Ensinar é a transferência ativa de informações e atitudes de uma pessoa para outra. O ensino envolve um professor e um aluno. O ensino pode ocorrer em um ambiente formal de sala de aula; o ensino pode ocorrer no púlpito da igreja no domingo; o ensino pode ocorrer em uma discussão entre duas pessoas.
O que é um professor? Professor é uma pessoa que entende a informação e a apresenta a outra pessoa. Um bom professor é uma pessoa que consegue pegar uma verdade difícil e apresentá-la de maneira simples. O professor é principalmente um comunicador. Ele pega assuntos que os outros não sabem e os torna simples o suficiente para o aluno entender.
As responsabilidades mais importantes do professor são comunicar a verdade aos outros e ensiná-los como aprender. A verdade que os professores de Deus devem comunicar é a mensagem de Deus para o nosso mundo. Nossa sociedade precisa de pessoas que conheçam as condições do nosso mundo, que entendam a mensagem de Deus para o nosso mundo e que possam comunicar essas coisas ao resto de nós.
Temos empresários que são tão bons em comunicar os benefícios de seus produtos que saímos correndo para comprá-los. Por causa dos vendedores que se comunicam bem, você pode comprar smartphones e Coca-Cola em quase todos os lugares do mundo. Essas coisas são temporárias. Pense quão mais importante é a eterna Palavra de Deus para o nosso mundo. Precisamos de professores que possam comunicar a verdade de Deus de tal maneira que as pessoas entendam e respondam a ela.
Ensino na Bíblia
Ensinar sempre foi importante na igreja. Jesus foi chamado de rabino, que significa mestre. Ele instruiu Seus discípulos a ir ao mundo e ensinar as coisas que Ele havia ensinado. Note algumas observações sobre ensino no Novo Testamento.
(1) Ensinar era um dos deveres da igreja primitiva
Na igreja de Antioquia havia profetas e mestres: Barnabé, Simeão, chamado Níger, Lúcio de Cirene, Manaém, que fora criado com Herodes, o tetrarca, e Saulo.[1]
Esses professores ajudaram os novos crentes a entender o que significava ser um verdadeiro seguidor de Jesus. Lucas escreveu para verificar a verdade do que Teófilo havia aprendido:
Eu mesmo investiguei tudo cuidadosamente, desde o começo, e decidi escrever-te um relato ordenado, ó excelentíssimo Teófilo, para que tenhas a certeza das coisas que te foram ensinadas.[2]
(2) Ensinar é um dos dons do Espírito
Assim, na igreja, Deus estabeleceu primeiramente apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres; depois os que realizam milagres, os que têm dons de curar, os que têm dom de prestar ajuda, os que têm dons de administração e os que falam diversas línguas.[3]
Alguns cristãos receberam um dom espiritual especial para o ensino eficaz.
(3) Ensinar é uma das principais responsabilidades do pastor
E ele designou alguns para apóstolos, outros para profetas, outros para evangelistas, e outros para pastores e mestres.[4]
Nessa lista, as palavras “pastor” e “professor” estão ligadas de tal forma que se referem ao mesmo ofício. O pastor deve ser um professor. O ensino é tão importante que Paulo o listou como um dos pré-requisitos para um pastor. Todo pastor deve ter a capacidade de ensinar.
É necessário, pois, que o bispo seja irrepreensível, marido de uma só mulher, moderado, sensato, respeitável, hospitaleiro e apto para ensinar; não deve ser apegado ao vinho, nem violento, mas sim amável, pacífico e não apegado ao dinheiro.[5]
Se alguém não ensina, não está qualificado para ser pastor. Nem todo pastor tem o dom espiritual de ensinar, mas todo pastor deve desenvolver suas habilidades de ensino da melhor maneira possível.
Quais são as qualidades de um bom professor? Como alguém pode se tornar um professor melhor? A seguir estão algumas qualidades que são essenciais para ser um professor de sucesso.
Trabalho Duro
Um dos equívocos sobre a profissão de professor é que este é um trabalho fácil. Você não precisa cavar sujeira ou ficar engordurado trabalhando com motores.
Ouvi falar sobre um jovem que obteve um Ph.D. nos Estados Unidos. Quando voltou ao seminário onde lecionava, informou que não ia trabalhar tanto agora que tinha seu doutorado. Ele planejava desfrutar das honras que acompanhavam seu doutorado. Esta era a atitude errada para se ter. Deus não nos dá formações acadêmicas para que trabalhemos menos, mas para que possamos trabalhar de forma mais eficaz.
