Se fôssemos computadores, a comunicação seria fácil. Poderíamos conectar um cabo na mente de uma pessoa e um cabo na mente de outra pessoa, apertar um botão e a comunicação seria transferida rapidamente e sem erros. No entanto, Deus não escolheu que o homem se comunique dessa maneira. Deus tem um plano muito melhor. Na verdade, Deus criou a comunicação para ser uma das experiências mais agradáveis da vida.
Você já notou que Deus tornou agradáveis as atividades necessárias na vida? É necessário que comamos para termos forças, por isso Deus tornou o ato de comer agradável. É necessário que tenhamos descanso para renovar nossas forças, por isso Deus tornou o descanso agradável. De maneira semelhante, Deus tornou a comunicação agradável. É uma alegria e um prazer comunicar e construir relacionamentos com outras pessoas.
A comunicação envolve três componentes: o comunicador, o destinatário e a mensagem. A pessoa que está se comunicando dá uma mensagem que deve ser recebida por uma segunda pessoa.
Quais São os Problemas Comuns na Comunicação?
Temos problemas de comunicação sempre que o comunicador e o destinatário usam as palavras de forma diferente. Existem dois lugares onde a comunicação “quebra”, ou não consegue compartilhar a informação pretendida.
A Comunicação Pode Falhar no Comunicador
Não existe comunicador perfeito. Todos nós temos pensamentos difíceis de expressar. Às vezes é até difícil nos expressarmos a Deus. É por isso que o Espírito Santo nos ajuda com nossas orações, expressando coisas que não sabemos expressar.[1] Por mais habilidosas que as pessoas sejam como comunicadores, elas nunca são capazes de expressar tudo o que está em suas mentes. Às vezes, a comunicação falha quando o orador está tentando escolher suas palavras ou quando o escritor está tentando escrever um documento. A comunicação pode falhar no escritor ou no orador.
A Comunicação Pode Falhar no Destinatário
Raramente alguém consegue se concentrar o suficiente para entender tudo o que a outra pessoa está dizendo, seja na comunicação oral ou escrita. Mesmo que se entenda todas as palavras, é difícil entender a comunicação completa, porque pequenas distinções entre as palavras mudam de uma pessoa para outra. A comunicação pode falhar no ouvinte ou no leitor.
Mesmo que o professor seja um bom comunicador e o aluno seja um bom receptor, parte da mensagem original será perdida entre o professor e o aluno. Nossa tarefa é reduzir mal-entendidos e melhorar a comunicação.
A comunicação é uma das coisas mais importantes que fazemos todos os dias. Deus nos fez como criaturas que estão constantemente criando e recebendo comunicação.
No curso Princípios da Interpretação Bíblica do Shepherds Global Classroom, focamos na interpretação da comunicação. Neste curso, vamos nos concentrar na comunicação em si; como nos comunicamos de forma mais eficaz na escrita e na fala? Bons comunicadores estão constantemente aprendendo mais para melhorar sua capacidade de se comunicar. Se não continuarmos a aprender e crescer nos tornaremos comunicadores obsoletos e chatos.
A comunicação oral é a comunicação falada. A comunicação oral inclui:
Comunicação Individual
Uma pessoa falando com outra pessoa é a forma de comunicação mais íntima e geralmente mais bem-sucedida. Nesse tipo de comunicação, é fácil determinar se a outra pessoa o entende. Você tem uma reação instantânea que permite medir o sucesso da comunicação. Você pode levar o tempo que for necessário para transferir com sucesso as suas informações para a outra pessoa.
Esse é o tipo de comunicação que existe entre um conselheiro e um aconselhado. Esse tipo de comunicação é feito em ambientes formais e informais. Essa é a forma de comunicação mais descontraída e natural.
Pequenos Grupos
Esse é o tipo de comunicação que experimentamos nas famílias, no trabalho e em reuniões sociais informais. A comunicação em pequenos grupos pode incluir qualquer coisa, desde conversas em família até ambientes mais formais, como uma classe da escola dominical. Para muitas pessoas, dirigir-se a uma multidão cria ansiedade e desconforto. No entanto, essas mesmas pessoas costumam falar em reuniões familiares, reuniões informais de amigos e outros pequenos grupos sem muito estresse.
