Revisão da Lição 9
Nota para o líder de classe: Revise os principais pontos da Lição 9. Peça para os alunos que estiverem dispostos a compartilharem as suas orações pessoais da Lição 9.
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by Tim Keep
Nota para o líder de classe: Revise os principais pontos da Lição 9. Peça para os alunos que estiverem dispostos a compartilharem as suas orações pessoais da Lição 9.
Ao final desta lição, o aluno deverá:
(1) Enender a importância da confissão, submissão e serviço.
(2) Ganhar sabedoria prática para vencer o pecado constante.
(3) Colocar estas disciplinas em prática.
Testemunho 1
Eu fui salvo aos 17 anos.[1] Eu tive uma experiência de conversão maravilhosa no altar em nossa pequena igreja no campo. Foi tão maravilhoso que eu apenas sabia que eu nunca mais iria falhar com Deus de novo – de maneira nenhuma. Ainda assim, muitas semanas depois, eu falhei de alguma forma e uma nuvem veio sobre o meu espírito. Eu senti como se eu precisasse voltar para o altar. Eu fui a minha mãe e perguntei ela o que eu deveria fazer. Ela disse, “Filho, apenas construa um altar em seu coração, confesse tudo para Deus e siga em frente.” Eu fiz isso, e o sol da certeza clara retornou. Depois de 40 anos vivendo para o Senhor, muitos estudos e treinamentos – Eu descobri que poucas pessoas tem a habilidade de dar uma resposta tão simples e prática para o problema do pecado!
Testemunho 2
Desde muito cedo, eu fui muito habilidoso na arte da hipocrisia.[2] Os meus pais estavam no ministério da música; e como uma jovem criança eu aprendi como dizer as coisas certas, cantar as músicas certas, e levantar as minhas mãos nos momentos certos. Eu fiz uma profissão de fé por todo o ensino médio e por toda a faculdade, incluindo os quatro anos em uma faculdade bíblica. Porém, existe uma diferença entre a profissão da salvação e a possessão da salvação. Embora a maioria das pessoas, incluindo bons amigos, pensassem que eu era um Cristão, eu sabia que era tudo um show. Eu vivi uma vida secreta de pecado, escondido dos meus amigos e família. Eu até estava envolvido no ministério durante este tempo. Algumas vezes, eu buscava o perdão de Deus, mas eu também sempre iria dizer a ele que eu ia fazer melhor, ser melhor e tentar me concertar. Dentro de dias ou semanas orando aquela oração, eu estaria de novo nos meus caminhos pecaminosos.
Em março de 1999, enquanto eu estava dirigindo para um culto de avivamento no qual era para eu liderar a música, eu cheguei ao fundo do poço. Naqueles 45 minutos dirigindo, Deus revelou a mim as profundezas do meu pecado e eu odiei o que eu vi. Eu clamei a Deus e disse a ele que eu não pensava que eu pudesse ser um Cristão. Eu disse a ele que eu estava cansado de tentar me concertar e falhar. Eu ainda me lembro de orar estas palavras: “Deus, ou você vai me salvar ou você não vai, mas de qualquer forma eu cansei de fingir!” Em um instante, Deus fez por mim o que eu nunca tentei fazer por mim muitas vezes: ele me salvou! Não existia uma dúvida na minha mente de que ele havia feito a obra. A minha vida nunca mais foi a mesma desde então.
Nos próximos anos depois da minha conversão, Deus me deu oportunidades de ministério, graciosamente me usando para a sua glória. Porém, eu tinha medo de deixar as pessoas verem o verdadeiro eu. Eu tinha medo de que se, de alguma forma, eles descobrissem quem eu era, eles não iriam mais ouvir uma palavra que eu dissesse ou iriam de alguma forma desacreditar o meu ministério. Enquanto eu havia confessado verticalmente para Deus, a última coisa que eu queria fazer era confessar horizontalmente para alguém.
Quando eu me ajoelhei uma manhã para orar enquanto tinha o meu tempo de devocional pessoal em Março de 2006, Deus claramente falou ao meu coração e me disse que eu precisava confessar o meu passado. Por mais de uma semana eu lutei em compartilhar a minha vida passada. Finalmente, em uma terça-feira de manhã, eu liguei para o meu antigo presidente de faculdade e compartilhei a minha história, confessei a minha hipocrisia, e pedi por perdão. Enquando eu não me lembro exatamente o que foi que ele disse em resposta, o que eu me lembro é o sentimento de um fardo sendo levantado. Eu estava livre!
Estas duas histórias nos fornecem dicas para um viver vitorioso. O testemunho do Dr. Avery ensina os jovens Cristãos em como lidar com as falhas enquanto eles estão aprendendo a caminhar com o Senhor:
Construa um altar.
Confesse tudo para Deus.
Siga em frente.
Eu aprecio a simplicidade disto, você não? Muito frequentemente nós fazemos da vida cristã algo muito complicado.
Mas e as lutas persistentes, os pecados continuos, ou um senso de vergonha que nos ligam? O testemunho do pastor Keith de confissão é um exemplo de como as disciplinas espirituais podem nos libertar dos problemas mais profundamente enraizados em nossa vida espiritual.
A prática das disciplinas espirituais, juntamente com o ministério do Espírito Santo, irá fornecer um treinamento para uma vida de vitória. Eles são absolutamente essenciais para ir além de uma vida cristã nominal, morna, e muitas vezes derrotada. Todas as gerações de Cristãos fiéis provaram isto.
Nós temos aprendido o importante lugar das disciplinas espirituais na vida de todo crente. Elas foram importantes na vida de Jesus; e se nós seremos formados à sua imagem, elas também devem se tornar mais importantes em nossas vidas.
Nós também temos aprendido que estas disciplinas espirituais militam contra o mundo, a carne, e o diabo; que elas são os meios da graça, nos equipando para a batalha; que elas fornecem um prazer maior em Deus; e que elas são os meios da graça para formar discipulos comuns à imagem de Cristo.
Nesta lição, nós iremos brevemente explorar muitas outras classicas disciplinas espirituais e buscar maneiras práticas para incorpora-las em nossa caminhada com Deus.
Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados... (Tiago 5:16).
De acordo com Jesus, a pratica de confessar para Deus na oração privada é uma forma de receber o perdão continuo (Mateus 6:12). Mas o Espírito Santo também ensina que a confissão de um ao outro é um meio de cura espiritual. Tiago parece ensinar que a cura espiritual algumas vezes resulta também em cura física.