Muitas pessoas têm um grande mal-entendido sobre o trabalho. Pensam que o trabalho duro é parte da maldição que Deus colocou sobre o homem. Isso não é verdade. Quando Deus criou Adão e Eva, deu-lhes responsabilidades. Ele disse-lhes:
"Sejam férteis e multipliquem-se! Encham e subjuguem a terra! Dominem sobre os peixes do mar, sobras as aves do céu e sobre todos os animais que se movem pela terra."[1]
Subjugar e governar a terra implicava atividade, responsabilidade e trabalho. Quando Adão e Eva pecaram, eles sofreram a maldição que resultou de sua rebelião. A maldição não era o trabalho em si, mas o sofrimento e a frustração que agora acompanhariam o trabalho deles. Em vez do trabalho alegre que faziam antes da queda, seu trabalho agora seria uma labuta dolorosa.[2]
Um dos Dez Mandamentos diz: “Trabalharás seis dias e neles farás todos os teus trabalhos”.[3] Esse mandamento foi dado para mostrar que o sábado era sagrado. No entanto, uma parte desse mandamento enfatiza o que os cristãos sempre acreditaram, ensinaram e praticaram – o trabalho é honroso. Ao contrário da opinião de alguns, o trabalho não é uma maldição.
Se você quer ser um professor de sucesso, você deve trabalhar duro. Você não será um professor eficaz sem uma boa preparação. Preparação significa que você lê e aprende o que os outros dizem sobre o tópico que você está ensinando. Isso também significa que você escreve as coisas que aprendeu e as organiza de forma que possa apresentá-las aos seus alunos. Se você não se preparar bem, não ensinará bem. O ensino bem-sucedido requer trabalho árduo.
Conhecimento
Um bom professor deve saber mais do que seus alunos. Pode-se ter os melhores métodos e a melhor personalidade, mas se não conhecer a área de estudo, não será um professor eficaz. Um bom professor deve ter tido algum tipo de formação no passado. Essa formação pode ser formal ou informal. A educação pode ter sido recebida em uma sala de aula sob a direção de professores qualificados, ou pode ser uma educação pessoal que foi adquirida através da leitura e das experiências de vida. Todo professor deve ter uma educação básica.
Bons professores não se contentam em permanecer estáticos em sua educação. Eles continuam aprendendo e crescendo. Uma das coisas maravilhosas sobre o ensino é que você tem a oportunidade de aprender coisas antes de ensiná-las aos seus alunos. Meu provérbio favorito diz: “A glória de Deus é ocultar certas coisas; tentar descobri-las é a glória dos reis”.[4] A primeira qualidade de um bom professor é que ele é um bom aprendiz.
Como você garante que poderá continuar aprendendo?
Leia livros;
Participe de workshops e seminários;
Discuta tópicos sérios com colegas;
Escreva.
Quanto mais ensinamos, mais aprendemos. Quanto mais aprendemos, mais percebemos aquilo que não sabemos e mais humildes devemos nos tornar. À medida que percebemos o que não sabemos, devemos ficar ansiosos para aprender mais. Continue ensinando e você continuará aprendendo.
Inovação
A inovação envolve criatividade e flexibilidade. Ambas as qualidades são necessárias para um professor de sucesso. O bom educador deve ser inovador e flexível. O bom professor pode lidar com interrupções inesperadas e é capaz de ensinar de forma criativa.
A forma mais comum de ensino é dar palestras. Embora o método expositivo seja um método muito importante, raramente deve ser usado sozinho. Um provérbio inglês diz: “A variedade é o tempero da vida”. Conforme você varia seus métodos de ensino, você alcança mais alunos.
Uma das maneiras de um bom professor se comunicar bem é usar algum tipo de abordagem única. Ele faz algo incomum na sala de aula. Um dos melhores professores que já tive trazia objetos para a sala de aula como chaves de fenda e peças de computador e as usava para ilustrar certas verdades. Quanto mais único o professor puder ser, mais efetivamente ele se comunicará. O professor não deve hesitar em tentar novas abordagens na sala de aula.
Humor
Poucas ferramentas são mais valiosas na mão do professor do que o humor. A Bíblia não é um livro engraçado, mas há dicas ao longo das Escrituras mostrando que as pessoas da Bíblia eram normais e gostavam de humor. Atos inclui a história dos sete filhos de Ceva que estavam tentando expulsar demônios “em nome de Jesus, a quem Paulo prega”. Quando esses homens tentaram expulsar demônios em nome de Jesus, os demônios disseram: “Jesus, eu conheço, Paulo, eu sei quem é; mas vocês, quem são?”[5] A pessoa que relatou essa história a Lucas deve ter sorrido ao contar esse incidente.
O humor faz muitas coisas para o professor:
1. O humor recupera a atenção dos alunos. A concentração dos alunos é limitada. Depois de alguns minutos, até o melhor aluno fica tentado a pensar em outra coisa. Quando o humor é introduzido, todos voltam. A atenção da classe é recuperada.
2. O humor relaxa a atmosfera da sala de aula. Ensinar pode se tornar tedioso. Fatos, figuras, doutrinas e conceitos podem criar uma atmosfera muito séria e até tensa. Uma história engraçada ou um comentário bem-humorado faz com que todos relaxem.
