoje, mas um instrumento Romano de morte. Quando um criminoso era executado pela cruz, não existia uma chance de eles descerem de lá vivos. Um criminoso iria ficar pendurado até seu sangue vital se esvaísse e toda respiração terminasse. Quando Jesus ordena todos os discípulos a tomarem a sua cruz diariamente, ele simplesmente quer dizer que o nosso velho orgulho, luxuria, e teimosia devem ser decididamente pregados na cruz de Cristo, para que o nosso novo redimido eu possa viver a vida de Jesus. A morte do eu significa que a nossa velha vontade, os nossos planos, o nosso antigo conceito de reputação, as nossas velhas formas de pensar, a nossa antiga busca por prazer, os nossos desejos carnais estão presos na cruz de Cristo. Agora, nós vivemos completamente para ele!
► Leia Mateus 16:24 todos juntos.
O caminho para a morte do eu é o caminho para uma vida de abundância! (João 12:24). Provavelmente ninguém que vem a Cristo pelo perdão dos seus pecados está completamente consciente do quanto Deus está totalmente comprometido com a nossa morte! Muitos grandes homens e mulheres por toda a história da igreja chegaram a um entendimento desta verdade:
Martinho Lutero: “Deus nos criou do nada. Portanto, até que um homem não seja nada, Deus não pode fazer nada dele.”
Charles Haddon Spurgeon: “Eu tenho agora concentrado todas as minhas orações em uma, e esta única oração isto, que eu possa morrer para mim, e viver completamente para ele.”
Richard Baxter: “O eu é o inimigo mais traiçoeiro... de todos os outros vícios é o mais difícil de descobrir, e o mais difícil de curar.”
Dietrich Bonhoeffer: “Quando Cristo chama um homem, ele ordena que ele venha e morra.”
J.I. Packer: “Jesus Cristo exige abnegação, que é, a autonegação, como uma condição necessária para o discípulado. A abnegação é uma convocação para se submeter a autoridade de Deus como Pai e de Jesus Cristo como Senhor... Aceitando a morte para tudo que o eu carnal quer possuir é o que a convocação de Cristo para abnegação é.”
Goerge Mueller, conhecido pela sua grande fé e seu ministério para milhares de orfãos no século dezenove na Inglaterra, foi perguntado sobre o segredo do seu serviço frutífero para o Senhor. “Existiu um dia quando eu morri, morri completamente,” ele respondeu. Enquanto ele falava, ele se abaixou mais e mais até que quase tocou o chão. “Eu morri para o George Mueller – as suas opiniões, as suas preferências, os seus gostos, e as suas vontades – morri para a aprovação ou culpa até mesmo dos meus irmãos e amigos – e desde então, eu tenho estudado apenas para apresentar a mim mesmo aprovado diante de Deus.”[1]
Outros termos bíblicos para morte do eu são “quebrantado” e “contritos”:
Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás (Salmos 51:17).
1. O quebrantamento é ser sempre triste e sombrio. Nós algumas vezes imaginamos as pessoas quebrantadas como aquelas que nunca sorriem e riem. Na verdade, o quebrantamento bíblico produz liberdade e um profundo senso de alegria e paz.
2. O quebrantamento é pensar mal sobre si mesmo. (Exemplos: “Eu não sou bom! Eu sou um verme!”) Pode haver aqui uma falsa humildade.
3. O quebrantamento é ser profundamente emocional. “Infelizmente, inúmeras pessoas têm derramado baldes cheios de lágrimas e ainda assim nunca experimentaram um momento de verdadeiro quebrantamento.”[3]
4. O quebrantamento é ser profundamente machucado por circunstâncias trágicas. Alguém pode experimentar muitas dores e ainda ser muito orgulhosa.
Quebrantamento como a bíblia o define
Quebrantado:
O quebrantamento é a destruição absoluta da minha vontade própria – a rendição absoluta da minha vontade para Deus. É dizer “Sim, Senhor!” – sem resistência, sem atrito, sem teimosia – simplesmente submeter a si mesmo a sua direção e vontade para a minha vida.[4]
Contrito: Esta palavra sugere alguma coisa que é esmagar em pequenas particulas ou moer no pó, como uma pedra é pulverizada. “O que é que Deus quer pulverizar em nós? Não é o nosso espirito que ele quer quebrantar, nem a nossa personalidade essencial. Ele quer quebrandar a nossa vontade própria.”[5] Isto é semelhante a um caubói que quer domar um cavalo, não para machuca-lo ou multila-lo, mas para o fazer submisso as suas ordens.
O verdadeiro quebrantamento é o quebrantamento da vontade própria para que a vida e o espírito do Senhor Jesus possam ser liberados através de mim... o despojamento da autoconfiança e idenpendência de Deus... o amolecimento do solo do meu coração... honestidade diante de Deus... humildade diante dos outros.[6]
Características de pessoas quebrantadas
Como nós sabemos que nós temos um “coração quebrantado e contrito”? As seguintes características apenas perfeitamente encontrados em Jesus, mas eles serão mais verdadeiros para os Cristãos cheios do Espírito:
Pessoas quebrantadas tem um coração ensinavel.