Disciplina de confissão definida
A disciplina da confissão é humildimente adimitir a outra pessoa falhas espirituais especificas (pecados) e areas não semelhates com Cristo como um meio de cura espiritual.[1] A confissão a outro Cristão é especialmente necessária em áreas de pecados constantes e quando um senso de culpa e vergonha por falhas passadas não vão embora. Enquando o perdão vem através da confissão a Deus, ainda assim muitos descobriram que a confissão a um membro confiavel do corpo de Cristo é muitas vezes um humilde passo a libertação.
► Leia Tiago 5:16 todos juntos. Note a conexão entre a confissão e a cura.
Discordâncias sobre o pecado e a confissão
A prática bíblica da confissão deixa alguns Cristãos desconfortáveis porque parece descartar uma vida de santidade e uma caminhada vitoriosa com Deus. Alguns podem imaginar, “Como eu posso alegar viver uma vida santa e ainda assim ter coisas para confessar?” Uma das áreas centrais da controvérsia tem a ver com como vários educadores Cristãos definem o pecado.
[2]Alguns Cristãos tendem a definir o pecado muito amplamente como qualquer falha na perfeita justiça de Deus. Nesta definição não existe muitas vezes nenhuma distinção entre pecados premeditados, pecados intencionais, pecados que atingem um Cristão de repente (devido a fraqueza espiritual), ou atitudes e afeições que não são semelhantes a Cristo. Outros Cristãos definem o pecado muito estreitamente como transgressões conscientes e intencionais contra a lei de Deus e nada mais. Ambos extremos tendem a ignorar as preocupações da vida real que Cristãos sinceros tem.
[3]Por um lado, se nós acreditarmos que a rebelião intencional é igual a deslizes espirituais ou atitudes não semelhantes a Cristo, então teremos uma visão mais leve sobre o pecado intencional e habitual, o qual a Bíblia diz que os verdadeiros cristãos não podem cometer (1 João 3:8-9). Algumas pessoas dizem: “Todos nós somos pecadores”, sem fazer distinções.
Por outro lado, alguns Cristão se tornam hipocritas porque eles dizem que apenas as violações flagrantes da lei de Deus devem ser consideradas pecaminosas. Estes Cristãos não estão sensíveis a alguns dos pecados que entristecem o Espírito Santo: pensamentos impuros, critica, atitude de reclamação, falta de oração, engano, falha em ser guiado pelo Espírito Santo, intolerância, arrogância, e assim por diante. Eles desculpam as atitudes e comportamentos não semelhantes a Cristo porque eles os veem apenas como fraquezas ou enganos humanos, ao invés de pecados.
Nós não devemos estar tão preocupados sobre as definições do pecado como sobre os problemas da vida real em nossas vidas e caráter que estão ficando entre nós e Deus e dificultando o nosso relacionamento com outras pessoas. Lembre-se, o propósito de Deus na redenção é nos formar a imagem do seu Filho.
Nós devemos permitir que a Palavra de Deus forme o nosso entendimento do que é errado bem como o padrão do que é certo.
Algumas das formas que a bíblia descreve o pecado[4]
Assim como os Esquimós na América do Norte tem muitas palavras para descrever a neve, a bíblia define e descreve o pecado de várias formas.
► Procure cada uma das seguintes escrituras nas notas de rodapé e as discuta.
Pecado como negligência (Tiago 4:17). – Não fazer todo o bem que eu sei que deveria fazer.
Pecado como uma escolha (1 João 3:4). – Uma escolha intencional de fazer o que eu sei que é contra a lei de Deus.
Pecado como uma violação da consciência (Romanos 14:22-23). – Fazer alguma coisa que nós pensamos ser pecado, mesmo se não viola diretamente a Palavra de Deus.
Pecado da ignorância (Levítico 4:2, 22). – Uma violanção não intencional dos mandamentos de Deus que necessitam da cobertura do sangue de Jesus mesmo se nós nunca tenhamos consciência dela.
Um pecado único (1 João 2:1-2). – Um único ato que desagrada ao Senhor.
A prática do pecado (1 João 3:4-9). – Pecar como uma forma de vida, o que nenhum verdadeiro filho de Deus irá fazer. Este é o tipo de pecado que Jesus ordenou que o homem coxo e a mulher adúltera não fizessem mais.
Cegueira ao nosso próprio preconceito e hipocrisia (Gálatas 2:11-21). – Este é o tipo de pecado ignorante de Pedro e outros Cristãos como ele.
Entristecer o Espírito santo (Efésios 4:30). – Qualquer pensamento não semelhante a Cristo, palavra, ou obra que entristença o Espírito Santo.
Atitudes ou desejos mundanos (Números 11:1, 4). – Murmurando ou reclamando de Deus ou desejando coisas erradas.
Pecado não intencionais,[5] ou pecados de surpresa (Gálatas 6:1). – Um pecado que supreende um Cristão em um momento de tentação e fraqueza.
As muitas descrições de pecado encontrados nas escrituras deveriam nos tornar humildes e nos fazer sentir a nossa constante necessidade pela purificação do sangue de Jesus. Elas devem nos lembrar que Jesus morreu e ressucitou novamente – não apenas para expiar o pecado intencional, mas todo pensamento, palavra, e ato que causa dor e fica aquém da sua glória. Elas devem nos lembrar que não importa o quão longe nós tenhamos chegado em nossa caminhada com o Senhor, nós constantemente necessitamos de Jesus como nosso advogado: “Meus filhinhos, escrevo-lhes estas coisas para que vocês não pequem. Se, porém, alguém pecar, temos um intercessor junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo” (1 João 2:1).
O pecado e o Cristão[6]
Os Cristãos não praticam o pecado. Porém, ali permanece uma possibilidade de pecar até nós chegarmos ao céu. É por isso que 1 João 2:1-2 foi escrito. O Dr. Avery oferece o seguinte conselho prático relacionado ao pecado:
Nunca minimize o pecado, pensando que ele não importa.
Nunca maximize o pecado, pensando que ele não pode ser esquecido.
Nunca justifique o pecado por causa das circunstâncias.
[7]Como uma pessoa lida com os seus pecados diz muito sobre eles e a sua maturidade. Um Cristão maduro, since não irá brincar com as palavras; mas irá rapidamente reconhecer as suas falhas, se arrepender delas, encontrar graça, fazer restituição se necessário, e seguir em frente. Um Cristão imaturo irá lutar com Deus, justificar a si mesmo, e talvez até mesmo negar o pecado. Isto é o orgulho religioso. “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (Tiago 4:6).
Quando nós pecamos, nós temos duas escolhas:
Nós podemos cobrir os nossos pecados e sofrer as consequências. “Quem esconde os seus pecados não prospera, mas quem os confessa e os abandona encontra misericórdia” (Provérbios 28:13).