3. O humor apresenta a verdade de uma perspectiva diferente. Quando uma verdade é apresentada de uma perspectiva diferente, ela pode ser compreendida e lembrada por muito mais tempo. A verdade apresentada de forma bem-humorada pode dar uma visão que não será obtida de outra forma.
4. O humor suaviza a correção. Um bom professor deve manter a ordem em sua sala de aula. Manter a ordem exige que se corrija aqueles que são perturbadores. Corrigir um aluno com severidade pode criar raiva, constrangimento ou medo na sala de aula, mesmo entre aqueles que não estão sendo corrigidos. Corrigir usando o humor remove a dureza e o constrangimento.
Nem todas as pessoas são naturalmente bem-humoradas. Algumas pessoas têm que trabalhar duro para injetar um pouco de humor. No entanto, a maioria das pessoas pode aprender a usar pelo menos um pouco de humor em seu ensino.
Sensibilidade
Uma das regras mais importantes na comunicação é ser sensível à pessoa com quem você está se comunicando. As pessoas com quem você está se comunicando são pessoas reais com necessidades e expectativas reais. Uma das marcas de um bom educador é ser um bom ouvinte. Muitas vezes estamos tão focados em nossa própria área de interesse que tendemos a não perceber as necessidades e interesses daqueles que nos cercam.
Os coríntios pensavam que tinham conhecimento, mas tinham pouco interesse em seus companheiros crentes. Paulo alertou que o conhecimento, por si só, “traz orgulho, mas o amor edifica”.[6] O amor nos conscientiza das necessidades e interesses de nossos alunos. O amor nos torna ouvintes melhores.
O professor sábio está sempre ciente do que está acontecendo em sua sala de aula. Se os alunos estiverem cansados, o professor pode precisar parar a aula por alguns minutos e permitir que os alunos se levantem, se alonguem, cantem uma música ou façam outra coisa para relaxar. Se houver uma distração na sala de aula ou fora dela, a melhor coisa que o professor pode fazer é simplesmente parar e esperar até que a distração seja removida.
Uma das grandes distrações em qualquer situação de sala de aula são os alunos conversando entre si. Sempre que dois alunos estão conversando, não estão ouvindo o que está acontecendo na sala e provavelmente estão incomodando as pessoas ao redor. Uma pequena conversa entre dois alunos pode facilmente perturbar 20 a 30 por cento da sua turma. Quando isso acontece, muitas vezes eu simplesmente paro de falar. Silêncio por quatro ou cinco segundos chamará a atenção dos alunos, e eles olharão para mim. Vou esperar pacientemente até que todos os alunos estejam olhando para mim.
Às vezes, em grandes workshops que incluem alunos maduros, eu conto uma pequena história. Eu digo: “Quando eu era menino, minha mãe me ensinou que era rude falar quando outra pessoa estava falando. Portanto, vou esperar até que todos vocês concluam suas conversas. Quando vocês terminarem, eu continuarei”. E então, eu espero. Se a conversa continuar, às vezes acrescento: “Em alguns meses, vou ver minha mãe nos Estados Unidos. Ela pode me perguntar: 'Você está falando enquanto outras pessoas estão falando?' Eu não quero ter que me declarar culpado!”
O que quero dizer é que devemos aprender a ser sensíveis com nossos alunos. Eles estão cansados? Com fome? Doentes? Distraídos? Entediados? Confusos com o que estamos ensinando? Para ser eficaz como professor, devemos ser sensíveis a qualquer coisa que impeça a capacidade de nossos alunos de aprender.
Paciência
Uma das características mais importantes de um bom professor é a paciência. Às vezes, os professores ficam frustrados quando os alunos não entendem seu ensino. Lembre-se, ignorância não é pecado, é simplesmente a ausência de conhecimento. Geralmente não é o resultado de uma decisão deliberada de evitar o aprendizado. O bom professor reconhece que a aprendizagem é um processo. O bom professor reconhece que os alunos aprendem de maneiras e velocidades diferentes. Portanto, ele será paciente com os alunos.
Robert Thompson me ajudou a aprender a ser paciente com os alunos.[7] Ele explica que há pelo menos quatro tipos diferentes de alunos em cada sala de aula.
1. Teórico Analítico. Essas pessoas aprendem observando e ouvindo. Eles são bons em memorizar fatos e respondem melhor ao estilo tradicional de ensino.
2. Ativista Dinâmico. Essa pessoa gosta de aprender experimentando.
3. Refletor Imaginativo. Essa pessoa tende a ser mais emocional e envolvida nos sentimentos das pessoas.
4. Pragmatista do Senso Comum. Essa pessoa aprende aplicando ou fazendo. Essa pessoa gosta de testar ideias no mundo real e não está tão interessada em teorias. Ela provavelmente responde menos à forma tradicional de educação.