Falar em Público
Ao falar em público, o comunicador se dirige a um grande grupo de pessoas. Esse tipo de comunicação é quase sempre formal, embora possa haver uma atmosfera informal. Falar para grandes multidões de pessoas é a maneira mais eficiente de comunicar a quantidade máxima de informações no menor período de tempo. Os cultos, comícios políticos e outras grandes reuniões usam esse tipo de discurso público. No entanto, quanto maior a multidão, menos o comunicador está ciente da recepção do ouvinte e maior a probabilidade de falha de comunicação.
Comunicação Informal
A maioria de nós está envolvido em tipos informais de comunicação todos os dias. A maioria das comunicações informais não requer preparação, simplesmente respondemos às situações de maneira natural. Mesmo em situações informais, algumas pessoas são mais talentosas do que outras para se expressar.
Comunicação Formal
A comunicação formal geralmente é para ocasiões planejadas com antecedência. Ela exige que o orador prepare sua apresentação com antecedência. A comunicação formal muitas vezes gera ansiedade e medo no apresentador, principalmente quando a pessoa não está acostumada a falar em público. Pregações, palestras e semelhantes são apresentações formais.
A comunicação formal pode ocorrer em pequenos grupos ou em situações individuais. Se você for convidado a se encontrar com o governador, provavelmente será uma situação formal. Você deve se preparar para essa reunião tão seriamente como se estivesse se dirigindo a uma grande multidão.
Comunicação Escrita
A comunicação escrita tem muitas das mesmas características da comunicação oral, mas algumas características são exclusivas da comunicação escrita:
1. A comunicação escrita é muitas vezes mais curta do que a comunicação oral. Ela requer uma economia de palavras que não é necessária na comunicação oral. Por isso, uma carta escrita geralmente é mais curta do que uma conversa telefônica.
2. A comunicação escrita é muitas vezes mais exata do que a oral. O fato de uma pessoa precisar de tempo para escrever sua comunicação geralmente significa que ela será mais precisa. Como a comunicação escrita será examinada mais de perto, o escritor geralmente é mais cuidadoso para ser completamente preciso.
3. A comunicação escrita tende a ser mais formal do que a oral. Como o destinatário não está na frente do escritor, tende-se a usar um meio de comunicação mais formal do que se a pessoa estivesse presente.
4. A comunicação escrita geralmente tem mais impacto do que a comunicação oral. A comunicação oral pode não ter tanto peso quanto uma comunicação escrita. De fato, em situações legais, a comunicação não é oficial até que seja escrita.
5. A comunicação escrita dura mais do que a comunicação oral. Se eu falo uma palavra, é fácil para uma pessoa esquecer o que eu digo. No entanto, se eu escrevi algo, essa mensagem continuará a se comunicar enquanto o pedaço de papel existir.
Em algumas situações, a comunicação escrita é mais eficaz do que a comunicação oral. Se uma pessoa quer ser um bom comunicador, ela precisa desenvolver não apenas habilidades de fala, mas também habilidades de escrita.
Usando Uma Variedade de Formas de Comunicação
Além de falar e escrever, podemos nos comunicar com dramaturgia, imagens, música, movimento corporal, toque e ações. A maioria dos educadores concorda que o ensino mais eficaz usa múltiplas formas de comunicação. Se uma pessoa ouve uma mensagem e depois vê a mensagem reforçada com uma imagem ou exemplos, ela aprenderá muito mais. Alguns pesquisadores dizem que:
Lembramos de 10% do que lemos.
Lembramos de 20% do que ouvimos.
Lembramos de 30% do que vemos.
Lembramos de 50% do que vemos e ouvimos.
Lembramos de 90% do que fazemos.
Isso ilustra o fato de que múltiplas formas de comunicação aumentam o aprendizado. Quando complementamos uma forma de comunicação com outra forma, aumentamos nossa eficácia.
► Avalie sua capacidade de comunicação. Que tipo de comunicação é o seu ponto forte: escrita ou verbal, grupos pequenos ou grandes, formal ou informal? Em qual desses você precisa melhorar?
Quais São os Fatores Que Influenciam a Comunicação?
Há muitas coisas que influenciam o sucesso de nossas comunicações.
A Mensagem
A natureza da nossa mensagem terá um grande impacto na comunicação. Por exemplo, há uma grande diferença entre o que preparo para uma mensagem fúnebre e o que preparo para uma saudação de aniversário. Há uma grande diferença entre uma apresentação sobre HIV/AIDS na Nigéria e uma apresentação para uma cerimônia de formatura de faculdade. Há uma diferença entre um sermão, uma apresentação acadêmica formal e um discurso em um comício político.