Nós podemos confessor os nossos pecados e encontrar cura. “Portanto, confessem os seus pecados uns aos outros e orem uns pelos outros para serem curados” (Tiago 5:16). Aqueles que confessam os seus pecados serão livres. Aqueles que negam os seus pecados não podem ser livres.
A boa noticia é, que nós podemos vencer o pecado enquanto nós dependemos da graça de Cristo e do poder do Espírito Santo. O poder da confissão.
A confissão a um irmão ou irmã de confiança é uma arma poderosa contra o pecado e a tentação.
(1) A confissão faz a tentação perder o seu poder.
As batalhas secretas são as mais difíceis de ganhar, e a tentação é mais forte quando nós estamos isolados e sozinhos. Que pecado Satanás esta te atraíndo? Que atitudes pecaminosas podem crescer em seu coração se você não os expor a luz? A confissão traz a força, o conforto, e o conselho de um amigo espiritual a minha batalha e torna a vitória muito mais provável (Provérbios 11:14; Provérbios 17:17; Provérbios 27:17; Eclesiastes 4:9). Muitas famílias colocam postes de luz fora das suas casas a noite como um impedimento aos instrusos. A confissão é um impedimento ao pecado porque ela coloca as nossas tentações onde outros podem ve-las e nos ajudar a nos defendermos contra elas.
(2) A confissão da um golpe decisivo ao nosso maior inimigo – o oruglho.
A tendência de proteger a nossa imagem esta em todos nós. Nós queremos que as pessoas pensem bem de nós e, portanto, são tentados a colocar uma máscara e fingir que nós somos alguém que nós não somos. O humilde ato da confissão irá erradicar a hipocrisia e preparar o solo dos nossos corações para uma colheita de justiça (Provérbios 28:13).
(3) A confissão irá muitas vezes libertar uma consciência de culpa e resultar na certeza do perdão.
Nós sabemos que apenas Deus pode perdoar; mas, como membros do corpo de Cristo, habitados pelo seu Espírito, nós fomos designados a representa-lo na terra. Quando, através do Espírito Santo, nós perdoamos uns aos outros, a graça curadora espiritual de Deus é liberada. Quando irmãos e irmãs cheias do Espírito falam palavras de misericórdia a outra pessoa, é como se o próprio Jesus estivesse falando estas palavras. Nós libertamos uns aos outros. Neste sentido, nós liberamos na terra o que foi liberado no céu (Mateus 16:19; Mateus 18:18; Mateus 20:23).
Debaixo da aliança do Antigo Testamento, os sacerdotes Leviticos foram os representantes humanos de Deus, afirmando aos homens na terra o perdão e graça restauradora de Deus. Estes sacerdotes não apenas ofereciam sacrifícios e orações, mas eles eram os agentes humanos de Deus para declarar o seu povo cerimonialmente limpos e perdoados (Levítico 13:23). Quando um leproso, por exemplo, era curado da sua lepra – uma doença que o fez impróprio para a adoração e comunhão – ele tinha que se apresentar aos sacerdotes para uma confirmação da sua cura. Os sacerdotes de Deus eram os representantes humanos de Deus, fortalecidos para restaurar uma pessoa a comunhão.
► Depois de Jesus milagrosamente curar os dez leprosos em Lucas 17:14, o que ele pediu para eles fazerem? (Lucas 17:14). Por que ele pediu isso? Isto ilustra a verdade de que Deus raramente ignora a sua igreja, mas derrama a sua graça através da igreja.
O Novo Testamento ensina o sacerdocio dos crentes. Como sacerdotes, cheios com o Espírito Santo, nós não apenas oferecemos sacrifícios espirituais aceitaveis a Deus (1 Pedro 2:5), mas nós também representamos o amor de Deus uns aos outros. Quando nós extendemos amor perdoador, é como se Deus estivesse extendendo o seu amor perdoador. Quando, pelo Espírito, nós discernimos o verdadeiro quebrantamento e arrependimento de outro Cristão e dizemos a ele, “Deus te perdoou, e nós te perdoamos,” existe uma graça curadora derramada em seus corações, lavando-os dos sentimentos de culpa e vergonha. O mesmo acontece para nós quando nós confessamos. Qualquer um que experimentou isto irá testemunhar a grande autoridade que Deus deu a sua igreja para administrar a graça curadora.
Dicas práticas para praticar a confissão
1. Busque uma pessoa piedosa (não perfeita) a qual você pode confessar algum pecado constante ou luta secreta e ficar limpo. Peça para eles orarem por você.
2. Seja honesto e tenha certeza de não culpar os outros. Não confesse detalhes desnecessários. Busque sabedoria.
3. Se você sentir que você não tem nada para confessar, peça ao seu conjuge, colega de quarto, ou amigo para te dar algumas sugestões! Pergunte, “Você vê alguma coisa na minha vida que são dolorosas?”
4. Aceite a Palavra de Deus através do seu confessor. “Este é o melhor entendimento do sacerdocio de todos os crentes. Escutar da certeza de Deus que você é perdoado e acreditar nisto.”[8]
5. Não espalhe as suas confissões. Algumas falhas morais de um líder espiritual podem exigir confissão à igreja, mas a maioria de nossas confissões exigem apenas um pequeno circulo de uma ou duas pessoas. Keith Drury diz, “O circulo de confissão raramente precisa ser maior do que o circulo de ofensa.”[9]
► Reflita sobre a disciplina da confissão com o seu grupo. Quais dicas são úteis? Existem partes deste ensino que são confusas? Permita também alguns minutos para uma reflexão pessoal.
“Seria mais saudável dar ao termo ‘pecado’ alguma flexibilidade sem ir ao extremo de esquecer 1 João 3:9 que exclui o pecado habitual. Uma pessoa justa não peca ‘em pensamento, palavra, e obras todos os dias’. Ainda assim ele deve ocasionalmente cair e necessitar de arrependimento e perdão.”
– Richard S. Taylor
“Tudo que enfraquece a sua razão, prejudice a ternura da sua consciência, obscurece o seu senso de Deus, ou tira o seu apreço das coisas espirituais; em resumo, tudo o que aumenta a sua força e autoridade do seu corpo sobre a sua mente, esta coisa é um pecado para você, por mais inocente que possa ser em si mesmo.”
– Susanna Wesley
“Seria mais sagrado chamar os nossos colapsos na semelhança de Cristo como ‘pecados,’ na boa e velha humildade honesta, fazer as pazes, e aprender com as nossas falhas. Nós nunca aprendemos com as falhas negadas...”
- Richard Taylor
Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque “Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes” (1 Pedro 5:5).