Nós temos cada um desses tipos de alunos em nossas salas de aula, portanto, devemos desenvolver apresentações que levem em consideração cada estilo de aprendizagem. O conteúdo não muda, mas abordamos o material de maneiras diferentes para cada tipo de aluno.
Damos palestras para os teóricos.
Criamos projetos onde os alunos podem fazer experimentos com as próprias mãos.
Temos discussões em classe, para que os alunos emocionais possam testar ideias em relação a como outras pessoas se sentem em relação a eles.
Damos trabalhos práticos para que as teorias que discutimos em aula possam ser testadas na vida real.
Infelizmente, a educação tradicional é projetada principalmente para o teórico analítico. É difícil criar uma escola que leve em consideração todas as diferenças de aprendizagem de nossos alunos. No entanto, todas as escolas devem tentar resolver esse problema.
Devemos estudar as diferentes maneiras como os alunos aprendem. Seja paciente com pessoas que não são tão disciplinadas quanto você. Seja paciente com pessoas que não trabalham tanto quanto você. Seja paciente com pessoas que não fazem as coisas como você gostaria que fizessem. Seja paciente com professores mais jovens que estão apenas aprendendo. Seja paciente com professores mais velhos que estão presos em seus métodos.
Professor do Ano
Cliff Schimmels, professor do Wheaton College, foi convidado por um funcionário da escola para avaliar duas pessoas. A primeira pessoa estava sendo considerada para o prêmio "Professor do Ano" no distrito de sua escola. Em sua sala de aula, o professor estava constantemente em movimento. Quando ele estava sentado, ele estava constantemente se contorcendo e remexendo. Ele pulava da cadeira e andava de um lado para o outro. Ele olhava pela janela, ele escrevia no quadro, ele acenava para os alunos fora da sala de aula. Às vezes ele gritava quando ensinava. Ele era uma bola de energia. Por causa de sua incrível energia e criatividade, ele estava sendo considerado “Professor do Ano”.
O diretor então levou Cliff para outra sala para observar um "Aluno Problemático". A criança causou problemas para todos os professores na escola. Ninguém sabia o que fazer com ele. Ele pulava da cadeira e andava de um lado para o outro. Ele olhava pela janela, ele escrevia no quadro, ele acenava para outros alunos fora da sala. Às vezes, gritava ao responder ao professor. Ele era uma bola de energia. Por causa de sua incrível energia e criatividade, ele era considerado um “aluno problemático”. Lembre-se: o “aluno problemático” de hoje pode ser o “professor do ano” de amanhã”.
Equilíbrio
O educador cristão deve equilibrar compaixão e justiça
Algumas pessoas tendem a se concentrar na misericórdia. Outros se concentram na justiça. Precisamos de ambas as ênfases na vida. A tendência é ir a um extremo ou outro. Seus alunos devem aprender justiça com você. Eles devem aprender a disciplina de entregar seus projetos no prazo. Eles devem aprender que sempre que houver uma violação da lei escolar, deverá haver justiça.
No entanto, em meio à justiça, nossos alunos também devem aprender sobre misericórdia. Deus é um Deus de misericórdia. Portanto, como representantes de Deus nesta terra, devemos aprender a ser misericordiosos em alguns momentos e nem sempre necessariamente impor a letra da lei.
O educador cristão deve equilibrar preparação e espontaneidade
Não há substituto para a preparação. Acredito na melhor preparação possível. No entanto, o melhor aprendizado geralmente vem de perguntas e reações espontâneas. Você deve reservar algum tempo para perguntas espontâneas. Você deve aprender quando se afastar de seu plano de aula preparado e quando seguir o plano.
O educador cristão deve equilibrar ser um especialista e um aprendiz
Você quer dar a seus alunos a confiança de que você sabe do que está falando. Você faz isso estando preparado para as aulas e para as perguntas deles. No entanto, você quer que eles saibam que você é um aprendiz junto a eles e que é capaz de crescer e aprender exatamente como eles. Não há pecado em dizer: “Eu não sei”. Nossos alunos devem saber que estamos aprendendo e crescendo com eles.
O educador cristão deve equilibrar trabalho e descanso
Em Marcos 6, Jesus enviou seus discípulos de dois em dois ao campo para uma ministração prática:
Eles saíram e pregaram ao povo que se arrependesse. Expulsavam muitos demônios e ungiam muitos doentes com óleo, e os curavam.[8]
Então, “os apóstolos reuniram-se a Jesus e lhe relataram tudo o que tinham feito e ensinado”.[9]
Este tinha sido um tempo em que eles estavam muito ocupados. Eles tinham trabalhado duro. Gastaram muita energia física e emocional. Quando os discípulos voltaram, muitos dos convertidos os seguiram. Observe o que acontece a seguir.