O comprimento da mensagem também influenciará a mensagem. Por mais estranho que possa parecer, quanto mais curta ela for, mais se deve trabalhar para garantir que ela comunique os pontos importantes dentro dos limites de tempo. Se for para fazer uma apresentação importante em poucos minutos, isso poderá exigir muita preparação.
Certa vez, um homem perguntou ao presidente Dwight Eisenhower quanto tempo ele levaria para preparar um discurso. Ele respondeu: “Se você quer um discurso de quinze minutos, dê-me duas semanas. Se quiser um discurso de trinta minutos, dê-me uma semana. Se quiser um discurso de uma hora, dê-me dois ou três dias. Se você quiser um discurso de duas horas, estou pronto agora”. Seu argumento era que, se você tem apenas uma quantidade limitada de tempo, deve trabalhar muito para acertar.
Preparação
Alguns oradores públicos são dotados da capacidade de falar e eles precisam de pouca preparação. A multidão estimula sua mente. No entanto, a maioria dos oradores públicos precisa gastar um tempo significativo para preparar uma apresentação. Na verdade, normalmente pode-se ver uma relação direta entre o impacto da apresentação e a preparação que a envolveu.
Estou convencido de que uma das maiores razões pelas quais muitos sermões têm impacto limitado é a falta de preparação. Muitas pessoas dependem de sua habilidade natural para fazê-las apresentar um sermão. Eu levo cada compromisso para palestrar a sério. Escrevo cada palavra que vou dizer em público, incluindo as palestras que dou em minhas aulas. Leva mais tempo para fazer esse tipo de preparação, mas a recompensa está na eficácia da apresentação.
O Ambiente
O ambiente de uma apresentação afeta a forma de preparação e de apresentação da mensagem. Se alguém estiver falando em uma cruzada evangelística ao ar livre em um vilarejo, ele se preparará de maneira muito diferente de uma conferência de pastores em uma sala de hotel. É essencial, ao aceitar um convite para falar, saber o máximo possível sobre o ambiente físico.
As Circunstâncias
É preciso saber sobre as circunstâncias que levaram ao convite. Por exemplo, recentemente me pediram para falar sobre “Filosofia da Educação Cristã” para a equipe da Escola Missionária Hillcrest em Jos, Nigéria. Fiquei sabendo que o conselho da escola está repensando sua filosofia. As circunstâncias mudaram nos últimos sessenta anos e é hora da escola se certificar de que entende sua missão. Conhecer esse histórico me ajudou a preparar minhas apresentações.
A Audiência
Vários fatores sobre o público influenciam a comunicação:
Idade. A capacidade de atenção das crianças não é tão longa quanto a de um adulto. Você pode precisar encurtar seu discurso ou usar técnicas especiais para manter a atenção das crianças.
Gênero. As mulheres têm interesses diferentes dos homens. Portanto, você se preparará de maneira diferente para um público masculino ou feminino. Um público misto força você a se preparar de uma maneira ainda diferente.
Interesses. Se você estiver falando com um grupo de advogados, você se preparará e falará de maneira diferente do que se estivesse falando com um grupo de atletas. Deve-se sempre levar em consideração os interesses específicos do público.
Educação. Se você estiver apresentando um trabalho acadêmico para um grupo de professores universitários, abordará a apresentação de maneira diferente do que se estivesse ensinando uma lição para pessoas de 12 anos na classe da escola dominical.
Saúde e força. Minha mãe fala toda semana para pessoas que vivem em lares de idosos. Essas pessoas são velhas e fracas e não têm a capacidade de atenção de jovens saudáveis. Ela prepara e entrega sua mensagem de forma diferente do que se estivesse se dirigindo a um público jovem.
Duração. O tempo disponível para a apresentação determinará a preparação para a comunicação. Um comerciante que recebe dez minutos para apresentar sua proposta falará de maneira diferente do que se tivesse recebido um minuto.
Uma vez que esses fatores afetam a preparação e a apresentação, deve-se tentar obter o máximo de informações possível sobre o público ao aceitar uma palestra.
Quais São os Obstáculos da Comunicação?
Medo de Falar em Público
O maior medo de muitas pessoas é o medo de falar em público. Há soldados que não têm medo de arriscar a vida na batalha, mas ficam apavorados quando solicitados a dizer algumas palavras na frente de quinze ou vinte pessoas.