Nenhuma disciplina é mais importante do que a disciplina da submissão, embora ela apresente alguns desafios e tem sido muitas vezes mal entendida e abusada (Nós iremos brevemente identificar alguns destes desafios, mal entendidos, e abusos nesta seção).
A disciplina de submissão bíblica definida
Richard Foster define a disciplina da submissão como “a habilidade de deixar o terrível fardo de sempre ter que fazer as coisas do seu jeito.”[1] Esta disciplina segue o exemplo de Jesus, que se esvaziou, tomou a forma de servo, e se tornou obediente até a morte (Filipenses 2:7-8).
► Leia os seguintes versos cuidadosamente. Sublinhe todas as palavras que tem a ver com submissão.
“Vocês sabem que os da casa de Estéfanas foram o primeiro fruto da Acaia e que eles têm se dedicado ao serviço dos santos. Recomendo-lhes, irmãos, que se submetam a pessoas como eles e a todos os que cooperam e trabalham conosco” (1 Coríntios 16:15-16).
“Sujeitem-se uns aos outros, por temor a Cristo” (Efésios 5:21).
“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como ao Senhor, pois o marido é o cabeça da mulher, como também Cristo é o cabeça da igreja, que é o seu corpo, do qual ele é o Salvador” (Efésios 5:22-23).
“Assim como a igreja está sujeita a Cristo, também as mulheres estejam em tudo sujeitas a seus maridos” (Efésios 5:24).
“Escravos, obedeçam a seus senhores terrenos com respeito e temor, com sinceridade de coração, como a Cristo. Obedeçam-lhes não apenas para agradá-los quando eles os observam, mas como escravos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus” (Efésios 6:5-6).
“Mulheres, sujeite-se cada uma a seu marido, como convém a quem está no Senhor” (Colossenses 3:18).
“Filhos, obedeçam a seus pais em tudo, pois isso agrada ao Senhor” (Colossenses 3:20).
“Por causa do Senhor, sujeitem-se a toda autoridade constituída entre os homens; seja ao rei, como autoridade suprema...” (1 Pedro 2:13).
“Da mesma forma jovens, sujeitem-se aos mais velhos. Sejam todos humildes uns para com os outros, porque ‘Deus se opõe aos orgulhosos, mas concede graça aos humildes’” (1 Pedro 5:5).
“Obedeçam aos seus líderes e submetam-se à autoridade deles. Eles cuidam de vocês como quem deve prestar contas. Obedeçam-lhes, para que o trabalho deles seja uma alegria e não um peso, pois isso não seria proveitoso para vocês” (Hebreus 13:17).
Estes versos não deixam ninguém de fora! A submissão é uma disciplina para todos: “servos,” “irmãos,” “um ao outro,” “mulheres,” “filhos,” “nós mesmos,” “jovens,” “todos vocês.” As escrituras nos chamam a nos submetermos a Deus, aos reis e governantes, aos líderes espirituais, aos maridos, aos pais, aos mestres e um ao outro.
A submissão como um ato de obediência.
Paulo diz, “Portanto, aquele que se rebela contra a autoridade (governo) está se colocando contra o que Deus instituiu, e aqueles que assim procedem trazem condenação sobre si mesmos” (Romanos 13:2). A submissão a autoridade é ordenada pelo Espírito Santo. Talvez uma das grandes lições que nós poderemos aprender é se submeter apenas porque Deus assim o diz. Esta é a submissão a Palavra de Deus.
A submissão é um ato, mas também uma atitude.
A submissão envolve mais do que apenas atos de submissão, mas também uma atitude de submissão. Nós podemos fazer o que as pessoas pedem externamente, enquanto internamente guardar ressentimento ou raiva em relação a eles. Eu me lembro da história de um menino que não estava se comportando. A sua mãe disse para ele se sentar, o que ele fez. Mas alguém ouviu ele dizendo, “eu estou me sentando externamente, mas internamente eu estou de pé.” Deus quer que nós sejamos as pessoas que se submetem tanto no interior como no exterior!
A submissão a autoridade ordenada por Deus é um ato de confiança.
Em primeiro lugar, é um ato que testifica a nossa confiança nas escolhas soberanas de Deus. Paulo nos exorta a “sujeitar-se às autoridades governamentais, pois não há autoridade que não venha de Deus; as autoridades que existem foram por ele estabelecidas” (Romanos 13:1, ênfase adicionada). Se nós acreditamos que Deus é realmente soberano e que ele está em última instancia no comando de quem é eleito, quem é o meu instrutor ou supervisor, quem são os meus pais, quem é o meu marido, ou quem ganha o cargo, então a submissão se torna um testemunho de fé em sua sabedoria.
Lembre-se, paulo viveu debaixo de crueis ditadores Romanos; e ainda assim não justificava a rebelião. Ele sabia que Deus é soberano. Séculos antes dele, Deus disse a Nabucodonosor, através de Daniel, “o Altíssimo domina sobre os reinos dos homens e os dá a quem quer” (Daniel 4:25). Confie que Deus é soberano.
Segundo, a submissão é muitas vezes um ato de confiar na habilidade de Deus para mudar o coração do nosso líder. Quando nós não gostamos das decisões que estão sendo tomadas, mas não existe nada que nós possamos fazer para mudar as coisas, nós oramos a promessa, “O coração do rei é como um rio controlado pelo Senhor; ele o dirige para onde quer” (Provérbios 21:1). Eu já ouvi esposas testificando que quando elas pararam de brigar com os seus maridos e começaram a orar por eles e mostrar respeito a eles, Deus começou a mudar os corações dos seus maridos!
A submissão pode começar com um ato de adoração.
Fça de Cristo o foco da sua submissão, então você será liberto do medo! É assim que Paulo admoestou a igreja de Efésios: “Mulheres, sujeitem-se... como ao Senhor” (Efésios 5:22, ênfase adicionada), “Filhos, obedeçam a seus pais no Senhor, pois isso é justo” (Efésios 6:1, ênfase adicionada), “Escravos, obedeçam... como a Cristo” (Efésios 6:5, ênfase adicionada). É como se enquanto Paulo estivesse escrevendo ele soubesse a dificuldade do que ele estava pedindo. Ele sabe muito bem como líderes humanos falhos muitas vezes são, então ele diz, “Olhe além do líder para Aquele Perfeito que esta acima deles, e Aquele que os nomeou! Faça isto por ele! Faça isso com reverência por ele! Torne a submissão ao líder terreno falho um ato de adoração a Aquele que nunca falha ou comete um engano.” Quando nós nos submetemos com reverência por Cristo, a nossa submissão a uma autoridade terrena é um ato de adoração.