Havia muita gente indo e vindo, ao ponto de eles não terem tempo para comer. Jesus lhes disse: “Venham comigo para um lugar deserto e descansem um pouco”.[10]
Você vê o que Jesus fez imediatamente após essa missão muito bem sucedida? Se fosse eu, provavelmente teria dito: “Vamos aproveitar nosso sucesso. Vamos trabalhar duro, pois vem a noite em que nenhum homem poderá trabalhar”. No entanto, não foi isso que Jesus fez. Jesus disse: “Venham comigo… e descansem um pouco”. Um bom educador cristão sabe quando trabalhar e quando descansar. Aprenda a ser equilibrado.
O educador cristão deve equilibrar teoria e prática
Toda prática deve ser baseada em boa teoria; a teoria é importante. No entanto, a teoria que não tem aplicação prática é de pouco valor; a prática é importante. O bom professor deve levar seus alunos a compreender e apreciar o equilíbrio entre teoria e prática.
Jesus foi um mestre notável. O professor cristão pode aprender muito estudando a maneira como Jesus ensinava. Jesus demonstra as características descritas acima. Gostaria de me concentrar particularmente em alguns dos métodos de ensino que Jesus usou.
Jesus DeuPalestras
Palestra é a apresentação unilateral sobre um tópico ou tema. Ela é projetada para transmitir a quantidade máxima de informações no menor espaço de tempo. O Sermão do Monte é um bom exemplo de palestra.[1] Ele ensina sobre as características do Reino dos céus. O Sermão Profético no Monte das Oliveiras é outro exemplo de palestra.[2]
O método expositivo é provavelmente o formato de ensino mais comum. Presume-se que o professor sabe mais do que o aluno. O professor é o doador do material, e o aluno é o destinatário do material.
Jesus UsouPerguntas
Muitas perguntas foram feitas a Jesus:
Quando viram um cego de nascença, Seus discípulos perguntaram: “Mestre, quem pecou: este homem ou seus pais, para que ele nascesse cego?"[3]
Algumas pessoas fizeram perguntas para encurralar Jesus. “Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo a prova. E perguntaram-lhe: ‘É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher por qualquer motivo?’”[4]
Um doutor da lei perguntou a Jesus: “Mestre, qual é o maior mandamento da Lei?”[5]
Muitas vezes, Jesus fez perguntas:
Quando chegou a hora de ensinar mais a seus discípulos sobre sua missão messiânica, Jesus começou com uma pergunta: “Quem os outros dizem que o Filho do homem é?"[6]
Quando os fariseus tentavam encurralar Jesus com perguntas, Ele lhes fez uma pergunta difícil: “O que vocês pensam a respeito do Cristo? De quem ele é filho?”[7]
Às vezes, Jesus respondia uma pergunta com outra pergunta.
“Alguns fariseus aproximaram-se dele para pô-lo à prova, perguntando: ‘É permitido ao homem divorciar-se de sua mulher?’ ‘O que Moisés lhes ordenou?’, perguntou ele.”[8]
Então os discípulos de João vieram perguntar-lhe: ‘Por que nós e os fariseus jejuamos, mas os teus discípulos não?’ Jesus respondeu: ‘Como podem os convidados do noivo ficar de luto enquanto o noivo está com eles?’”[9]
“Certa ocasião, um perito na lei levantou-se para pôr Jesus à prova e lhe perguntou: ‘Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?’ ‘O que está escrito na Lei?’, respondeu Jesus. ‘Como você a lê?’[10]
Aqui estão algumas sugestões práticas para usar perguntas e respostas.
Formule perguntas em suas palestras.
Planeje momentos em que você permite que os alunos façam perguntas não relacionadas à aula específica. Alguns professores usam uma estratégia de “pergunta por dia”. Eles começam cada dia permitindo uma “pergunta aberta” sobre qualquer tópico.
Comece sua aula fazendo uma ou duas perguntas. Cubra o conteúdo e, em seguida, permita que os alunos respondam no final do período de aula.
Dê questionários aos alunos como parte de suas tarefas de casa.
Divida a turma em pequenos grupos e peça-lhes que discutam algumas questões.
Encerre sua aula pedindo aos alunos que pensem em uma das perguntas até a próxima aula.
Registre todas as novas perguntas. Anote-as e guarde-as em um arquivo.
Faça um concurso de perguntas. Peça aos alunos que avaliem quais são as melhores perguntas.
Evite responder às perguntas diretamente. Como Jesus, responda à pergunta fazendo outra pergunta. Oriente os alunos a descobrirem a resposta.
Peça aos alunos que escrevam perguntas para os testes. Selecione uma questão de cada aluno.
Peça aos alunos que escrevam as perguntas mais importantes que eles têm sobre a lição. Em uma aula posterior, peça-lhes que usem a Bíblia para encontrar respostas para as perguntas.