A melhor cura para o “medo do palco” é a experiência. Quanto mais alguém fala em público, maior a probabilidade de se sentir à vontade. Quando sou elogiado em razão da minha fala, muitas vezes sorrio e digo: “Tenho muita prática”. A experiência é necessária para se tornar confortável como orador público.
Falta de Preparação Adequada
Já falamos sobre a importância da preparação. A falta de preparo adequado é uma das maiores causas do fracasso em falar em público. Quais são alguns dos problemas comuns que os palestrantes têm com a preparação?
Introdução fraca. Se uma pessoa não começar bem, é pouco provável que a apresentação transcorra bem.
Conclusão fraca. Uma boa conclusão é tão importante quanto uma boa introdução. Essa é a última coisa que o público vai ouvir; eles vão se lembrar da conclusão.
Ilustrações fracas. Estou convencido de que uma das partes mais importantes de qualquer apresentação pública é o uso de ilustrações que ajudam o público a entender a mensagem.
Organização fraca. A boa comunicação se desenvolve de forma organizada. Um orador desorganizado pode dizer muitas coisas boas, mas o público pode não entender sua mensagem principal.
Tudo isso são questões relacionadas à preparação. Podemos não ser capazes de evitar o nervosismo quando subimos ao púlpito. Podemos não ser capazes de controlar o ambiente onde falamos. No entanto, podemos fazer algo a respeito de uma boa introdução e uma boa conclusão. Podemos controlar as ilustrações em nossas apresentações e podemos controlar a organização de nossas apresentações. Essas coisas são uma parte importante da preparação.
Nada substitui uma boa preparação. Não é profissional deixar de se preparar bem para uma apresentação pública.
Falha em Ser Sensível ao Público
Falar em público é mais do que comunicação em uma direção, do orador para o ouvinte. Um bom orador público está sempre consciente da resposta de sua audiência. A melhor maneira de fazer isso é estabelecer um bom contato visual com o público. Um bom orador público pode ver nos olhos de sua audiência se ele está se comunicando. Quando o orador percebe que está perdendo a atenção de sua audiência, ele deve fazer o que for necessário para trazê-los de volta. Aqui estão algumas coisas que o orador pode fazer:
Pare de falar e espere. Um período de silêncio chamará a atenção do público.
Conte uma história. Uma história ajuda a recapturar a atenção das pessoas. Às vezes, contei uma história mais cedo do que havia planejado porque senti que o público estava se afastando de mim.
Dê um fato ou estatística surpreendente.
Use o humor.
Dê uma aplicação prática do seu tópico.
Use um objeto ou escreva em um quadro.
Interaja com alguém na plateia.
Se o público estiver sonolento, faça com que se levantem e se alonguem.
Se o público estiver sonolento, peça-lhes que cantem um refrão ou uma música.
O orador deve estar constantemente atento às distrações. Se uma pessoa entrar na sala de aula ou se houver uma comoção fora da sala, é melhor parar de falar até que a distração seja removida. Quando cinquenta por cento do público está olhando para a pessoa que entrou atrasada, você precisa parar e esperar.
Quando há uma distração na sala de aula, frequentemente faço uma piadinha: “Vou esperar um minuto para vocês verem a pessoa que entrou porque ela é mais interessante do que eu. Sou professor, e os professores sabem que não há razão para continuar falando quando há distrações. Assim que vocês estiverem satisfeitos em ver seu irmão, continuarei”. As pessoas geralmente riem e voltam sua atenção para mim.
Mantendo a Atenção de Seus Ouvintes
Duane Litfin lista dez coisas que ajudarão a manter a atenção do nosso público.[1]
(1) Novidade. Nossa atenção é atraída pelas coisas que são diferentes do que esperamos.
Quando um especialista na lei mosaica perguntou a Jesus: “Mestre, o que preciso fazer para herdar a vida eterna?” Jesus respondeu com uma história que teve um final surpreendente. A história do “Bom Samaritano” tinha um samaritano desprezado como o herói da história.[2] Essa história prendeu a atenção dos ouvintes de Jesus!
(2)Movimento ou atividade. Quando tudo o mais estiver parado, o movimento capturará nossa atenção. Da mesma forma, quando tudo o mais está se movendo, o estático geralmente se destaca. É o contraste que capta nossa atenção.