► Nos versos que nós lemos antes, note como a maioria das ordenanças para submissão são seguidar por, “A mão do Senhor,” “como a Cristo,” “no temor de Deus,” “Como ao Senhor,” etc. Como você pensa que a sua atitude em relação a submissão mudaria se você fizesse do Senhor o foco da sua submissão ao invés do seu conjuge, seu chefe, seu professor, ou seu pastor?
Nós todos teremos que servir a líderes e trabalhar para pessoas que são algumas vezes difíceis. A chave para liberdade é tornar a submissão um ato de adoração; para orar, “Jesus, este líder que você ordenou em minha vida é falho, mas eu vou me submeter por você! Eu vejo as suas fraquezas, mas eu não irei usar as suas fraquezas como uma desculpa para criticar abertamente ou me revoltar silenciosamente. Eu vou olhar para você além do líder, Deus, e adorar você pela sua sabedoria nesta escolha que você fez por nós. Você sabe o que é melhor para mim, minha família, e meu país. Você sabe o quais são os seus propósitos no futuro. Então eu não vou me rebelar contra a sua vontade, mas me submeter ao seu soberano plano.”
Isto não significa, é claro, que nós nos tornamos passivos; que nós não oramos ou trabalhamos pela mudança; que nós não fazemos a nossa parte para justiça. Mas isto significa que todos os esforços estão enraizados na fé e na confiança de que Deus está no controle das nossas vidas e do mundo.
Pedro escreveu estas palavras aos escravos: “Escravos, sujeitem-se a seus senhores... não apenas aos bons e amáveis, mas também aos maus (injustos)... pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos” (1 Pedro 2:18, 21, nota adicionada entre parenteses). Estas não são palavras fáceis de ouvir hoje, mas nós devemos ouvi-las.
As escrituras ensinam uma submissão mútua dos Cristãos uns com os outros.
A bíblia claramente fala de submissão as autoridades ordenadas por Deus, mas também de submissão mútua de uns aos os outros como membros do corpo de Cristo cheios do Espírito. Muitas vezes, onde a submissão é ensinada, é apenas as mulheres e crianças que são admoestadas. Mas as escrituras também enfatizam uma submissão mútua de cada Cristão com o outro. “Sede todos sujeitos uns aos outros, e revesti-vos de humildade” (1 Pedro 5:5, ênfase adicionada). Submeter-se uns aos outros significa aprender a ceder os nossos direitos, responder as necessidades dos outros, escutar a opinião uns dos outros, sacrificar-se pelo bem da paz e harmonia. Esta é uma das disciplinas mais dificeis para alunos na faculdade, crianças, conjuges, e membros da igreja aprenderem. Mas, existe liberdade em aprendê-la!
Os líderes ordenados por Deus em casa, na igrea, e governo devem exercer supervisão, mas nunca serem “dominadores dos que lhes foram confiados” (1 Pedro 5:2-3). Nós nunca devemos usar a autoridade para machucar, mas apenas para ajudar. O evangelho eleva e dignifica todos os membros do corpo de Cristo e, portanto, sempre existem formas nas quais todos devem submeter-se uns aos outros. As esposas se submetem aos seus maridos, mas os maridos também amam as suas esposas e servem a elas como Cristo fez. Os membros da igreja devem se submeter aos líderes, mas estes líderes nunca devem “ser senhores sobre aqueles que lhes foram confiados, mas ser exemplo para o rebanho” (Ibid). Quando todos os Cristãos estão revestidos com humildade, aceitando o seu lugar dado por Deus no corpo e servindo alegremente uns aos outros, a submissão será uma experiência abençoada. A submissão permanece saudavel quando os cristãos estão cheios com amor e revestidos com humildade.
A submissão a autoridade é crítica para maturidade espiritual.
Ninguém jamais será formado à imagem de Cristo que não possa se submeter a autoridade ou fazer a vontade dele ou dela, os desejos, e opiniões subordinado aos de outros. Nós nunca iremos liderar até que nós aprendamos a seguir. Nós nunca seremos confiados para comandar até que nós aprendamos a obedecer a ordens.
Esta falta de ceder um ao outro e deixar os nossos direitos é a causa de muitos conflitos em casa, na escola, no local de trabalho, na sociedade, e na igreja local. A submissão a autoridade é a forma de Deus nos proteger, prosperar, unir, e formar Cristo em nós.
Eu nunca vou me esquecer do desapontamento e indignação que eu sei em uma segunda-feira de manhã como professor nas Filipinas. Alguns dias antes, eu havia dado aos nossos alunos de ministério prestes a se formarem uma simples, mas importante, tarefa final. Eu havia deixado claro que a tarefa era para a segunda-feira de manhã, que todos os alunos deveriam estar presentes, e que esta tarefa era uma exigência para a graduação. Para a minha surpresa, quando eu cheguei para a aula, eu descobri que três dos nossos alunos granduandos de ministério decidiram faltar a aula e a tarefa. Eu percebi que a sua ausência era um protesto contra o que eles acreditavam ser uma tarefa estupida.
Eu deixei a aula, marchei até o dormitório masculino, e encontrei estes três alunos descansando em seus quartos rindo e se divertindo. Eles pensaram que eram espertos. Eles pensaram que eles podiam fazer o que eles queriam fazer sem as consequências. Eles pensaram que a tarefa não era importante, e que eles não precisavam faze-la. Eles aprenderam de outra forma! Eu fui muito duro com eles porque o que eu sabia era que eles nunca iriam se qualificar para liderar o rebanho de Deus até que eles aprendessem a seguir um pastor. Todos os três jovens se submeteram a minha disciplina, e anos depois eles me agradeceram. Dois dos três jovens são pastores hoje.
Limites da submissão – Quando a submissão se torna destrutiva?
Existem ocasiões quando a submissão se torna destrutiva e pode até mesmo precisar ser recusada. Aqui estão alguns diretrizes para discussão:
(1) A submissão se torna destrutiva quando ela é exigente e abusiva.
Esposas devem se afastar de maridos abusivos e procurar ajuda. Os Cristãos devem se ficar longe de líderes que exigem lealdade cega e subordinação irracional. “Apenas faça o que eu digo e não faça perguntas!” é uma linguagem de abuso, especialmente quando falada para um adulto. Muitos hoje foram feridos por este tipo de abuso. A submissão não significa que nós nunca falamos a nossa opinião, confrontamos os problemas, ou levantamos questões controvérsas. Estes podem ser feitos com um espírito de submissão respeitoso.