Jesus Usou o Diálogo
Diálogo é onde mais de duas pessoas estão falando. Em um bom diálogo, você tem interação professor-aluno e aluno-aluno. Em um diálogo, o professor extrai respostas e réplicas dos alunos.
Jesus usou o diálogo para ensinar a seus discípulos quem Ele era.
Chegando Jesus à região de Cesareia de Filipe, perguntou aos seus discípulos: “Quem os outros dizem que o Filho do homem é?”
Eles responderam: “Alguns dizem que é João Batista; outros, Elias; e, ainda outros, Jeremias ou um dos profetas”.
“E vocês?”, perguntou ele. “Quem vocês dizem que eu sou?”
Simão Pedro respondeu: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo”.
Respondeu Jesus: “Feliz é você, Simão, filho de Jonas! Porque isto não lhe foi revelado por carne ou sangue, mas por meu Pai que está nos céus. E eu lhe digo que você é Pedro, e sobre esta pedra edificarei a minha igreja, e as portas do Hades não poderão vencê-la. Eu lhe darei as chaves do Reino dos céus; o que você ligar na terra terá sido ligado nos céus, e o que você desligar na terra terá sido desligado nos céus.”
Então advertiu a seus discípulos que não contassem a ninguém que ele era o Cristo.[11]
Em outro momento, Jesus iniciou um diálogo entre os discípulos para prepará-los para uma importante lição que Ele queria ensinar.
► Leia Mateus 16:5-12. Discuta estas questões:
O que Jesus disse para iniciar a discussão entre seus discípulos?
O que os discípulos primeiro pensaram que Jesus estava tentando ensinar?
Que lição Jesus ensinou a eles nessa conversa?
Existem duas maneiras pelas quais os professores podem iniciar diálogos:
1. Toda a sala de aula pode participar de uma discussão. Idealmente, isso irá além de apenas uma sessão de perguntas e respostas com interação entre o professor e o aluno. Espera-se que os alunos tenham a chance de se dirigir a outros alunos diretamente.
2. O professor pode dividir a turma em pequenos grupos onde os alunos são forçados a conversar uns com os outros.
Jesus Usou oDebate
Debate é onde você tem duas opiniões expressas. Uma pessoa ou grupo apoia uma posição e outra pessoa ou grupo apoia a outra posição. Jesus se envolveu em vários debates entre Ele e outros. Não há ilustração clara de um debate que Jesus iniciou entre Seus discípulos, embora haja algumas dicas. Certa vez, os discípulos estavam discutindo quem seria o maior no reino de Deus. Até mesmo a discussão sobre quem Jesus era poderia ser considerada um debate.
Eu usei minidebates em minhas aulas muitas vezes. Quando ensino um tópico que é controverso, geralmente apresento os dois lados e depois dou aos meus alunos a chance de apoiar uma das posições. Na maioria das vezes, dou-lhes 30 segundos para apresentar o seu ponto de vista. Ao final de 30 segundos, irei até uma pessoa do outro lado da questão. Continuamos a fazer isso até que ambos os lados da questão tenham sido apresentados adequadamente.
Quando ensino sobre os Cânticos de Salomão, peço aos alunos que considerem: “Qual é a melhor maneira de interpretar este livro da Bíblia? É uma alegoria sobre o amor de Cristo pela igreja, ou é poesia sobre o amor humano?” Costumo dar uma palestra que apresenta argumentos de ambos os lados.
Este ano, porém, dei uma tarefa aos alunos. “Vocês vão debater os Cânticos de Salomão. Metade dos alunos argumentará que é uma alegoria, metade dos alunos argumentará que é poesia sobre o amor humano. Vocês irão se preparar para os dois lados do debate. Quando chegarem na aula, serão designados para uma equipe.”
Descobri que os alunos aprenderam muito mais sobre os Cânticos de Salomão preparando-se para esse debate do que com minhas palestras. Ao debater esse tópico, eles se prepararam com muito mais cuidado do que se simplesmente ouvissem uma palestra. Depois do debate, não precisei falar muito, pois os alunos falaram sobre a maioria dos pontos importantes.
Jesus ContouHistórias
Jesus era um mestre em contar histórias. Ele contou muitas histórias diferentes.
Jesus contou uma história sobre um semeador que plantou sementes em vários tipos de solo para ilustrar as diferentes formas como as pessoas respondem ao evangelho.[12]
Jesus contou uma história sobre um homem samaritano para ilustrar o que significa amar ao próximo.[13]
Jesus contou a história de um filho pródigo para ilustrar a alegria nos céus quando um pecador se arrepende.[14]
Jesus UsouLições Práticas
Um dia, os discípulos de Jesus começaram a discutir sobre quem teria a maior posição no Reino dos céus. Jesus poderia ter pregado um sermão sobre humildade. No lugar disso:
Jesus, conhecendo os seus pensamentos, tomou uma criança e a colocou em pé, a seu lado. Então lhes disse: “Quem recebe esta criança em meu nome, está me recebendo; e quem me recebe, está recebendo aquele que me enviou. Pois aquele que entre vocês for o menor, este será o maior”.[15]
As pessoas que viram esse acontecimento nunca se esqueceram de Jesus sentado ao lado de uma criança dizendo: “Este é o tipo de pessoa que você deve ser para ser grande em meu reino”.