Para mostrar seu descontentamento com a injustiça dos líderes religiosos no templo,
Jesus entrou no templo e expulsou todos os que ali estavam comprando e vendendo. Derrubou as mesas dos cambistas e as cadeiras dos que vendiam pombas.[3]
Você acha que Jesus capturou a atenção das pessoas no templo?
(3)Proximidade. As coisas que estão próximas de nós (seja no tempo ou no espaço) ganharão nossa atenção.
Enquanto Jesus ensinava, Ele:
Naquela ocasião, alguns dos que estavam presentes contaram a Jesus que Pilatos misturara o sangue de alguns galileus com os sacrifícios deles.
Jesus respondeu ensinando uma lição baseada neste “evento atual” e em outra tragédia recente que ocorreu em Siloé.[4] Ele sabia que os eventos recentes chamariam a atenção dos ouvintes.
(4)Concretude. O específico e o concreto costumam atrair nossa atenção melhor do que o abstrato, o geral e o ordinário. Por isso as ilustrações são importantes. Eles dão uma substância concreta aos princípios que você está ensinando.
Quando Jesus ensinava, Ele apontava para itens concretos para ilustrar o ensino.
(5)Familiaridade. Em um ambiente onde as coisas são desconhecidas, o que é familiar geralmente se destaca para nós.
Para ensinar uma lição sobre nossa resposta à Palavra de Deus, Jesus apontou para uma cena familiar em seu mundo – um agricultor semeando em um campo. “O semeador saiu a semear.”[8]
(6)Conflito. Em uma condição de harmonia e paz, a oposição entre duas ou mais coisas tende a prender nossa atenção.
Repetidamente, Jesus enfatizou as diferenças (o conflito) entre Seu ensino e o ensino dos fariseus e outros líderes religiosos. Isso chamou a atenção do público. “Ouvindo isso, a multidão ficou admirada com o seu ensino.”[9]
(7)Suspense. Quando temos o contexto inteiro, exceto algumas peças-chave, somos atraídos pelas peças que faltam para ver como o todo se encaixará.
Quando os líderes religiosos criticaram Jesus por comer com pecadores, Ele começou a contar uma história. Ele falou de um filho fugitivo que decidiu voltar para casa. As pessoas que ouviam estariam esperando para saber: o que acontece com esse filho? Será que o pai dele vai rejeitá-lo? A comunidade o expulsará porque ele envergonhou a comunidade? O que acontecerá com esse filho rebelde?[10] Jesus sabia como criar suspense.
(8)Intensidade. Quando algo se destaca como mais intenso do que as coisas que o cercam, normalmente prestamos atenção nisso.
Repetidamente, as pessoas que ouviram Jesus ensinar reconheceram o poder e a autoridade em Seu ensino. A intensidade de Seu ensino surpreendeu seus ouvintes. “Todos ficavam maravilhados com o seu ensino, porque lhes ensinava como alguém que tem autoridade e não como os mestres da lei.”[11]
(9) Humor. No centro de quase todo humor existe algo que não está onde deveria ou não é o que deveria ser. O humor quase sempre chamará nossa atenção.
Os ouvintes de Jesus devem ter rido quando Ele disse: “Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão, e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho?”[12]
(10)Relação com a vida. Coisas relacionadas às nossas necessidades básicas na vida tendem a falar conosco.
Quando Jesus estava pregando para pessoas comuns com pouco dinheiro ou poucas economias, Ele falava sobre as coisas que elas precisavam na vida diária.
Portanto eu lhes digo: Não se preocupem com sua própria vida, quanto ao que comer ou beber... Por que vocês se preocupam com roupas?... Portanto, não se preocupem, dizendo: ‘Que vamos comer?’ ou ‘que vamos beber?’ ou ‘que vamos vestir?’... Busquem, pois, em primeiro lugar o Reino de Deus e a sua justiça, e todas essas coisas lhes serão acrescentadas.[13]
Jesus falou sobre as necessidades básicas da vida.
Falha em Desenvolver um Tema Central
A falha em desenvolver claramente um tema central é um dos dois problemas mais importantes em muitos sermões e outros discursos públicos. Leia uma conversa de domingo à tarde:
Tom: “Você gostou do culto esta manhã?”
Sally: “Sim, foi bom.”
Tom: “O sermão foi bom?”
Sally: “Muito bom!”
Tom: “Sobre o que foi o sermão?”
Sally: “Hum, ele falou sobre pecado e sobre o céu e sobre um carro quebrado que ele viu ontem. Ele disse muitas coisas boas.”