A submissão, como o amor, é um dom que nós damos uns aos outros por reverência a Cristo. É um líder fraco que precisa exigir submissão. Quando a nossa autoridade vem de Deus, nós não iremos precisar exigi-la. Deus irá defender os seus líderes. Deus irá lutar as suas batalhas. Deus irá conceder a eles a autoridade espiritual e os outros o serguirão de boa vontade.
Arão e Miriam aprenderam de forma difícil que Deus irá defender o seu líder humilde. Eles desculparam a rebelião contra a liderança de Moisés por causa das falhas que eles viram em sua família (Números 12:1-2). A sua insurreição começou com um desgosto pela esposa de Moisés e levou a um questionamento da autoridade de Moisés: “’Será que o Senhor tem falado apenas por meio de Moisés? perguntaram. ‘Também não tem ele falado por meio de nós.’” Moisés lideou com este problema se mantendo calado e permitindo que Deus lidasse com isto (Números 12:3).
(2) A submissão se torna destrutiva quando é uma cobertura para o pecado de alguém.
Em Atos 16:37, Paulo se recusa a obedecer a uma ordem porque ela foi projetada para cobrir o pecado. Se alguma autoridade exigir que nós cubramos os seus pecados ou participemos em seus pecados, nós temos um direito e obrigação de recusar a submissão.
(3) A submissão se torna destrutiva quando ela nos faz violar a Palavra de Deus.
Quando os oficiais do Sinédrio exigiram que Pedro e João não ensinassem ou falassem no nome de Jesus, eles respeitosamente responderam, “Julguem os senhores mesmos se é justo aos olhos de Deus obedecer aos senhores e não a Deus. Pois não podemos deixar de falar do que vimos e ouvimos” (Atos 4:19b-20).
Os limites da submissão nem sempre são fáceis de determinar.
Ensinar este assunto é sempre difícil, porque ele envolve relacionamentos humanos, e relacionamentos são complicados devido ao pecado. Os seres humanos são falhos, incluindo os presidentes, ditadores, diretores, maridos, gerentes, etc. Um cidadão deve se submeter ao seu governo, mesmo quando ele é corrupto? Um empregado deve agir respeitosamente ao seu chefe quando o respeito não é merecido? Richard Foster nos dá aqui uma palavra muito sábia:
Às vezes, os limites da submissão são fáceis de determinar. Pede-se a uma mãe que castigue o filho exageradamente. Pede-se a uma criança que ajude um adulto numa prática ilegal. Pede-se a um cidadão que viole os preceitos das Escrituras e da consciência em favor do Estado [governo]. Em cada um desses exemplos, o discípulo recusará a proposta, não de forma arrogante, mas em espírito de mansidão e submissão.
Muitas vezes o limite da submissão é extremamente difícel de se definir. E o conjuge que se sente sufocado e afastado da sua realização pessoal por causa da carreira profissional do conjuge? Isto é uma forma legítima de autonegação, ou é destrutivo? E o professor que avalia injustamente um aluno? O aluno se submete ou resiste? E o empregador que promove os seus empregados com base no favoritismo...? O que o empregado carente faz, especialmente se o aumento é necessário para o bem do seu ou sua família?
Estas são perguntas complicadas simplesmente porque os relacionamentos humanos são complicados. Elas são perguntas que não cedem a respostas simplistas. Não existe uma lei de submissão que irá cobrir todas as situações. Nós devemos ser muito céticos de todas as leis que pretendem lidar com todas as circunstâncias...
Ao definir os limites da submissão, nós estamos [colocados] em uma profunda dependência do Espírito Santo.[2]
► Reserve alguns momentos para discutir estes limites de submissão. Talvez existam limites que você poderia adicionar ou testemunhos que você pode compartilhar dos perigos da submissão cega.
Conselhos práticos para praticar a submissão
1. Se você é um aluno da faculdade ou trabalha para um ministério ou empresa, sempre existem politicas e regras institucionais a serem mantidas. Pratique mante-las. Pare de cortar cantos.
2. Peça ao Espírito Santo para te ensinar como desenvolver uma atitude mais submissiva a autoridade.
3. Aprenda a ceder a aqueles ao seu redor ao invés de exigir os seus direitos.
4. Treine a si mesmo para se submeter em pequenas ordenanças: “Fique longe,” “Não jogue lixo,” etc.
5. Revise as escrituras de submissão nesta lição e peça ao Senhor para te ajudar a saber como aplica-las em sua vida.
Jesus lhes disse: “Os reis das nações dominam sobre elas; e os que exercem autoridade sobre elas são chamados benfeitores. Mas, vocês não serão assim. Pelo contrário, o maior entre vocês deverá ser como o mais jovem, e aquele que governa como o que serve” (Lucas 22:25-26).
A disciplina do serviço irá nos treinar em uma humildade mais profunda e semelhante a Cristo. Entre os pastores, professores, músicas, e Cristãos ordinários na igreja global, a inveja é um dos pecados mais venenosos enraizados no coração humano. Muitas vezes nós não estamos cientes da sua presença mortal ali. Você alguma vez se sentiu machucado quando você não é reconhecido ou honrado como você pensa que você merece? Você se sente ressentido quando os outros ganham crédito por um trabalho que você fez? Você tem dificuldade para se alegrar no sucesso dos outros? Você fica secretamente alegre quando os outros falham? Você se sente inseguro quando os outros são elogiados? Quando os outros tem bom desempenho, você abriga pensamentos secretos de que você poderia fazer melhor? A disciplina de serviço irá nos levar de volta para Jesus, o modelo perfeito de um servo humilde.
[1]Todos nós fomos tentados destas maneiras, em algum nível. Nós fomos tentados a invejar a vida melhor que nós percebemos que os outros tem. Nós fomos tentados a cobiçar os cargos, dons, reconhecimento do nome, roupas, conjuges, congregação, estilo de vida dos outros. O nosso impulso competitivo por proeminência só pode ser queimado da nossa natureza pelo Pentecoste, pelo fogo do Espírito Santo (Mateus 3:11-12). Mas mesmo depois do Pentecoste, nós devemos cultivar a modesta, humilde mente de Cristo – a mente de um servo.
Definindo a disciplina do serviço
A disciplina do serviço é cultivar a mente e obras de um servo em todas as temporadas da vida. E Jesus define o que é um servo. Ele foi maior do que qualquer outro abriu mão de mais do que qualquer outro, e fez de si mesmo menor do que qualquer outro.
► Leia Filipenses 2:5-11 todos juntos.
Filipenses nos ensina que a vida de um servo começa com a mente de um servo.
(1) Um servo é caracterizado pela humildade, não a auto-promoção.