Jesus UsouProvérbios
Um provérbio é uma declaração curta que ensina algo sábio. Jesus, às vezes, tomava emprestado declarações do Antigo Testamento e as usava como provérbios. Talvez o exemplo mais óbvio seja a seção das Escrituras que chamamos de bem-aventuranças. Elas são baseadas no modelo dos provérbios do Antigo Testamento.
Bem-aventurados os pobres em espírito, pois deles é o Reino dos céus.
Bem-aventurados os que choram, pois serão consolados.
Bem-aventurados os humildes, pois eles receberão a terra por herança.
Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, pois serão satisfeitos.[16]
Jesus Usou Drama
Drama é o uso de ações físicas para comunicar uma mensagem. Em uma ocasião alguém trouxe um homem surdo a Jesus. Jesus usou drama para se comunicar com esse homem.
Depois de levá-lo à parte, longe da multidão, Jesus colocou os dedos nos ouvidos dele. Em seguida, cuspiu e tocou na língua do homem. Então voltou os olhos para os céus e, com um profundo suspiro, disse-lhe: "Efatá!", que significa: Abra-se. Com isso, os ouvidos do homem se abriram, sua língua ficou livre e ele começou a falar corretamente.[17]
Os fariseus levaram a Jesus uma mulher apanhada em adultério e perguntaram o que Ele iria fazer. Jesus se inclinou e escreveu no chão com o dedo. Não sabemos o que Ele escreveu, mas os acusadores da mulher abandonaram o local.[18] Abaixar-se e escrever no chão foi uma maneira dramática de expressar uma ideia.
Jesus UsouResumos
Uma das marcas de um bom professor é ser capaz de resumir verdades complicadas de maneira simples. Jesus era um mestre em resumir a verdade. Por exemplo, as bem-aventuranças dão um resumo dos princípios mais importantes do reino de Deus de uma maneira muito simples.
Muitas das declarações de Jesus são resumos de doutrinas maiores. Quando um homem perguntou o que deveria fazer para receber a vida eterna, Jesus resumiu a lei em dois mandamentos: Amar a Deus e amar o próximo.[19]
A “técnica de resumo” é um ótimo método de ensino. Existem duas aplicações.
1. Bons professores resumem seu ensino em poucas declarações. Essa é a maneira mais comum de usarmos a técnica de resumo.
2. Bons professores exigem que seus alunos resumam seu ensino. Um bom modo de ver se o aluno entendeu ou não uma lição é ver quão bem ele pode resumir a lição.
Às vezes, peço aos meus alunos que resumam uma história ou uma verdade em 25 palavras ou menos. Quando eles começam a falar, eu começo a contar as palavras. Quando eles percebem que eu estou realmente contando as palavras, geralmente voltam ao início e são muito mais cuidadosos com suas palavras. Esta é uma ótima técnica de ensino que realmente força o aluno a pensar e não apenas repetir uma resposta memorizada.
Jesus Viveu o Que Ensinou
Não importa quão bem você ensine, se não viver de acordo com seu ensino, você não será um professor eficaz. Jesus viveu o que ensinou.
Para isso vocês foram chamados, pois também Cristo sofreu no lugar de vocês, deixando-lhes exemplo, para que sigam os seus passos. "Ele não cometeu pecado algum, e nenhum engano foi encontrado em sua boca".[20]
Um velho provérbio diz:
Ensinamos alguns pelo que dizemos.
Ensinamos mais pelo que fazemos.
Nós ensinamos principalmente pelo que somos.
Esta é uma verdade importante. O mundo tem visto muitos hipócritas que ensinaram uma coisa e praticaram outra. Aquele que não vive o que ensina não é verdadeiramente eficaz como professor.
Nossas ações ensinam tanto positivamente quanto negativamente. Veja o impacto do ensino negativo:
Abraão disse uma meia-verdade: “Sara é minha irmã”. Isso era parcialmente verdade.
O filho de Abraão, Isaque, disse: “Rebeca é minha irmã”. Isso era uma mentira total.
O filho de Isaac, Jacó, contou muitas mentiras.
Os filhos de Jacó venderam José como escravo e mentiram para o pai sobre isso.
Onde essas pessoas aprenderam a mentir? Do exemplo de seus pais. Cada geração aprendeu com a geração anterior. Nós ensinamos mais pelo que somos.