O pastor disse muitas coisas boas, mas não havia uma mensagem unificada no sermão. Isso prejudica a capacidade do pastor de comunicar uma mensagem poderosa. Quando seus ouvintes vão para casa, eles não se lembram do tema central do sermão. Depois de ouvir um sermão ou outro discurso público, deve-se ser capaz de resumir o que o orador falou em poucas palavras. Se uma pessoa comum na plateia não puder fazer isso, então o orador não teve realmente sucesso.
Depois que a pessoa desenvolveu o tema para sua apresentação, ela precisa desenvolver um esboço, ilustrações e aplicações que concentrem a atenção no tema central. O tema do pregador ou os objetivos de um professor fornecem uma meta para todo o sermão ou lição.
Um princípio muito importante é que partimos do conhecido ao desconhecido. Os oradores públicos devem começar falando sobre coisas com as quais o público se sente confortável antes de mudar para áreas desconhecidas. Bons discursos começam com algo com o qual o público está familiarizado e depois fluem para o novo material. Eles mantêm o público se movendo em direção ao tema principal do discurso.
A falta de foco em um tema central garantirá que o orador não seja melhor do que a média em sua capacidade de falar.
Falha em Ilustrar Bem
Uma segunda razão para que o sermão seja ruim é a falha em ilustrar bem. Não estou interessado em que meus alunos se tornem contadores de histórias. No entanto, estou convencido de que se meus alunos não conseguirem encontrar e apresentar histórias e ilustrações interessantes, eles não serão oradores públicos eficazes.
O orador público deve estar constantemente procurando boas ilustrações e deve encontrar uma maneira de organizá-las e armazená-las para uso futuro. Acho que trabalho mais para encontrar e adaptar ilustrações do que qualquer outra coisa.
Conclusão
A comunicação é uma arte e uma ciência. É uma ciência no sentido de que pode ser analisada e segue certas leis previsíveis. É uma arte na medida em que pode ser desenvolvida de forma a apelar para a parte visual da natureza humana.
A comunicação é ao mesmo tempo um dom e uma conquista. A maioria dos bons oradores públicos tem uma certa habilidade natural. No entanto, essa habilidade natural pode ser desenvolvida e melhorada. Deus nos deu o dom da comunicação, e devemos usar e desenvolver esse dom para atingir o melhor de nossa capacidade.
[1]Duane Litfin, Public Speaking, 2nd Edition (Grand Rapids: Baker Book House, 1996), 47. Veja também a página 239.
(1) No início da próxima lição, você fará um teste baseado nesta lição. Estude as perguntas do teste cuidadosamente como preparação.
(2) Entreviste outro membro de sua classe e pergunte sobre sua infância. Faça perguntas que lhe darão informações para um discurso interessante. Em seguida, faça um discurso de três minutos para a classe em que você apresenta esse colega.
(3) Na seção desta lição chamada “Falha em ser sensível ao público”, o Dr. McCain listou dez qualidades que ajudam a manter a atenção do nosso público. Encontre um sermão escrito para estudar. Leia-o e veja quantas dessas qualidades fazem parte do sermão. Cada membro da classe deve ler um sermão diferente. Em sua próxima aula, compare as maneiras pelas quais os sermões prendem a atenção do público.
Teste da Lição 2
(1) Quais são os três componentes da comunicação?
(2) Quais são as duas situações em que a comunicação pode falhar?
(3) Qual é a forma de comunicação mais íntima e geralmente mais bem-sucedida?
(4) Qual é a forma de comunicação oral mais difícil para a maioria das pessoas?
(5) Liste três das cinco características da comunicação escrita identificadas nesta lição.
(6) Liste três dos cinco fatores que influenciam o sucesso de nossa comunicação.
(7) Liste três dos cinco obstáculos na comunicação.
(8) Liste três coisas que Duane Litfin sugeriu para manter a atenção do público.
SGC exists to equip rising Christian leaders around the world by providing free, high-quality theological resources. We gladly grant permission for you to print and distribute our courses under these simple guidelines:
No Changes – Course content must not be altered in any way.
No Profit Sales – Printed copies may not be sold for profit.
Free Use for Ministry – Churches, schools, and other training ministries may freely print and distribute copies—even if they charge tuition.
No Unauthorized Translations – Please contact us before translating any course into another language.
All materials remain the copyrighted property of Shepherds Global Classroom. We simply ask that you honor the integrity of the content and mission.