[2]Jesus existiu na “forma de Deus” (verso 6). Jesus possuiu os “atributos essenciais da divindade.”[3] Hebreus diz, “O Filho é o resplendor da glória de Deus e a expressão exata do seu ser” (Hebreus 1:3; veja também Colossenses 1:15). Ele alegou, “Eu e o Pai somos um” (João 10:30), e “Quem me vê, vê o Pai... Você não crê que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” (João 14:9-10).
Mas Jesus não conta “ser igual a Deus era algo a que devia apegar-se” (verso 6).[4] Tudo o que Deus é, Jesus é; e ainda assim ele não se apegou a isso. Em todos os sentidos, Jesus era igual a Deus. Ele até mesmo alegou esta igualmente para si mesmo, e por isto os Judeus o odiaram: “também dizia que Deus era seu próprio Pai, fazendo-se igual a Deus” (João 5:18), e Tomé foi adora-lo: “Senhor meu e Deus meu” (João 20:28). O escritor de Hebreus descreveu Jesus como a “expressão exata” (Hebreus 1:3). da natureza de Deus, uma palavra usada para gravar em madeira, gravar no metal, marcar no couro, imprimir em argila, e estampar em uma moeda. Jesus é Deus feito em carne!
Jesus “esvaziou-se a si mesmo” (verso 7). As palavras “esvaziou-se” vem da palavra Grega kenosis, traduzida como “esvaziar a si mesmo,” ou “colocar de lado.” Isto significa que embora Jesus Cristo nunca tenha deixado a sua divindade, ainda assim por um tempo ele colocou de lado os direitos e privilégios da sua natureza divina. Embora Jesus Cristo nunca tenha deixado a sua divindade, por um tempo ele escolheu colocar de lado a sua vestimenta real e vestir os trapos da humanidade. John Wesley diz, “Embora ele se permecesse pleno (João 1:14), ainda assim ele parecia com se tivesse sido esvaziado; pois ele encobriu a sua plenitude da vista dos homens e dos anjos.”
A essência e identidade de jesus nunca iriam mudar; mas pelos propósitos de redenção, ele se ficou disposto a colocar de lado a sua distinção, honra e reputação para se tornar fraco, indefeso e parecer comum, ordinário, e sem privilégios. Aqui esta o coração de um servo e o nosso exemplo a ser seguido.
Enquanto eu contemplo o que o nosso Senhor colocou de lado, eu sou forçado a ver tolice das coisas que eu me agarro e protejo como meu direito. Nós não estamos muitas vezes mais preocupados sobre o que as pessoas pensam de nós – a nossa reputação ou sentir-se bem – do que em fazer a coisa certa? “Senhor, permita que a humilde mente de Jesus esteja em nós!” A forma de Jesus pensar é uma forte repreensão a todas as formas de ambições egoístas.
(2) Um verdadeiro servo é caracterizado pela completa devoção a vontade do seu mestre.
Jesus “veio a ser servo” (verso 7). Ser um servo era estar na mais baixa condição de vida. Um servo vivia apenas para a vontade do seu mestre.
Quando Jesus entrou no mundo, ele rendeu a sua vontade a vontade do seu Pai e escolheu viver uma vida de humilde dependência. Ele não pensou em termos de promoção pessoal ou o quanto ele iria ganhar. A mentalidade do servo é a de um mordomo cujo sucesso é encontrado em se importar pelas coisas que agradam o Mestre.
Tenha cuidado sobre pensar da mesma forma que o nosso filho de sete anos, Timothy, pensou alguns anos atrás. Quando eu precisava sair de casa por um tempo, eu disse, “Filho, Papai vai voltar em algumas horas, e quando eu voltar o seu quarto deve estar limpo.” “Ok, Papai!” ele disse cuidadosamente. Quando eu voltei, ele me encontrou com um grande sorriso e disse, “Olhe, Papai, eu lavei todas as louças na pia!” “Oh, isto é muito bom,” eu respondi. “Você também limpou o seu quarto?” Agora a sua cabeça se abaixou, e o seu sorriso desapareceu. “Hm.. não Papai.” “Então você sabe as consequências da desobediência,” eu disse triste. E eu corrigi o meu filho porque ele escolheu o seu próprio caminho de obediência, tornando o seu chamado “sacrifício” em nada mais do que um ato egoista de rebelião. Outros podem ter aplaudido a sua indústria, mas eu sabia melhor. Esta história nos lembra que até mesmo a perseverança mais heróica e em nossa própria busca egoistas é rebelião contra Deus. Um servo faz a vontade de seu mestre.
(3) Um verdadeiro servo está disposto a compartilhar as fraquezas daqueles que ele chama de servos.
Paulo ensina que Jesus veio “semelhante aos homens,” e “em forma humana” (7b-8a). Isto significa que Jesus tomou todos os atributos essenciais da humanidade. Em Cristo, Deus condescendeu da sua glória eterna, para se parecer como nós, para experimentar a nossa dor, sofrer como nós sofremos, e ser tentado assim como nós somos. Por que ele fez isto? Porque ele nos ama! (João 3:16). Para ser o nosso substituto! Para simpatizar com a nossa fraqueza:
“Portanto, visto que os filhos são pessoas de carne e sangue, ele também participou dessa condição humana, para que, por sua morte, derrotasse aquele que tem o poder da morte, isto é, o diabo” (Hebreus 2:14).
“Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os aspectos, para se tornar sumo sacerdote misericordioso e fiel com relação a Deus e fazer propiciação pelos pecados do povo” (Hebreus 2:17).
“Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado” (Hebreus 4:15).
Em Jesus, Deus se tornou completamente homem. E a mente de Cristo é uma vontade de compartilhar na pobreza, fome, sede, falta de moradia, exaustão, raiva, tristeza, dor física, traição, e até mesmo desespero emocional pelo bem dos outros. No Jardim do Getsemani, Jesus triste até o ponto de morte para que nós pudessemos experimentar a redenção (Mateus 26:38). Ele absorveu a nossa repreensão, desprezo, ódio e orgulho. E ainda assim ele foi o homem mais alegre que jamais viveu (Salmos 45:7). É assim que a serventia se parece. E nós devemos ter esta mesma mentalidade. É mesmo possível?
Servidão à semelhança de Cristo através da disciplina e do esforço humano pela graça capacitadora
A humildade de Cristo é tão profunda, tão vasta; mas nós somos tentados pelo egocentrismo. Aqueles que nós somos chamados para servir não são apenas carentes, mas muitas vezes egoístas, rudes, e ingratos, e algumas vezes mostram muito pouca consideração pela nossa fadiga e necessidade de solidão. Nós somos muitas vezes criticados. As nossas conversas são muitas vezes interrompidas e a nossa recreação diminuída pelas suas exigências e emergências. Sem a mente de Cristo, nós vamos perder a sua ternura de coração e alegria de disposição; e os nossos ministérios serão mais caracterizados pela irritabilidade do que humildade. Então como nós devemos receber esta mente?