Pessoas quebrantadas estão dispostas a ceder aos outros.
Pessoas quebrantadas temem a Deus mais do que ao homem.
Pessoas quebrantadas tem um espírito submissivo.
Pessoas quebrantadas aceitam a opinião de Deus sobre a cultura e tradição.
Pessoas quebrantadas não promovem a si mesmo e não tem medo do lugar mais baixo.
Pessoas quebrantadas graciosamente aceitam honras sem orgulho.
Pessoas quebrantadas confessam as suas faltas e não sentem a necessidade de proteger a sua imagem.
Pessoas quebrantadas obedecem a Deus nas pequenas coisas.
Pessoas quebrantadas esperam no Senhor antes de tomar decisões.
Pessoas quebrantadas andam pela fé e não por vista.
Pessoas quebrantadas buscam a santidade ao invés da felicidade.
► O que você pensa que iria acontecer se mais de nós tentassemos morrer para o eu? Avalie a si mesmo com esta lista. O que você pensa que seria diferente na sua casa? Igreja? Ministério? Dê tempo para alguém que queira compartilhar isto com o grupo.
[1]D. W. Ekstrand, “Dying to Self.” Retirado de http://www.thetransformedsoul.com/additional-studies/spiritual-life-studies/dying-to-self 12 de Setembro de 2020.
[2]A maioria das percepções sobre quebrantamento são de Nancy Leigh DeMoss, Brokenness, Surrender, Holiness (Chicago: Moody Publishers, 2008), 43-45.
A morte do eu, levando para uma vida santa, requer uma rendição decisiva.
A morte que Jesus nos chama não irá acontecer sem a nossa deliberada, e decisiva obediência. Nós não iremos crescer nela, embora a rendição não irá provavelmente acontecer para muitos de nós sem um período de luta. Quão esperto Satanás é. Ele convenceu multidões de cnretes que a vida cristã normal é aquela de luta contra a vontade de Deus, e que eles não devem esperar uma vitória decisiva. A luta é comum, mas não normal. A vida de Jesus, operando em nós pela fé, é a vida cristã normal.
A história de guerra tanto humana como espiritual revela que em toda guerra bem sucedida existem decisões estratégicas que levam a momentos de virada decisivos. Sem as vitórias decisivas no campo de batalha, os recursos são desperdiçados e vidas são perdidas. Oh, como esta geração de crentes precisa de algumas vitórias decisivas!
Jesus, o homem, se tornou um exemplo de vitória decisiva.
No Jardim do Getsêmani, o Jesus humano lutou para tomar a sua cruz; mas antes de ele deixar o jardim, ele havia renovado a sua rendição a vontade do seu Pai (Lucas 22:42). Ele é o padrão de Deus do que é normal.
Nós vemos isto:
No jardim, Jesus, o Deus-homem experimentou um período de uma verdadeira luta. Ele não tem uma natureza pecaminosa, mas a exigência de obediência pesou muito sob a sua humanidade.
Jesus foi guiado pelo seu Pai para um momento decisivo de rendição, onde a única forma de seguir em frente foi ceder a sua vontade a soberana vontade de Deus.
O momento da vitória veio quando Jesus orou, “contudo, não seja feita a minha vontade, mas a tua” (Lucas 22:42).
A partir do momento da rendição, Jesus se levantou para encarar a solidão, a traição, a injustiça, a humilhação, e a morte com graça e coragem. A partir daquele momento de rendição, Jesus experimentou o poder divino.
Assim como Jesus foi guiado para um momento de rendição decisiva a vontade do seu Pai, assim Jesus irá guiar cada um de nós a um momento de rendição decisiva. Deus virá para cada um de nós e dirá, “Filho, aqui é onde eu quero que você dê a sua vida.” A escolha decisiva para então morrer com Cristo irá guiar para uma vida de abundância espiritual.
A partir da fundação do mundo, Jesus era o Cordeiro de Deus morto pelo pecado. Em um sentido, a obra de redenção já estava realizada na mente de Deus; e a vitória já estava garantida. Ainda assim, o plano da redenção não foi automático, mas tinha que ser trabalhado no tempo. Assim também conosco. As escrituras são consistentes e clarar de que Deus chama todo o crente a quem ele redimiu para “que se ofereçam (redimidos) em sacrifício vivo, santo e agradável a Deus; este é o culto racional de vocês” (Romanos 12:1).
Abraão: Um exemplo de rendição decisiva
Um dia, Deus pediu a Abraão e o jovem Isaque para uma caminhada com ele – uma caminhada que levaria ao Monte Moriá, a montanha da morte de Cristo, e para a rendição completa de Abraão de si mesmo a Deus. Esteve foi um momento crucial no relacionamentod e Abraão com Deus e o maior teste da sua vida (Gênesis 22:1). Deus foi muito claro com Abraão desde o início da jornada: “Tome seu filho, seu único filho, Isaque, a quem você ama, e vá para a região de Moriá. Sacrifique-o ali como holocausto num dos montes que lhe indicarei” (Gênesis 22:2). Abraão não resistiu. Depois de uma jornada difícil de três dias, ele amarrou o seu amor no altar e levantou a sua faca... e morreu para Abraão.