Você não pode ser um modelo sem passar tempo com as pessoas. Eu encorajo você a desenvolver relacionamentos de mentoria. Os professores experientes devem ajudar os professores iniciantes. Se os experientes não se voluntariarem, os iniciantes devem procurá-los. Quase sempre há alguém mais novo que você para ajudar e orientar. O educador cristão deve ser um bom modelo.
A Visão Comunicada por Jesus
A coisa mais importante que Jesus comunicou não foi informação, mas visão. Jesus foi capaz de pegar doze pessoas comuns e dar-lhes uma visão de mudança de mundo em apenas três anos.
Os discípulos aprenderam muitas coisas com Jesus, mas a coisa mais importante que Ele ensinou foi Sua visão para o mundo. Os seguidores de Jesus ganharam uma visão para ir a todo o mundo e fazer discípulos de todas os povos. A expansão da igreja primitiva mostra o sucesso que Jesus teve em comunicar essa visão.
Talvez a coisa mais importante que um líder pode comunicar é sua visão. Ele deve comunicar aos seus seguidores para onde estão indo e o que devem fazer.
Existem algumas coisas que irão distrair o seu ensino ou impedir o impacto do seu ensino. Trabalhe para evitar esses maus hábitos.
(1)Não permita que maus hábitos de fala distraiam seus alunos do aprendizado
Oradores geralmente desenvolvem maus hábitos que são óbvios para todos, menos para eles mesmos. Conheço um pregador que usa a palavra “fantástico” em quase todas as frases. Certa vez, tive um professor que dizia “uh” em quase todas as frases. Esses hábitos distraem os alunos do aprendizado. Peça ao seu cônjuge ou a alguém que seja honesto com você para apontar hábitos irritantes que dificultam sua comunicação.
(2)Não envergonhe os alunos
Se um aluno não responder a uma pergunta corretamente, não diga: “Isso estava completamente errado”. Encontre algo positivo na resposta, se possível. Você pode dizer: "Foi um bom começo, mas acho que alguém precisa adicionar mais”.
Raramente sabemos a razão pela qual os alunos não estão preparados ou estão atrasados para a aula. Se os atacarmos e depois descobrirmos que eles tinham uma razão legítima para sua incapacidade de corresponder, isso prejudicará nossa credibilidade como professores. Não envergonhe os alunos.
(3)Não tenha medo de admitir sua ignorância
A maioria das pessoas odeia admitir que não sabe alguma coisa. Não há vergonha na falta de conhecimento. Eu estava dando uma palestra em Porto Harcourt na Nigéria. Alguém me fez uma pergunta e eu respondi que não sabia a resposta. Mais tarde, um aluno perguntou: “Por que você disse que não sabia a resposta para essa pergunta?” Eu disse: “Porque eu não sabia a resposta!”
Quanto mais você aprende, mais percebe o quanto não sabe e mais disposto fica a admitir sua ignorância. Como regra geral, seus alunos irão respeitá-lo quando você for honesto o suficiente para admitir que não sabe algo.
Conclusão
O ensino é um aspecto importante do ministério e da liderança cristã. Jesus disse aos Seus discípulos que fossem por todo o mundo e fizessem discípulos. Como eles cumpririam essa missão?
Portanto, vão e façam discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a obedecer a tudo o que eu lhes ordenei. E eu estarei sempre com vocês, até o fim dos tempos.[1]
Como professor, você tem um papel valioso no cumprimento da grande comissão de Jesus. Você está ajudando a fazer discípulos. Que privilégio é ensinar!
(1) No início da próxima lição, você fará um teste baseado nesta lição. Estude as perguntas do teste cuidadosamente na preparação.
(2) Prepare uma lição bíblica para ensinar aos outros membros da classe. Lembre-se, é uma lição bíblica, não um sermão. Use uma variedade de técnicas de ensino na lição.
Teste da Lição 7
(1) Ensinar é a ________________________________________ de uma pessoa para outra.
(2) Quais são as duas responsabilidades mais importantes do professor?
(3) Liste três características de um bom professor.
(4) Liste os quatro tipos de aprendizes identificados por Robert Thompson.
(5) Liste três dos métodos de ensino de Jesus.
(6) Por que os bons professores exigem que os alunos resumam seu ensino?
(7) Ensinamos alguns pelo que _________; ensinamos mais pelo que _________; ensinamos principalmente pelo que ____________.
(8) Liste três maneiras de evitar distrações como professor.
SGC exists to equip rising Christian leaders around the world by providing free, high-quality theological resources. We gladly grant permission for you to print and distribute our courses under these simple guidelines:
No Changes – Course content must not be altered in any way.
No Profit Sales – Printed copies may not be sold for profit.
Free Use for Ministry – Churches, schools, and other training ministries may freely print and distribute copies—even if they charge tuition.
No Unauthorized Translations – Please contact us before translating any course into another language.
All materials remain the copyrighted property of Shepherds Global Classroom. We simply ask that you honor the integrity of the content and mission.