(1) A mentede um servo é cultivada através da disciplina.
Paulo diz em Filipenses 2:5 que nós devemos ter a mente de Cristo. Isto significa que nós devemos escolher ter as atitudes e motivações de Cristo. No dia a dia da vida, com todos os seus desafios, nós devemos escolher o caminho de Jesus sobre o nosso!
(2) A mente de um servo deve ser recebida humildemente.
Nós não podemos criar a mente de um servo. Nós devemos permitir que o Espírito Santo a produza mais e mais em nós. Porque Cristo agora habita em nós pelo seu Espírito, existe um senso no qual cada crente já tem a mente de Cristo; mas nós devemos ceder a ela. Nós devemos escolher possui-la pela graça.
Como discernir o serviço de justiça própria do verdadeiro serviço.[5]
| Serviço de justiça própria | Verdadeiro serviço |
|---|---|
| Vem através do esforço humano. | Flui do nosso relacionamento com Deus. |
| É impressionado com o grande negócio. | Não distingui entre o grande e o pequeno. |
| Exige recompensas externas. | É contente com o ocultamento. |
| Está altamente preocupado com os resultados. | Não sente a necessidade de calcular os resultados. |
| Seleciona e escolhe a quem servir. | Serve a qualquer um. |
| É afetado por humores. | Disciplina a si mesmo para satisfazer as necessidades mesmo quando elas são difíceis. |
| É temporário. | É um estilo de vida. |
| É insensível, insiste em servir até mesmo quando não é pedido. | Pode reter o seu serviço se necessário. |
| Fratura o corpo de Cristo. | Constroi unidade entre o corpo de Cristo. |
A recompensa dos servos
Eu concluo esta lição com uma carta sincera que escreve anos atrás para os pastores que nós tivemos o privilégio de servir nas Filipinas. Ela marca muitos atos de serviço que nós testemunhamos neles com o passar dos anos, demonstra as muitas formas que os Cristãos podem servir uns aos outros, e anseia pelo dia que o nosso serviço será recompensado.
Queridos irmãos,
Muitos de vocês pastores e trabalhadores tem lindamente exemplificado a mente de Cristo a nossa família, e nós temos aprendido lições espirituais incriveis através da sua fé.
Quando você pacientimente e amavelmente se importaram pela criança com deficiência que nunca será capaz de agradecer vocês, cuidaram de um cônjuge através de longos períodos de doença até que Deus operou o milagre da cura, retornaram para servir uma congregação que havia machucado vocês, e permitiu que Deus quebrasse o orgulho de você e então os erguesse para um lutar de autoridade espiritual, vocês demonstraram ter a mente de Cristo.
Quando vocês retornaram o bem pelo mal, trabalharam fielmente com pouco reconhecimento ou apreciação, cuidaram das viuvas e indigentes entre vocês, serviram ao Senhor com alegria sem a amor e apoio de um companheiro, permitiram que erros antigos os humilhassem e fizessem de vocês uma pessoa de oração e unção que vocês são hoje, vocês demonstraram a mente de Cristo.
Quando vocês consistentemente deram ao Mestre o seu melhor através das crises e pobreza, defenderam a verdade e justiça mesmo quando era impopular, desistiram do seu trabalho secundário para se devotarem ao ministério, serviram a Deus em silêncio e mansidão em seu lugar humilde, vocês demonstraram o coração de um servo.
O céu registrou o seu serviço. Eu mal posso esperar pelo dia que Jesus coroe vocês! Eu quero estar lá quando vocês receberem a sua gloriosa recompensa por viver a mente de Cristo!
Neste espaço fornecido, escreva pelo menos três maneiras que você sabe que você poderia desenvolver mais do coração de um servo. Esteja disposto a fazer estas mudanças pela graça de Deus e estar preparado para compartilhar o seu testemunho com o seu grupo durante a próxima reunião.
| Três Maneiras de Desenvolver um Coração de Servo |
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“A disciplina do serviço nos capacita a dizer ‘NÃO!’ para os jogos mundiais de promoção e autoridade.”
– Richard Foster
“Não existe limite para o que Deus pode fazer quando ele encontra um homem ou mulher que não se importa em levar o crédito, desde que Deus receba a glória!”
– Unknown
(1) Faça o teste baseado no material desta lição.
(2) Passe pelo menos trinta minutos esta semana revisando esta lição, incluindo as escrituras nas referências, pedindo ao Espírito Santo por discernimento.
(3) Registre no seu diário qualquer mudanças específicas que devem ser feitas em sua vida, como o Senhor revela-las para você.
(4) Medite em pelos um Salmo no seu tempo de devocional diário, e registre no seu diário o que o salmista disse sobre a natureza e caráter de Deus.
(5) Registre no seu diário uma oração pessoal para transformação pessoal e crescimento baseado nesta lição.
(6) Pratique usando o Guia de Oração Diária do Dr. Brown em sua oração diária privada.
(1) Que passagem no Novo Testamento nos instrui a confessar as nossas transgressões uns aos outros?
(2) Nomeie cinco formas que a bíblia descreve o pecado.
(3) Que conselhos práticos o Dr. Avery ofereceu relacionado ao pecado?
(4) Quando a submissão a uma autoridade terrena é um ato de adoração?
(5) Quando a submissão se torna destrutiva?
(6) Forneça três características do verdadeiro serviço.
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Objetivos da lição
A Jornada da Formação Espiritual: Como a Imagem de Cristo é Formada em Nós
Lesson 2
O Poder Formador da Certeza Bíblica
Lesson 3
A Formação Espiritual através do Conhecimento de Deus
Lesson 4
Formação Espiritual através do Conhecimento do Eu: Parte 1
Lesson 5
Formação Espiritual através do Conhecimento do Eu: Parte 2
Lesson 6
A imagem de Cristo através do treinamento espiritual
Lesson 7
Solidão, Meditação, Jejum e Simplicidade: Disciplinas Espirituais da Devoção
Lesson 8
Oração privada: Disciplinas Espirituais de Devoção
Lesson 9
Confissão, Submissão e Serviço: Disciplinas Espirituais de Ação
Lesson 10
A Língua e a Vida do Pensamento: Disciplina Pessoal
Lesson 11
Apetite, Tempo, Temperamento e Convicções Pessoais: Disciplina Pessoal
Lesson 12
Formado Através do Sofrimento
Lesson 13
Formado Pela Comunidade Cristã
Lesson 14
Fontes recomendadas
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