Em última analise, Deus não queria o sacrifício de Abraão – Isaque – mas a rendição de Isaque (Gênesis 22:12). Deus proveu o perfeito e completo sacrifício (Jesus), ao invés de Isaque; através da humilde rendição, Abraão iria compartilhar naquele naquele sacrifício. Deus não precisava de um sacrifício. Séculos depois, o Rei Davi, desejando a purificação do coração, iria orar,
Não te deleitas em sacrifícios nem te agradas em holocaustos, se não eu os traria. Os sacrifícios que agradam a Deus são um espírito quebrantado; um coração quebrantado e contrito, ó Deus, não desprezarás (Salmos 51:16-17, ênfase adicionada).
Verdadeiramente, não existe nada que nós possamos oferecer a Deus, ou fazer para Deus, que irá compensar por quem nós somos e o que nós fizemos. Nós não conseguimos remover a culpa e as manchas dos nossos corações. Apenas Deus pode fazer isto. Tudo o que nós podemos fazer é ir para Deus em quebrantamento e rendição e receber a sua graça.
De novo, Deus não queria matar Isaque; ele queria Abraão o soltasse, desistisse do controle, soltasse qualquer amor competitivo. “‘Não toque no rapaz’, disse o Anjo [Deus]. ‘Não lhe faça nada. Agora sei que você teme a Deus, porque não me negou seu filho, o seu único filho’” (Gênesis 22:12, ênfase adicionada). Em outras palavras, “Não é o rapaz que eu quero, mas você Abraão! Eu apenas queria saber que você era completamente meu e que mesmo esta preciosa vida pertence a mim.” Em um verdadeiro sentido, quando Abraão levantou a sua faca em obediência a Deus, foi Abraão que morreu, não Isaque. Abraão morreu para o seu direito de possuir Isaque, o filho da promessa. Esta foi a intenção de Deus o tempo todo.
Da mesma forma, Deus nos da a vida eterna através da fé nele; e então ele pede para nós oferecermos esta vida de volta para ele como um sacrifício vivo – para levantar a faca e dizer, “Senhor, esta vida não é minha, mas sua! Faça comigo e em mim o que você quiser escolher, mesmo se parecer humanamente tolo! Eu irei onde você quiser que eu vá, fazer o que você quiser que eu faça, dizer o que você quiser que eu diga, e ser o que você quer que eu seja.” Isto é apenas difícil por causa da parte egoista em nossa vida natural que se agarra, que resisti e quer manter o controle. Esta é a parte da nossa natureza que Jesus tratou na cruz. Esta é a parte da nossa natureza que ele deve purificar para nos encher com o seu Espírito e para conceder as bençãos completas do seu reino sobre nós.
Deus irá apenas pedir para nós matarmos aquilo dentro de nós que resisti ao seu controle soberano e a sua autoridade absoluta, aquela parte de nós – a carne – que guerreia contra ele e empurra as suas mãos para longe. Esta é a parte da nossa natureza que não pode ser redimida e nunca estará sujeita a autoridade de Deus.
Deus prefere usar os seus dons e bençãos que ele nos deu para a sua glória do que para tira-los. Mas nós não podemos saber qual parte irá permanecer no altar com Cristo, ou qual parte irá se levantar do altar, até que nós ofereçamos tudo sem reservas a Deus. Nós levantamos a faca de rendição completa. Ele escolhe o que vive e o que morre. É isto que significa ser um sacrifício vivo.
Você já experimentou a rendição decisiva? Qual amor na sua vida Deus pediu para você morrer?
Tarefas da Lição 5
(1) Faça o teste baseado no material desta lição.
(2) Passe pelo menos trinta minutos esta semana revisando esta lição, incluindo as escrituras nas referências, pedindo ao Espírito Santo por discernimento.
(3) Registre no seu diário qualquer mudanças específicas que devem ser feitas em sua vida, como o Senhor revela-las para você.
(4) Medite em pelos um Salmo no seu tempo de devocional diário, e registre no seu diário o que o salmista disse sobre a natureza e caráter de Deus.
(5) Registre no seu diário uma oração pessoal para transformação pessoal e crescimento baseado nesta lição.
(6) Pratique usando o Guia de Oração Diária do Dr. Brown em sua oração diária privada.
Teste da Lição 5
(1) Nomeie as cinco verdades vitais para conhecermos a nós mesmos ensinados nesta lição.
(2) Dê quatro das manifestações do eu mencionados nesta lição.
(3) Quais são as seis das doze características das pessoas quebrantadas nesta lição?
(4) Explique em suas próprias palavras como Jesus é um exemplo de rendição decisiva.
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